sábado, 28 de dezembro de 2013

QUANDO O POVO DE DEUS PERDEU A BATALHA

E os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a arca do Senhor era vinda ao arraial. I Samuel 4:6

Então, naqueles dias o povo Israelita saiu e acampou junto a Ebenézer (pedra de ajuda) para lutar contra o povo Filisteu que acampou em Afeca. Os filisteus se preparam e colocaram-se em ordem para lutar, ferindo aproximadamente quatro mil soldados de Israel, Os Israelitas perderam a batalha.
Aqueles que ficaram vivos fugiram para o acampamento, quando os Lideres Israelita viram o que aconteceu, Questionaram porque o Senhor Deus deixou que os Filisteus os vencessem? Apressadamente, providenciaram buscar a arca da aliança do Senhor de Siló para o arraial onde eles estavam.
Trouxeram à arca e os dois filhos do Sacerdote Eli vieram juntos. Quando a arca chegou ao acampamento, o povo de Israel gritou com tanto júbilo que a terra tremeu. Os Filisteus ouviram os gritos e começaram a perguntar o que se sucedia. Quando souberam que arca do Senhor estava no arraial do povo de Israel ficaram com medo, eles temiam porque nunca algo assim havia acontecido, a presença de Deus estava ali junto ao povo. Os filisteus começaram a temer de tamanha forma, pois, sabiam do que o Deus de Israel podia fazer, eles conheciam o que Este Deus já havia feito no Egito, sabiam sobre as pragas que havia acontecido lá, e dizia: Ai de nós!  Quem nos livrara deste Deus? E Começaram a incentivar os seus guerreiros que lutassem para não se tornarem escravos do povo de Israel, pois os Israelitas já tinham sido escravos dos Filisteus, os Filisteus então, temiam o que podia lhes acontecer. Saíram e lutaram contra os Israelitas, isto ocasionou a morte de mais de trinta mil soldados de Israel, muitos outros ficaram feridos, e outros, fugiram, sucedendo uma destruição. Os Filisteus roubaram a arca do Senhor que estava no arraial de Israel, matando também os filhos de Eli. I Samuel 4: 1; 11
Aqui está uma lição grandiosa para nossas vidas.
Sobre a arca, o que havia dentro da dela, porque ela era tão preciosa. Uma caixa de madeira revestida de ouro Êxodo 25. Havia ali uma bacia de ouro com o maná que Deus enviou no deserto, as tabuas da lei que o Senhor entregou a Moises e a vara de Arão. E a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança; Hebreus 9:4, na cobertura da arca estavam os querubins. Os querubins são seres com asas e forma de gente e de animais. Estes representam a presença, a grandeza e a majestosa gloria de Deus. E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro. Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas por cima; cada qual tinha duas asas juntas uma a outra, e duas cobriam os corpos deles. Ezequiel 1:10-11, Então, onde aquela arca estava, havia a  presença de Deus, consequentemente todo o povo era abençoado.
Porém, neste trecho, prevalecem mais o que está escrito em Lucas 16:8, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.
Vamos analisar alguns pontos:
1.     O despreparo para a guerra - E os filisteus se dispuseram em ordem de batalha, para sair contra Israel; 1 Samuel 4:2. Tanto o Exercito Israelita, quanto o exercito inimigo, sabiam que teriam que lutar, mais o exercito do inimigo teve prudência e foi sagaz. Eles se preparam se colocaram ordenadamente, ficaram na posição para guerrear. Enquanto o exercito Israelita saíram de qualquer jeito, não se preocuparam nem se preveniram eles acharam que o fato deles ser um povo escolhido por Deus não precisaria se preparar, podiam ir aleatoriamente, estavam autoconfiantes, foram derrotados.

1.     Culpou a Deus pela derrota - Por que nos feriu o Senhor hoje diante dos filisteus? ISamuel 4:3, Os Israelitas vacilaram, foram inconsequentes não perguntaram a Deus se podia ir, quando foram derrotados, atribuiu a culpa a Deus, eles transferiam para Deus os seus fracassos. Percebam; foram cometidos dois lapsos dentro deste erro. Primeiro Deus não tinha os mandado ir. Segundo, Deus nunca manda um soldado para uma guerra sem ele estar preparado. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Efésios 6:11, Se Deus não nos mandar ir, e melhor ficarmos onde estamos para não sermos acoitados pelo inimigo.

1.     Os Israelitas foram covardes - E voltando o povo ao arraial, 1 Samuel 4:3, quando viram alguns dos companheiros feridos, quando a guerra ficou intensa, no momento de avançar,  eles recuaram, apesar de saberem que o Deus de Israel não perde batalha e que eles se diziam seu povo, fugiram, foram frouxos, tiveram medo do exercito do inimigo, esqueceram que Deus só da à vitória para aqueles que lutam até o fim. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. Mateus 24:13. Aqueles que estão em uma batalha, jamais podem recuar. Cada passo que se dar regressivo em uma batalha é uma injeção de animo no coração do inimigo.

1.     Agiram por impulso - Tragamos de Siló a arca da aliança do Senhor, e venha no meio de nós, para que nos livre da mão de nossos inimigos. 1 Samuel 4:3, O desespero fez com eles agisse inconsequentemente, mais uma vez, não pararam para perguntar a Deus o que devia fazer já que muitos dos seus foram mortos. Agiram conforme o que lhes pareciam ser o certo, mais nem tudo que pensamos ser correto é a vontade de Deus. O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos. Provérbios 16:9. Muitas vezes, o nosso achismo a nossa precipitação podem ser armas para que o inimigo nos vença. Notem, que de certa forma, eles limitaram o agir de Deus, estava andando por vista e não por fé, Porque andamos por fé, e não por vista. 2 Coríntios 5:7, eles sabia que a arca representava a presença de Deus, onde ela estivesse a vitória era garantida. Só que, não adianta ter arca por perto se não confiar no Deus da arca, torna-se um amuleto, Aquele que crê no Senhor não viver por sorte mais pela confiança no Deus altíssimo.

1.      Falta de vigilância, erros em serie - E sucedeu que, vindo a arca da aliança do Senhor ao arraial, todo o Israel gritou com grande júbilo, até que a terra estremeceu. 1 Samuel 4:5,  vejam que, quando a arca estava no meio deles, ao invés de se organizarem e ficarem atentos, eles  relaxaram, todos começaram a festejar sem desempenhar sentinelas, entraram em jubilo e a euforia tomou conta de todos. Os verdadeiros guerreiros mesmo em tempo de comemoração, jamais ficam displicentes, inertes, sua atenção avulsa quando surge qualquer movimento. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Novamente, eles não souberam organizar-se, não criaram estratégia, mesmo sabendo que muitos dos seus já haviam morrido por falta de vigilância, eles, continuavam agindo com incoerência, não atentaram que, quando se tem uma vitória é então, neste período é que mais precisamos está em alerta, pois o inimigo não irá gostar de ver seu adversário comemorando vitorias, irá tramar de todas as formas contras as nossas vidas, e obviamente, ele usara métodos que ainda não foram utilizados, e se não estivermos na posição correta seremos destruídos. Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos. 1 Coríntios 16:13.

1.     Os Israelitas não conheciam de fato seu Deus - Ai de nós! Quem nos livrará da mão desses grandiosos deuses? Estes são os deuses que feriram aos egípcios com todas as pragas junto ao deserto.1 Samuel 4:8. Vejamos que o povo inimigo, conhecia mais do Deus da arca do que aqueles que estava com ela. O inimigo tinha mais medo do que Deus podia fazer contra eles do que o Povo de Deus certeza do que Deus faria em seu favor, e, a incerteza leva ao precipício. O nosso adversário conhecem e teme mais a Deus do que aqueles que dizem ser seu povo. Também os demônios o crêem, e estremecem. Tiago 2:19, O opositor sabia muito mais do poder sobrenatural que Deus tinha do que aqueles que diziam ser Dele.

1.     A Inteligência inimiga - Esforçai-vos, e sede homens, ó filisteus, para que porventura não venhais a servir aos hebreus, como eles serviram a vós; sede, pois, homens, e pelejai. 1 Samuel 4:9, enquanto o povo Israelita festejava o inimigo tramava para os derrotar, vede que, aquilo que Israel devia fazer, quem estavam fazendo foi o adversário, eles incentiva uns aos outros, os encorajam a lutar, animava, contra partida os Israelita estavam dispersos. As forças do mal se unem com mais intensidade quando o intento é destruir aquilo que é de Deus, por isso que é fundamental estarmos sob a sombra do todo poderoso.

1.     As Consequências do erro - Então pelejaram os filisteus, e Israel foi ferido, fugindo cada um para a sua tenda; e foi tão grande o estrago, que caíram de Israel trinta mil homens de pé. 1 Samuel 4:10, quando o exercito de Deus fica disperso os soldados do inimigo fazem a festa, observe que, a persistência do inimigo foi o que deu a vitória a eles, quanto aqueles que deveriam ser persistente, fugiram. A falta de confiança destrói um exercito inteiro, a incapacidade faz a derrota crescer, tratar das coisas de Deus relaxadamente pode colocar em risco a vida dos que estão próximo a nós, porque certamente o inimigo avançara com força veloz. Antes, os Israelitas festejam. Por causa da negligencia eles agora choravam amargamente. Em uma batalha jamais devemos tira o foco daquele que pode nos dá a vitória, Deus, precisamos atentar para cada ordem que Ele nos dá, nunca esquecer que o nosso inimigo esta sempre planejando para nos destruir. Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;1 Pedro 5:8

1.     Quando falta a presença de Deus à morte pede passagem - E foi tomada a arca de Deus: e os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, morreram. 1 Samuel 4:11, Se Deus não estiver no negocio, tudo que formos fazer corremos o risco de sermos aniquilados pelo mal, se a presença de Deus não estiver conosco e inútil lutarmos. Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Salmos 127:1

Que aprendizado para as nossas vidas! Nunca devemos querer fazer alguma coisa sem planejamento, sem um alicerce, principalmente ao que refere-se às coisas de Deus, vivemos em batalha constante, precisamos estar preparados para enfrentar o inimigo todos os momentos, temos que lutar constantemente, jamais  devemos fazer algo sem pedir a autorização de Deus, jamais podemos agir por nossas próprias forças, se confiamos em Deus, precisamos saber o que Ele quer de nós, não podemos por em risco a vida dos nossos por causa da nossa insensatez, formos chamados para sermos guerreiros do Senhor, então a nossa capacitação provêm Dele e por Ele. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; 2 Coríntios 10:4, precisamos nos revestir sabiamente, Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Efésios 6:13, em tempo de guerra jamais parar de combater, jamais querer voltar atrás, aquele que esta conosco é quem nos garante a vitória.
Hoje, pelo Sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário, Eu e Você somos a arca de Deus, somos a caixa de onde flui a presença de Deus. De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador. Hebreus 7:22, Enfrente o inimigo, jamais recue, Deus é contigo, Creia, Mas o justo viverá pela fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Hebreus 10:38, continue firme, confie, Jesus já venceu por você, lute e tome posse. Em Cristo Jesus você vai conseguir, porque as forças das trevas já foram aniquiladas através Dele, Mas, sobrevindo outro mais valente do que ele, e vencendo-o, tira-lhe toda a sua armadura em que confiava, e reparte os seus despojos. Lucas 11:22.  Permaneça firme, Cingis os vossos lombos com a verdade, vista a couraça da justiça; calce os pés na preparação do evangelho da paz; coloque o escudo da fé, o capacete da salvação, a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Efésios 6:14-17. Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança Efésios 6:18. Assim em todas as batalhas, serás mais que Vencedor.


Pastora Elza Carvalho


domingo, 22 de dezembro de 2013

As seitas satânicas: Uma realidade hoje





São muito poucos os autores que dão definição de seita satânica, principalmente por que tais grupos apresentam uma diversidade de estilos.

Devemos ser justos ao precisar que muitos autores partem da conotação de satanismo para logo tentar definir, a partir e características determinadas, as seitas satânicas.
Alguns autores apontam como seitas satânicas a todo esse "conjunto de ciências, semiciências, feitiçarias, ocultismo e práticas tenebrosas, que têm como centro a suposição de que o demônio é um ser poderoso ao que se deve render culto, porque ele pode nos dar bem-estar, riqueza e saúde".
Outros apontam que o perigo é que para muitos jovens o grupo satânico aparece como libertador, antes de tudo libertador da moral, das convenções sociais e dos códigos repressivos. Nos grupos, a práticas de desordens sexuais e de ritos repugnantes (esquartejar animais, beber seu sangue, etc.) produz uma libertação das proibições aprendidas na infância.
Quiçá a definição mais exata seja que a seita satânica é um grupo minoritário de pessoas reunidas premeditadamente com o objetivo de adorar ao demônio, como um ser com poderes sobrenaturais capazes de intervir no mundo.

Seus integrantes costumam ser principalmente pessoas com transtornos psicológicos e uma profunda rejeição frente a todas as instituições sociais estabelecidas, família, igreja, estado, etc.
As reuniões destas seitas se caracterizam pela realização de ritos que não são mais que paródias do rito cristão, preferentemente do Católico ou do Ortodoxo. Estes eventos têm significados ou utilidade de iniciação, dignidade, provas, rogativas ou festivos. Também as seitas são para muitos a evasão perfeita da responsabilidade pessoal ante determinadas ações.
Como elementos comuns podemos apontar que estejam conformadas por poucos membros, a intolerância, a oposição nas esferas social-política e religiosa. Como características privativas delas podemos mencionar a adoração em culto a satanás, "a inversão da ordem sagrada ortodoxa", ensinamento esotérico, "a trindade demoníaca (a Besta, o Anti-Cristo, o Falso Profeta)" e a alteração de orações e credos cristãos.


Quais são as seitas?

Em primeiro lugar da classificação indicamos as "Seitas Luciferinas" que acreditam que Lúcifer foi tratado injustamente pelo cristianismo, já que ele é o símbolo do conhecimento e a sabedoria sendo portanto a verdadeira luz, buscam o poder, o dinheiro e as influências. Uma de suas principais características é o segredo de suas atividades. Seu rito central é a missa negra ou vermelha e costumam ter uma forma anarquista de ver a vida.
Em segundo lugar estão as seitas Satanistas conformadas por indivíduos de nível intelectual médio-alto, normalmente profissionais ou empregados de mandos meio conhecedores de diferentes matérias esotéricas sendo "seu forte" tudo o que tenha relação com a astrologia e a magia.
Apresentam uma estratificação particular baseada no nível de "dignidade" ou compromisso de seus membros. Não costumam ser confrontantes, não se reconhecem a si mesmos como integrantes de uma seita, mas de uma religião que foi incompreendida e perseguida pelos cristãos. Pertencem a este nível de classificação seitas como "A Igreja de Satã", "O Templo de Set", entre outras.
Em terceiro lugar da classificação indicamos aos "Adoradores de Set" ou "Amigos de Lúcifer" que podem, e de fato têm sido , vistos como as mais perigosas. São constantemente relacionados com seqüestros, abusos sexuais, indução a suicídios e inclusive a homicídios. São características delas mostras de "fidelidade e dignidade" como o seqüestro de cadáveres, beber sangue, a exposição sexual e atos tão aberrantes como a necrofagia e a necrofilia.
Mais uma vez devemos enfatizar ao apontar que esta classificação pode ser considerada como válida, mas, sob nenhuma perspectiva como absoluta já que em algumas seitas satânicas se dão ou podem chegar a dar-se, a mistura de características de um ou outro grupo e inclusive a gerar em seu interior uma nova variante. 


Sua Existência


Para falar das causas da existência das seitas satânicas, devemos partir, que desde sempre o homem se sentiu fascinado pelo misterioso, maravilhado pelo sobrenatural, inclinado à magia por meio da qual espera encontrar respostas a seus questionamentos ou a satisfação de suas carências.
Igualmente podemos apontar que, se as seitas satânicas existem, deve-se em grande parte ao mal uso que o homem tem feito de sua liberdade, a que tem encaminhado na busca de experiências mágicas que em curto prazo se transformam em experiências daninhas que o conduzem ao afastamento de Deus, dos homens, da Igreja e, consequentemente, da realidade.
Como estas e outras possíveis causas podem "somar e seguir", entretanto optamos por nos referirmos também, não somente a aquelas causas de índole existencial individual, mas também a aquelas do âmbito social; para isso consideramos tratar de cinco fatores chaves para o surgimento e proliferação destes grupos. 

Os fatores são o político, desemprego, violência urbana, marginalidade e desagregação familiar, esta escolha não deve conduzir nem reduzir nosso pensamento exclusivamente a esses fatores posto que sem dúvida existem muitos outros possíveis elementos ou fatores causadores de que estes grupos sejam uma realidade.



Perfil psicológico

O perfil psicológico dos membros de uma seita costuma ser geralmente os mesmos como são a total rebeldia, a morbidez e as experiências extremas.
Um lar relativista e principalmente anti-religioso são o 'caldo de cultivo' para que os valores e a promoção pessoal vá decaindo, chegando inclusive a não ter importância nada mais que o viver o momento.
Isto tem conduzido à concepção de que tudo é relativo, que a vida é um passar com um sentido puramente transitório. O que antes era 'as diversões de fim de semana' passou a ser um sistema de vida onde deve-se viver a maior quantidade de emoções no menor prazo possível, porque a vida pode se acabar em qualquer instante.

Entretanto, esta é posição exterior, a que muitas vezes não responde à interior. Interiormente o indivíduo pede um respaldo, uma ajuda ou uma companhia, esteja presente um forte déficit emocional, o sem sentido da vida que os rodeia não é mais que o produto da ausência das pessoas que são parte importante de suas vidas daqueles que os protegem frente aos acontecimentos adversos.

Suas personalidades enormemente inseguras os faz estar à espera de algo que os confirme, já não importa em quê, mas que o faça. Sentem que os calços normais há não são suficientes pelo que é necessário descobrir algum tipo de poder superior que consiga 'despertar esta sociedade tonteada por si mesma e afogada em seu próprio ser',
São freqüentes nestas pessoas a depressão, o consumo de álcool e drogas, elementos que levam a um estado de esquizofrenia ou paranóia. É necessário assinalar que o perigo destas patologias é tornar-se evidentes somente em um estado avançado, pois sua detecção não é fácil à primeira vista.
De igual modo os sintomas próprios delas podem passas despercebidos chegando a ser considerado, muito comum entre as pessoas, o sujeito como um indivíduo norma e em seus seguidores como um 'iluminado'.


O que diz a Igreja

A resposta da Igreja Católica, em relação ao demônio, suas ações e suas manifestações tem sido através da história da humanidade muito enfática.
Dentro da atitude da Igreja Católica frente ao satanismo se fazem necessárias e imprescindíveis o reconhecimento da existência do fenômeno.
Não se pode continuar pensando que não se dá o fenômeno em nossas sociedades ou comunidades: existem grupos organizados, inclusive com estruturas de caráter internacional, ou grupos que têm influência deles.
Também tem que existir um conhecimento do fenômeno. Deve haver alguém que o estude e possa dar informações convenientes e sérias aos agentes pastorais, assim como aos membros das comunidades.
Esse conhecimento não pode ser uma simples informação, mas que deva concluir em uma tomada de posição desde a fé; isso levará em quem realiza a investigação, como em quem se serve dela, uma profissão de fé na ação pascal da Igreja.
Também requere-se duas coisas: a primeira é que a informação que se ofereça às pessoas vá também acompanhada da postura da Igreja e de ensinamentos doutrinais muitos claros e seguros; em segundo lugar, que quem faz a investigação tenha maturidade espiritual, humana e psíquica necessária, para evitar fracassos ou problemas subseqüentes.
Com uma consciência missionária e com sentido de compromisso evangelizador, a Igreja tem que ir ao encontro dos mais frágeis, para oferecer-lhes a fortaleza da graça de Deus e a claridade da luz de Cristo. Isto exigem não somente acudir a eles, mas também acompanhá-los com sentido pastoral e de maneira contínua. Assim mesmo implicará, com sã imaginação pastoral, dar-lhes novos caminhos (os da palavra de Deus) e esperança de crescimento, convidando-os a que sua decisão seja também clara por partes deles e assim se arrisquem a seguir Jesus.
Uma das ações que a Igreja deverá fortalecer nos próximos tempos é a de aprofundar na catequese das crianças, adolescentes e jovens. Catequese contínua, catequese profunda: um convite a assumir a própria responsabilidade da fé. Catequese capilar para que penetre em todos e em todo o ser humano: que o faça vibrar com a palavra de Deus e o conduza a uma opção fundamental por Cristo.
Uma pastoral juvenil adequada e que responda aos desafios do momento. Uma profunda ação evangelizadora que fará dos jovens melhores e mais seguros seguidores de Cristo, lhes permitirá conhecer os inimigos que têm a seu redor e tomar posturas frente a eles desde uma opção de fé.
Deve-se anunciar a tempo e a destempo, valendo-se de todos os meios de que dispomos. Assim anunciaremos a força salvadora do Cordeiro vencedor do demônio.


Nosso tempo

A cultura atual se vê marcada por fatos que lamentavelmente a afastam da esfera das crenças. Já, tanto nossa sociedade, como nossa cultura, não têm a religião por centro unificador, mas seu centro localiza-se no homem e no que este pode conseguir por si mesmo, exercitando unicamente sua razão.
Este e outros motivos tem ajudado à proliferação das seitas, posto que o indivíduo sente a necessidade de algo que responda seus questionamentos mais profundos; é assim como produto desta busca que aparecem novos movimentos religiosos ou pseudo-religioões. São característicos deste momento movimentos espirituais -esotéricos tais como o da Nova Era.
É um fato inegável destes tempos a subjetividade e o relativismo que envolve decisões humanas, mas ao mesmo tempo o desejo desta humanidade de transformar a realidade social e individual, respondendo à questões que o inquietam, despertando questionamentos; em síntese buscando a melhor maneira de adequar a posição de homens de fé à situação cultural reinante, a qual tem como grande influência o avanço das ciências e da técnica.
Cada acontecimentos desta cultura 'moderna' pode conduzir a passos gigantescos à total ruptura entre fé-ciência, entretanto, hoje contemplamos o como tornam-se cada vez mais presente facilidades para o diálogo entre a cultura e a Igreja. Existe a tomada de consciência desta necessidade; falta quiçá a adequação aos novos tempos, não somente da Igreja, mas também do homem como indivíduo imerso em uma sociedade que dia a dia tem menos tempo para a reflexão e a busca do princípio primeiro e fundamental de nossa humanidade.
Falar de satanás não é fácil mesmo quando o encontramos presente no instante de nossa criação; é assim como em nossa cultura, para alguma moderna para outros pós moderna, enfrentamos a indiferença, o medo ou a negação da existência deste ser criado e caído.

A Igreja desde sempre reconheceu e afirmou a existência de satanás como criatura de Deus; isto, entretanto, tem sido objeto de controvérsias no interior dela. Foram muitos os teólogos que trabalharam sobre o demônio, mas ainda sim, não podemos afirmar certamente se todos e cada um deles reconhecem e afirmam a existência de satanás com criatura.





quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Como Evitar Desequilíbrios Religiosos







A operação do Espírito, no coração humano, não é inconsciente nem automática. A vontade e a inteligência humana devem ceder e cooperar com as benignas intenções de Deus. Penso que é neste ponto que muitos de nós se perdem. Ou tentamos nos tornar santos, e, então, falhamos miseravelmente; ou, então, procuramos atingir um estado de passividade espiritual, esperando que Deus aperfeiçoe nossa natureza, em santidade, como alguém que se assentasse esperando que um ovo de pintarroxo chocasse sozinho. Trabalhamos febrilmente para conseguir o impossível, ou não trabalhamos de forma alguma. O Novo Testamento nada conhece da operação do Espírito em nós, à parte de nossa própria resposta moral favorável. Vigilância, oração, autodisciplina e aquiescência inteligente aos propósitos de Deus são indispensáveis para qualquer progresso real na santidade. Existem certas áreas de nossas vidas em que os nossos esforços para sermos corretos nos podem conduzir ao erro, a um erro tão grande que leva à própria deformação espiritual. Por exemplo:

1) Quando, em nossa determinação de nos tornarmos ousados, nos tornamos atrevidos. Coragem e mansidão são qualidades compatíveis; ambas eram encontradas em perfeitas proporções em Cristo, e ambas brilharam esplendidamente na confrontação com os seus adversários. Pedro, diante do sinédrio, e Paulo, diante do rei Ágripa, demonstraram ambas essas qualidades, ainda que noutra ocasião, quando a ousadia de Paulo temporariamente perdeu o seu amor e se tornou carnal, ele houvesse dito ao sumo sacerdote: “Deus há de ferir-te, parede branqueada”. No entanto, deve-se dar um crédito ao apóstolo, quando, ao perceber o que havia feito, desculpou-se imediatamente (At 23.1-5).


2) Quando, em nosso desejo de sermos francos, tornamo-nos rudes. Candura sem aspereza sempre se encontrou no homem Cristo Jesus. O crente que se vangloria de sempre chamar de ferro o que é de ferro, acabará chamando tudo pelo nome de ferro. Até o fogoso Pedro aprendeu que o amor não deixa escapar da boca tudo quanto sabe (1 Pe 4.8).

3) Quando, em nossos esforços para sermos vigilantes, ficamos a suspeitar de todos. Posto que há muitos adversários, somos tentados a ver inimigos onde nenhum deles existe. Por causa do conflito com o erro, tendemos a desenvolver um espírito de hostilidade para com todos quantos discordam de nós em qualquer coisa. Satanás pouco se importa se seguimos uma doutrina falsa ou se meramente nos tornamos amargos. Pois em ambos os casos ele sai vencedor.

4) Quando tentamos ser sérios e nos tornamos sombrios. Os santos sempre foram pessoas sérias, mas a melancolia é um defeito de caráter e jamais deveria ser mesclada com a piedade. A melancolia religiosa pode indicar a presença de incredulidade ou pecado, e, se deixarmos que tal melancolia prossiga por muito tempo, pode conduzir a graves perturbações mentais. A alegria é a grande terapia da mente. “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fp 4.4).

5) Quando tencionamos ser conscienciosos e nos tornamos escrupulosos em demasia. Se o diabo não puder destruir a consciência, seus esforços se concentrarão na tentativa de enfermá-la. Conheço crentes que vivem em um estado de angústia permanente, temendo que venham a desagradar a Deus. Seu mundo de atos permitidos se torna mais e mais estreito, até que finalmente temem atirar-se nas atividades comuns da vida. E ainda acreditam que essa auto-tortura é uma prova de piedade.

Enquanto os filósofos religiosos buscam corrigir essa assimetria (que é comum à toda raça humana), pregando o “meio-termo áureo”, o cristianismo oferece um remédio muito mais eficaz. O cristianismo, estando de pleno acordo com todos os fatos da existência, leva em consideração este desequilíbrio moral da vida humana, e o medicamento que oferece não é uma nova filosofia, e sim uma nova vida. O ideal aspirado pelo crente não consiste em andar pelo caminho perfeito, mas em ser conformado à imagem de Cristo.


 Arthur W. Pink


sábado, 14 de dezembro de 2013

A ilusória prosperidade dos ímpios




O humanismo secular está impregnado em nossa sociedade, coloca o ser humano como centro de tudo e põe Deus para fora. O escritor do excepcional livro Eclesiastes aborda o caos dessa situação, totalmente contrária à revelação das Escrituras Sagradas.



A prosperidade do ímpio

A Teoria da Evolução introduziu na mente das pessoas a filosofia que o ser humano é apenas um animal superior aos bichos, e que a sua morte é semelhante a morte de animais irracionais. Faleceu, acabou, alega.

E seguindo essa alegação equivocada, o ímpio põe a si próprio no centro do universo, não tem interesse pelo bem-estar das outras pessoas, pensa mais em si mesmo e muito pouco nos outros. Alimenta o desejo egoísta por poder e riquezas, intenção esta que o leva a desconsiderar valores morais, dignidade e bondade humana. Sem misericórdia, é capaz de oprimir quem não pode se defender. Este estilo de vida preza pelo amor ao dinheiro e tudo que ele pode comprar, faz o mundo estar repleto de situações opressivas.

Quando uma pessoa assume o controle de sua vida, acreditando ser autosuficiente, não precisar seguir a orientação do Senhor, a vida desta pessoa perde o propósito e a bênção divina. Mesmo que conquiste uma posição financeira privilegiada, viverá carregando sua existência como um fardo pesado para sua alma.


Quem é o ímpio?

Você já parou para pensar quem são os ímpios? Um pai que joga a filhinha da janela do apartamento ou uma filha que coloca indivíduos dentro de casa para matar o pai e a mãe? Sim, são pessoas más, sem compaixão, impiedosas. É comum pensar que o ímpio está longe das igrejas e deplora as religiões. De acordo com a Bíblia Sagrada, é possível ao ímpio ser extremamente religioso e usar a aparência piedosa (2 Timóteo 3.1-5, 13). Quem odeia o próximo, segundo as palavras de Jesus também é assassino (Mateus 5.21-25; 38-48; 1 João 3.15).


A frustração com o materialismo

Salomão, o homem mais rico de sua geração, procurou o sentido da vida sem o Criador no centro do coração humano, apresentou os aspectos da filosofia onde prevalece o pensamento que não leva em consideração a importância de reverenciar a Deus. Ele empreendeu uma busca inútil para encontrar a felicidade neste mundo.

Percebemos que o acúmulo de bens e riquezas que Salomão possuiu não o tornaram um homem feliz. Ao final da procura, ele concluiu que a felicidade não reside em coisas materiais, que buscá-la neste mundo é uma vaidade. O termo vaidade pode ser entendido como correr atrás do vento, que é uma atividade totalmente sem sentido.

Em Eclesiastes capítulo 4, Salomão observa o sentimento da avareza como pano de fundo de algumas opressões que predominavam no dia a dia contra trabalhadores. Ele percebeu que o esforço para conquistar condições de vida melhores causava desilusão; também, que algumas pessoas com objetivo de levar vantagem e enriquecer rapidamente provocavam o mal-estar de seus vizinhos. Ponderou que a pessoa obsessiva para ser superior aos demais pode se fartar daquilo que quer, porém, junto com seu aparente sucesso encontrará infelicidade interior e frustração. É melhor ter um pouco menos e desfrutar de uma consciência limpa (versículo 6).


Aflição e prosperidade espiritual

A injustiça está em curso desde a queda de Adão e há de permanecer até o retorno de Cristo. A vida não é sempre fácil para os crentes. E por este motivo alguns cristãos podem estar embaraçados com a filosofia humanista. Às vezes pode passar o pensamento na cabeça do cristão que ele poderia ser mais feliz se tivesse algumas coisas que outras pessoas têm. No entanto, a experiência de Salomão demonstra que as coisas materiais não podem tornar a pessoa feliz, embora provoque alguma felicidade parcial e passageira.

Não devemos nos concentrar apenas nas dificuldades. Deus é misericordioso e faz o sol nascer e a chuva cair sobre todos. Portanto, lutas e oportunidades da vida estão perante  justos e ímpios, bons e maus. Enquanto estivermos neste corpo de sangue e carne, estaremos tão sujeitos às intempéries quanto ao céu de brigadeiro. Isto é: ao clima inóspito e também ao clima agradável, ao infortúnio e do mesmo modo ao sucesso, à doença e igualmente à saúde (Eclesiastes 9.2; Mateus 5.45).


A inveja de Asafe

O verdadeiro sentido da vida não se encontra no raciocínio humano, mas na revelação divina. Devemos fixar a nossa atenção no conhecimento do Senhor, que oferece a indicação correta à resposta certa para todos os problemas.

O Salmo 73 nos revela sentimentos inquietantes de Asafe. Levita, servo fiel, ministro da música na Casa de Deus, tinha problemas em seu raciocínio sobre a situação financeira do justo, que sofria injustiças, e do ímpio, que usufruía prosperidade, e como o Senhor exercia sua soberania sobre ambos, e se sentiu desanimado ao passar por aflições. Ao ir ao templo, passou a meditar sobre o paradoxo e Deus lhe fez entender o resultado final da vida em impiedade e a consequência de se viver em fidelidade ao Senhor.


A prosperidade do cristão

Por que os ímpios prosperam e os justos sofrem? Quando o cristão está confuso devido passar por circunstâncias complicadas, pode encontrar consolo e fortaleza na oração, na comunhão com os irmãos, nos ensinamentos contidos na Bíblia Sagrada. Na oração, se aproxima de Deus em primeiro lugar. Na união fraterna Deus o vê e ordena que seja abençoado (Salmo 133). Através do contato com a Palavra o Espírito Santo ensina os propósitos de Deus para sua vida.

Uma das bênçãos de se conhecer a Cristo é que, mesmo quando não encontramos facilmente as respostas, temos o poder para superar o problema e prosseguir com o Senhor.

As filosofias deste mundo não são capazes de nos fazer realmente prósperos e felizes e nem nos dar a vida eterna. Ser próspero pela perspectiva bíblica não significa apenas estar acima da linha da pobreza, assim como ser salvo em Cristo é muito mais do que ser liberto da condenação ao inferno. Ser próspero e salvo é, entre muitas outras coisas, entender a vida através do ponto de vista de Deus e viver neste mundo, que despreza ao Senhor, triunfando segundo a vontade e graça divinas.



Conclusão


Enquanto o cristão estiver neste mundo estará sujeito a sentir dor e experimentar sofrimento, mas deve considerar e esperar também que um dia estará livre das lágrimas e dores para sempre ao receber um corpo totalmente incorruptível, imortal, glorificado (Romanos 8,18-23; 1 Coríntios 15.52; Apocalipse 21.4).

Em todas as ações que realizamos, devemos levar em conta que a eternidade existe e que ela será sem Deus para todas as pessoas que não obedecem ao mandamento do Senhor. Amar é uma ordem do Senhor, não é uma sugestão. Então, coloque-se sempre na posição de servo fiel e ame ao Todo Poderoso em primeiro lugar e ao próximo como a si mesmo.

Um dia todos teremos que enfrentar a morte, tanto justos quanto ímpios. Do ponto de vista natural, o ímpio desconsidera que há uma existência após a morte, não analisa que esta existência será o começo da sua aflição na eternidade. Mas o Dia do Juízo chegará para eles, se não se arrependerem de seus maus feitos antes que venham a morrer (Hebreus 9.27; 2 Pedro 3.9). Terão que enfrentar o julgamento do trono branco e após condenados prantearão e rangerão os dentes numa aflição sem-fim (Apocalipse 20.11-15; Mateus 13.41-43).

Às vezes podemos ter a impressão que os ímpios levam vantagem em relação aos servos de Deus. O cristão não deve se deixar abalar por circunstâncias adversas que enfrente neste mundo e nem pela aparente prosperidade do ímpio debaixo do sol, porque a riqueza material não resolve sua condição além-túmulo, o destino do impio e do justo são completamente diferentes no porvir. A prosperidade deles é só nesta vida, enquanto a dos justos pode ser nesta vida e também na vida eterna. Assim sendo, o crente precisa manter viva a esperança e confiança no Senhor, que lhe preparou moradas celestiais (João 14).

A felicidade plena e duradoura da alma está em assumir o compromisso de viver com e para Deus. É assim que o cristão se renova espiritualmente todos os dias e retém a perspectiva do propósito de Deus para si.


Postado por Eliseu Antonio Gomes


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O Julgamento dos Anjos Caídos





Originalmente todos os anjos foram criados bons e em estado de santidade. Isto é plenamente estabelecido pelo caráter de Deus que é absolutamente santo (Gn 18.25).
Alguns afirmam que a queda dos anjos aconteceu antes da criação citada em Gn 1.2, entre os vs 1e 2; que foi esta queda que fez a criação original tornar-se “sem forma e vazia” (Gn 1.1).
Segundo alguns intérpretes teológicos a queda de Satanás e seus anjos é demonstrada em Ezequiel 28.12-17; Isaías 14.12-14. Destas passagens, podemos deduzir que Satanás era, no princípio, o querubim da guarda, o ungido, o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Ele vivia no Éden, um jardim mineral. Ocupava uma posição sobre as demais criaturas celestiais. Mas ele juntamente com todos os anjos, tinha a capacidade de pecar e a capacidade de não pecar. E eles estavam em uma posição onde podiam fazer sem serem constrangidos a fazer um ou outro.

A queda dos anjos foi devida à sua revolta deliberada e auto-determinada contra Deus. Foi a escolha do ego e de seus interesses em preferência à escolha de Deus e de Seus interesses.
Satanás, embora apontado e designado para ser guarda do trono de Deus (conf. Ez 28), aspirou a posse de um trono para ele mesmo, e governar sobre “as estrelas de Deus”, isto é, os anjos (Jó 38.7; Jd 13; Ap 12.3-4).

A ambição e o desejo de possuir aquilo que não era seu levaram Satanás à ruína. De qualquer forma foi o egoísmo, descontentamento com aquilo que ele tinha e o desejo ardente de conseguir tudo o qualquer outro tivesse. Sem dúvida a queda de Satanás foi também a queda dos outros.
Por causa da desobediência eles perderam sua santidade original e se tornaram corruptos na sua conduta (Mt 10.1; Ef 6.11-12; Ap 12.9), se tornaram ímpios e pecadores.
Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo” (2ª Pe 2.4).
Sobre esse assunto, devíamos usar uma passagem similar de Judas 6 que diz: “E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão, e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia”.
Todos parecem concordar que Pedro e Judas tinham os mesmos anjos em vistas. Nem Pedro nem Judas falam da natureza do pecado dos anjos. Segundo Judas, os anjos não conservaram suas posições de autoridade, mas abandonaram sua própria morada. A queda dos anjos é descrita como abandono de suas funções nos céus, seu lar original. Como punição para este pecado, Deus os lançou no inferno. Inferno do hebraico Sheol, do grego hades, que significa: lugar de suplício, penas e açoites.
“Precipitando-os no inferno”. É uma única palavra em grego tartaroo, que ocorre somente aqui, e que significa “lançar dentro; manter cativo”.
Na mitologia grega, tartaroo, designava a área mais profunda do hades, reservado para a punição dos deuses desobedientes. Pedro usa essa expressão para designar a ideia de que os anjos caídos agora estão na prisão de trevas e morte, separados da divina fonte de vida. Essa não é uma prisão literal porque os demônios ainda estão ativos no mundo dos humanos (1ª Pe 5.8; Jd 9).
No mundo antigo, os presos eram geralmente forçados a trabalhar e em muitos casos ficavam aguardando o julgamento em execução da pena já sentenciada contra eles (Lv 24.10-12; Nm 15.32-36). De acordo com Pedro, os anjos caídos estão encarcerados em trevas espirituais, no reino dos mortos esperando a execução de sua sentença. Eles já foram julgados.
O tempo quando os anjos serão julgados, nos parece que ocorrerá depois da volta em Cristo em glória, depois do milênio. Esse julgamento será para os anjos caídos. Satanás e algumas de suas hostes estão em liberdade para operarem os seus desígnios, dentro dos limites estabelecidos por Deus.
Satanás será primeiramente algemado no início do Milênio e então, ao fim deste período será solto por um pouco de tempo, e por fim será lançado no lago de fogo.

É claro que o Milênio não é o estado final. Os mil anos que Satanás passará no abismo não produzirão nenhuma mudança em seu caráter maligno. A Bíblia ensina que, terminado o Milênio, Satanás será solto de sua prisão por algum tempo (Ap 20.3, 7-10).

Depois deste julgamento (1ª Co 6.3), serão lançados no lago de fogo (Mt 25.41-46; Jd 6; 2ª Pe 2.4).

Pr. Elias Ribas