sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

5 Provas da Ressurreição de Jesus



As religiões têm muitas versões para a ressurreição de Jesus. Eis algumas:

Versão 1: “Que ele teria ressuscitado em espírito, simulando a sua aparição para dar a entender aos discípulos que tinha ressuscitado.”

Versão 2: “Que ele não morreu na cruz, só desmaiou e, colocado na sepultura, acordou dias depois, e saiu andando dali.”

Versão 3: “Que os seus discípulos furtaram o cadáver, enterraram em outro lugar, e saíram contando às pessoas que ele havia ressuscitado.”

Versão 4: “Que o próprio Deus retirou o seu cadáver da sepultura e o guardou para o dia do Juízo Final, quando então o mostrará morto aos pecadores, que terão a chance de recebê-lo.”


Sei que há outras versões ainda, mas citei estas apenas para ilustrar a polêmica da sua ressurreição.


Na verdade, nem os discípulos acreditavam que ele havia ressuscitado, mesmo com as mulheres insistindo que o tinham visto vivo, abraçado seus pés e conversado com ele.


Por isso, transcrevo a seguir os relatos cruzados dos evangelistas, que descrevem a sua primeira aparição aos discípulos, naquele domingo à tarde:


“Enquanto ainda falavam nisso, na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando os discípulos reunidos com as portas cerradas por medo dos judeus, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles e disse-lhes:
– Paz seja convosco. 

Mas eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. Ele, porém, lhes disse:
 
– Por que estais perturbados? E por que surgem dúvidas em vossos corações? Olhai as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo. Apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.

E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos, os pés e o lado. Alegraram-se, pois, os discípulos ao verem o Senhor. Disse-lhes, então, Jesus segunda vez:
 
– Paz seja convosco.


Não acreditando eles ainda por causa da alegria, e estando admirados, perguntou-lhes Jesus: Tendes aqui alguma coisa que comer?
Então lhe deram um pedaço de peixe assado e um favo de mel, o que Ele tomou e comeu diante deles. E lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado. Depois lhes disse: 
– São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.

Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes:
 
– Assim está escrito que o Cristo padecesse e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos; e que em seu Nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. 
E havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: 
– Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, são-lhes retidos.

(Confira a exatidão da transcrição e do entrelaçamento dos textos: LC 24:36a; JO 20:19a; LC 24:36b-40; JO 20:20b-21a; LC 24:41-43; MC 16:14b; LC 24:44-48; JO 20:21b-23)


Vamos analisar o relato acima, parte por parte:

O MESMO JESUS SE APRESENTOU NO MEIO DELES. O relato faz questão de frisar que não foi outro Jesus, mas “o mesmo” que os discípulos conheciam há três anos e “o mesmo” que morreu na Cruz.

ESTANDO OS DISCÍPULOS REUNIDOS COM AS PORTAS CERRADAS. O corpo ressuscitado de Jesus tem uma nova e desconhecida estrutura molecular, porque preserva a carne e os ossos, mas consegue aparecer e desaparecer quando bem entende. Aqui, o Senhor entrou no recinto, com as portas e janelas trancadas.

PENSAVAM QUE VIAM ALGUM ESPÍRITO. Pensamento que persiste até hoje em muitas religiões, que acreditam que Jesus ressuscitou apenas “em espírito”. Seria isso possível?


POR QUE SURGEM DÚVIDAS EM VOSSOS CORAÇÕES? O próprio Jesus desfaz tal pensamento. Se Ele afirmasse que não é um espírito, quando o fosse, então estaria mentindo. E ele seria como o pai da mentira. Mas sabemos que Ele nunca mentiu. A profecia de Isaías diz: “E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca” (Is 53:9). E Ele mesmo diz: “O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que fala mentiras não estará firme perante meus olhos” (Salmo 101:7). Também as testemunhas que conviveram com Ele por três anos garantem: “Ele nunca cometeu pecado, nem se achou engano na Sua boca” (I Pe 2:22).

O próprio Jesus se esforçou para provar aos discípulos que era Ele mesmo: “o mesmo” que tinha morrido na Cruz, e que havia ressuscitado. E, para provar que não era um espírito, Jesus, como Advogado dos advogados, apresentou:


AS CINCO PROVAS ADMITIDAS EM DIREITO:

1- PROVA PERICIAL: Olhai as minhas mão e meus pés.
 
Jesus exibe as marcas recentes dos cravos que atravessaram as Suas mãos e os Seus pés. É o Laudo Necroscópico escrito na carne e, pela primeira vez na História da Humanidade, o próprio “cadáver” expõe e registra as conclusões da perícia.


2- PROVA TESTEMUNHAL: Sou eu mesmo. 

Jesus nunca mentiu e jamais mentirá. Ele afirma que aquele corpo é o Dele mesmo. Não é um outro corpo emprestado, parecido ou semelhante. Não é uma teofania. Jesus não simula a Sua Ressurreição em carne, porque Ele mesmo disse: “EU SOU a Ressurreição e a Vida” (Jo 11:25).


3- PROVA MATERIAL: Apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.
 
Jesus contesta que “ressuscitou em espírito” e apresenta o Seu próprio Corpo como prova inegável de que ressuscitou em carne e ossos. Mostrou-lhes as mãos, os pés e o lado. Exibe, inclusive, o ferimento que Lhe fizeram com a lança, depois de morto.


4- PROVA TÉCNICA: Tendes aqui alguma coisa que comer?
 
Jesus não precisava comer. “Comeu diante deles” para provar que não era um espírito e que o Seu Corpo tem substância. Quando os supersticiosos oferecem galinhas, farofas e pingas aos espíritos, por acaso eles comem e bebem? Claro que não! E por que não? Porque um espírito não pode comer!
 


5- PROVA DOCUMENTAL: Importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, nos Profetas e Salmos. 

Jesus apresenta farta documentação escrita, constante nas Escrituras Sagradas, que narra toda Sua Vida e sofrimento em detalhes, bem antes de tudo acontecer. Quer só dois exemplos? Leia o Salmo 22 e Isaías 53. Provas documentais não podem ser contestadas. 


ESTAS PROVAS FORAM TÃO CONTUDENTES QUE...
... os discípulos, antes medrosos, enfrentaram as autoridades eclesiásticas, políticas e militares que tentavam impedir a pregação do Evangelho e, mesmo diante de ameaças, torturas, prisões e açoites, os discípulos diziam: “Não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido... É mais importante obedecer a Deus do que as autoridades.” (Atos 4:18-20, 5:40-42). Por causa da veracidade da Ressurreição, mantiveram o testemunho do que viram e enfrentaram a morte: Tiago morreu à espada, Estevão morreu apedrejado, Paulo foi decapitado, Pedro crucificado de cabeça para baixo. Fosse a ressurreição de Jesus uma mentira dos apóstolos, algum deles, debaixo de tortura, teria confessado. Mas nenhum negou a fé, porque era fé viva no Cristo ressuscitado! Todos morreram afirmando: Ele ressuscitou e é o Juiz dos vivos e dos mortos! (At 3:15, 5:17-32, 5:58-59, 12:1-17, II Tm 4:6).


POR QUE TENTAM NEGAR A RESSURREIÇÃO DE CRISTO?
No domingo em que Jesus ressuscitou, os inimigos do Senhor investiram muito dinheiro e subornaram os soldados para que dissessem ao povo que os Seus discípulos haviam furtado o cadáver, enquanto os guardas dormiam (Mt 28:12-13). Mas, pense comigo: Se os guardas estavam dormindo, como podem afirmar que viram os discípulos roubar o corpo? Quem está dormindo não pode ver nada. E, se viram, por que não impediram que o corpo fosse roubado, já que estavam ali para isso? Bastaria um simples grito e os discípulos, medrosos que eram, largariam o cadáver e sairiam correndo. Como você vê, esta versão não pode subsistir em juízo.

Mas, nos dias de hoje, não é diferente: a Sociedade Torre de Vigia investe milhões e milhões de dólares para distribuir em todo o mundo literaturas e livros que afirmam que Jesus ressuscitou apenas “em espírito” e que o seu cadáver foi retirado da sepultura pelo próprio Jeová. Também ensinam que Jesus usou outro corpo para se apresentar aos discípulos e, assim, dar a entender que havia ressuscitado em carne (do Livro “Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra”, Ed. Sociedade Torre de Vigia). Tiragem da primeira edição só para o Brasil: cinco milhões de exemplares! 

Portanto, segundo essa nova versão, largamente difundida pelas “testemunhas”, não foram os discípulos e, sim, Jeová que furtou o cadáver do Senhor. E o próprio Jesus seria um grande embusteiro, pois afirmou que era “Ele mesmo”, quando, então, não seria. O que você acha?


Quanto aos que dizem que Jesus não morreu na cruz, mas só desmaiou (conforme ensina o Alcorão), tendo acordado na sepultura e saído dali sozinho, você acha que uma pessoa que passou pelos espancamentos, açoites, torturas e ainda a crucificação, tendo perdido muito sangue, com os pés e o corpo inchado, teria condições de empurrar a pedra na entrada do sepulcro e sair andando dali? Qualquer pessoa com tais ferimentos, se não tivesse morrido, teria de ficar numa UTI durante um bom tempo, sob cuidados médicos! Esta versão, portanto, é descabida e não resiste ao mais elementar raciocínio.


O Apóstolo Paulo, que já naquela época tinha de combater essas versões, escreveu: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou... E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos” (I Co 15:14-18). Estariam perdidos porque “se Cristo não ressuscitou” não poderia ter sido o salvador de Si mesmo, quanto mais de um único pecador.
 

O diabo sabe disso e é por este motivo que a Ressurreição de Cristo é tão combatida: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (v.: 17). É óbvio que quem permanece nos pecados não pode ser salvo. Se o diabo conseguir fazer com que as pessoas não acreditem na Sua ressurreição, sabe que perderão a Única chance possível de Salvação. 

Paulo continua: “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por Um Homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (I Co 15:14-22). 

O inferno investe muito dinheiro para que não creiam no Único Nome capaz de dar Vida Eterna à Humanidade: “E que em seu Nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações.”. Não há, entre todas as Nações, outro Nome que produz perdão dos pecados e Salvação, simplesmente porque ninguém mais viveu neste Mundo sem pecado, morreu pelos transgressores e ressuscitou vitorioso! Ele é o Único que venceu a Morte e está vivo pelos séculos dos séculos. Por isso, pode garantir a Vida Eterna a todos os que Nele creem!
 

Jesus ainda não voltou, mas está às portas. Sua volta se dará em duas fases: primeiramente em oculto para o mundo, quando somente os salvos serão arrebatados do planeta. E depois, Ele virá de modo visível para a toda a Humanidade, quando os arrebatados voltarão com Ele e “todo olho O verá, até os mesmos que O traspassaram.” (Mt 24:30, Ap 1:7).
 

Esta informação indica que o mesmo Jesus, que morreu e ressuscitou em carne e ossos, o mesmo que subiu aos céus, voltará pessoalmente. Suas marcas na carne serão exibidas aos judeus, que se converterão a Ele. A profecia de Zacarias diz: “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplica; e olharão para mim, a quem transpassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito... E, se alguém lhe disser: Que feridas são estas nas tuas mãos?, dirá ele: São as feridas com que fui ferido em casa de meus amigos”. (Zc 12:10, 13:6)



Você, que chegou ao conhecimento da Verdade e quer ser salvo, procure uma comunidade verdadeiramente cristã, onde se ensina que Jesus ressuscitou em carne e ossos (Lc 24:39), e que Ele é Deus (Ap 1:8). Procure uma comunidade cristã que não faça comércio (Mc 11:15) e nem explore a fé das pessoas (Mt 7:21-23) e batize-se nas águas por imersão, em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28:19). Tome a Santa Ceia até Ele voltar (I Co 11:26) e persevere “até o fim” porque, Aquele que vai arrebatar os Seus escolhidos nos quatro cantos da Terra e voltar pessoalmente para governar este planeta por mil anos, disse: “Quem perseverar até o fim, será salvo.” (Mt 24:13).


Postado por: Juanribe Pagliarin


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Moisés - sua liderança e seus liderados





A obra do Senhor precisa de trabalhadores.


Para cuidar da sua obra, Deus chama a quem Ele quer, e pelo seu Espírito capacita essas pessoas para a sua santa missão.

Não cabe ao exercício da obra de Deus o individualismo

Moisés foi um dos líderes mais importante do Antigo Testamento, todavia, como homem ele também esteve no nível das imperfeições. Com certeza cometeu diversos deslizes como líder, e um dos equívocos foi iniciar seu ministério de maneira solitária. Mas essa não era a vontade de Deus, que levantou pessoas para ajudá-lo. Miriã, Arão, Josué, Jetro, os levitas, os anciãos e os juízes foram auxiliares importante para a vida ministerial dele.


Nos dias atuais, muitos pastores acreditam que podem trabalhar sozinhos, no entanto, a liderança excelente envolve o trabalho em equipe, o gerenciamento de pessoas. Um pastorado só será realizado eficazmente se o líder estiver disposto a concordar em concordar com outras pessoas, se houver disposição à delegação de autoridade.


No caso de resistência à distribuição de trabalho, o resultado será desastroso, haverá o risco de confundir autoridade com autoritarismo, o acometimento de um grande estresse, desgaste físico e mental. A produtividade será baixa, as realizações de reuniões com o ajuntamento de crentes fracos na fé, reuniões noites após noites, cada vez mais vazias.


O pastor não é um grupo de um homem só, não é apenas ele quem deve pregar, cantar, visitar e realizar outras tarefas da igreja local. Humanamente, até as mais nobres intenções não levam a lugar algum a menos que se forme uma equipe para que elas sejam empreendidas.

Jesus sabia disso. Assim que Ele começou seu trabalho, não perdeu tempo para formar uma equipe. Até o Filho de Deus criou um conjunto, pois, segundo a vontade do Pai não seria possível mudar o mundo sozinho. "Sigam-me", dizia, e as pessoas eram atraídas ao seu ministério e o seguiam.

A qualidade de um líder


Liderança requer treinamento e preparo, não se faz um líder da noite para o dia. Para exercer liderança com excelência é necessário ter disposição para o treinamento. Moisés passou pelo treinamento do deserto e Jesus também.


Quando tratamos do tema liderança em relação à Igreja de Cristo, falamos de um assunto que é um dos mais complexos. Spurgeon escreveu que os ministros são para a igreja e não a igreja para os ministros.

Moisés, como líder, era um despenseiro do Senhor e não o dono dos israelitas. O pastor evangélico precisa aceitar que as ovelhas que ele lidera são ovelhas de Jesus Cristo e não o rebanho dele. No exercício do pastorado, é imprescindível a percepção que um pastor é apenas um entre muitos despenseiros -  o Dono da obra é o Sumo Pastor, Jesus Cristo (Êxodo 18.13-27; 1 Pedro 5.2-4; 3 João versículos 9 e 10).


Um líder vocacionado por Deus precisa ter a sensibilidade para com as demandas sociais da comunidade de fé que lidera. Possuir discernimento para atender às necessidades espirituais do seu rebanho, assuntos de ordem espiritual e celestial, não é o suficiente; ele deve também estar preparado para resolver assuntos de ordem material e terreno.


É importante construir relacionamentos sólidos e sadios na igreja local onde o líder exerce seu ministério e na comunidade onde se relaciona cotidianamente. Isto envolve a vizinhança, colegas de trabalho, da escola e da faculdade, e principalmente a família.

"Moisés foi "instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras", no entanto em seu ministério encontramos enfatizadas as qualidades mais importantes que um líder cristão precisa evidenciar: mansidão, obediência, piedade e fidelidade (Atos 7.22).


A igreja vive em um mundo que não valoriza a humildade. A sociedade corre atrás de destaque, popularidade e fama. Tal atitude não pode contaminar o líder cristão, ele não pode buscar na multidão adulação e glória para si, mas a provação do seu Senhor.


O líder não deve desperdiçar energia à toa


Quando uma pessoa possui poder, tem condições de decidir coisas relevantes. Dizer isso pode parecer insignificante, mas siga o raciocínio analisando que tenha ganhado muito dinheiro, ou possua tempo de sobra. Um grande número gasta tão depressa quanto ganhou a fortuna; da mesma maneira irresponsável, o tempo livre é desperdiçado com atividades que arruínam a saúde e rouba a paz de espírito. 


Jesus possuía toda energia e sabia direcioná-la. Tinha tanta clareza sobre sua missão como líder que evitava desperdícios de energia reais e potenciais. Sendo o Mestre dos mestres, recusava-se a envolver-se em debates inúteis com pessoas que não eram dispostas a aprender, mas, sim, apenas discutir. Ele treinava os membros de sua equipe a "sacudir os pés"e continuar a caminhada se não fossem bem recebidos e ouvidos, uma lição bem forte sobre a importância de saber onde e com quem compartilhar o tesouro de sua energia (Mateus 10.14).


Jesus: exemplo perfeito de líder e liderado


Jesus é o perfeito modelo de liderança, amizade e humilde. O Senhor dos senhores serviu a Deus, aceitando sua liderança, até a morte de cruz.


Como fiéis servos do Senhor é preciso colocar à prova as motivações e ações de líderes eclesiásticos, como agiram os nobres crentes de Beréia e recomendou o apóstolo João (Atos 17.11; 1 João 4.1).


Líderes e liderados devem ser humildes e amigos como o Mestre dos mestres, estarem disponíveis para amar a Deus em primeiro lugar e a todos como Ele de dispôs e nos amou (João 13.14).

A formação de bons relacionamentos começa com um único procedimento, que é a atitude de querer relacionar-se bem. A humildade é a marca registrada do verdadeiro servo de Deus, portanto, tanto líderes quanto liderados devem estar dispostos a acolher a todos amorosamente.



Cristo possuía autoridade e era amigo, vivia entre as pessoas, onde quer que elas estivessem.  A amizade é caracterizada por relacionamento e não por imposições. Cristo nunca se impôs, porém, conduziu seus liderados com sabedoria, escolheu doze homens para caminhar com Ele durante a pregação do Reino dos Céus e fez com que ficassem prontos para serem líderes após sua partida.

E.A.G.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Arrependimento x Remorso


Algumas vezes, alguém pergunta qual é a diferença espiritual entre arrependimento e remorso, e o interessante é que a própria Bíblia, no seu original grego, faz diferença entre ambas as atitudes.

Primeiro, a palavra grega traduzida por “arrependimento” é metanoia (μετάνοια) e sempre significa uma mudança de mente ou atitude, essencial à salvação, como no "batismo de arrependimento" de Atos 13:24.

Metanoia aparece 58 vezes no Novo Testamento. Já outra palavra que às vezes é traduzida como arrependimento é metamelomai (μεταμέλομαι), que aparece 6 vezes no Novo Testamento, mas está muito mais ligada à idéia de tristeza, de remorso, do que propriamente mudança de rumo, de mente.


O exemplo clássico é o caso de Judas em Mateus 27:3, conforme você pode perceber nessas 3 diferentes versões para o português:

Mat 27:3 Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, ARREPENDIDO, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, (Almeida Revista e Corrigida - ARC)

Mat 27:3 Então Judas, aquele que o traíra, vendo que Jesus fora condenado, devolveu,COMPUNGIDO, as trinta moedas de prata aos anciãos, dizendo: (Almeida Revista e Atualizada - ARA)

Mat 27:3 Quando Judas, que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi TOMADO DE REMORSO e devolveu aos chefes dos sacerdotes e anciãos as trinta moedas de prata. (Nova Versão Internacional - NVI)


Mat 27:3 Quando Judas, o traidor, viu que Jesus havia sido condenado, SENTIU REMORSO e foi devolver as trintas moedas de prata aos chefes dos sacerdotes e aos líderes judeus (Nova Tradução na Linguagem de Hoje - NTLH)


Já a tradução católica da Bíblia do Peregrino (BP) traduz o mesmo versículo dizendo que "Judas se arrependeu", enquanto as igualmente católicas Bíblia de Jerusalém (BJ) e Edição Pastoral (EP), com "sentiu remorsos" em ambas, e a Tradução Ecumênica da Bíblia (TEB - "assaltado de remorsos"), concordam com a versão protestante.

A palavra traduzida por "arrependido" (ARC e BP), "compungido" (ARA) e "tomado de remorso" (todas as demais), é metamelomai, que mostra que Judas ficou triste pelo que fez, "arrependido" até certo ponto, como Esaú, que "querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou diligentemente com lágrimas" (Hebreus 12:17). A palavra aí traduzida por "arrependimento" é metanoia, algo que Esaú buscou com lágrimas, mas não achou.

Logo, me parece que arrependimento significa uma conversão real, verdadeira, uma mudança de rumo, enquanto remorso é apenas o reconhecimento de que se fez algo errado, mas, talvez, se pudesse voltar atrás, a pessoa teria feito a mesma coisa, e a única coisa que lhe restou foi o gosto amargo de ter feito o que fez.


Por fim, há outro versículo em que podemos fazer uma comparação entre ambas as condições, 2ª Coríntios 7:9, em que Paulo escreve:
Agora, folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para o arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padeceste dano em coisa alguma. (ARC)
As demais versões (protestantes e católicas) não fogem à tradução da ARC, apenas trocando "contristados" por "entristecidos" ou variações de "tristeza".

O versículo 9 citado acima deve ser interpretado no contexto em que está inserido, e o versículo seguinte (10) diz que "com efeito, a tristeza segundo Deus produz arrependimento que leva à salvação e não volta atrás, ao passo que a tristeza segundo o mundo produz a morte" (BJ).

A palavra arrependimento aqui (μετάνοιαν) é acompanhada da condição de que "não volta atrás" (ametamelētos ἀμεταμέλητον), o que mostra que o texto bíblico separa definitivamente "arrependimento" de "remorso".

Bem, o versículo 9 nos fala de Paulo se alegrando, não por que os coríntios se entristeceram (οὐχ ὅτι ἐλυπήθητε), mas por que se entristeceram para o arrependimento (ὅτι ἐλυπήθητε εἰς μετάνοιαν).

Paulo portanto se alegrou por que a tristeza deles resultou em arrependimento, já que a preposição εἰς pode indicar resultado, o melhor sentido para esta passagem (entre outros sentidos possíveis estão propósito, espacial [para dentro de], temporal [durante], referência [com referência a], vantagem ou desvantagem). Em seguida Paulo diz que os coríntios portanto se arrependeram segundo Deus (κατὰ θεόν).

O versículo 10 então explica o que aconteceu ali. Os coríntios se arrependeram segundo Deus (κατὰ θεόν), e por isto houve o arrependimento.

É muito interessante aqui perceber que Paulo nos diz que a tristeza que resulta em arrependimento é segundo Deus (κατὰ θεόν), enquanto que a tristeza que produz morte é do mundo (τοῦ κόσμου), provavelmente aqui empregando um genitivo de produtor. Ou seja, ele atribui a origem da segunda tristeza ao mundo, mas não faz isto para a primeira tristeza.

A tristeza que resulta em arrependimento aqui não é atribuída a Deus, mas ela segue o padrão de Deus. Já aquele pesar que gera morte é sim produzido pelo mundo.

Está claro, portanto, que Paulo está propositalmente contrastando as duas tristezas (λύπη), já que ele coloca tanto κατὰ θεόν quanto τοῦ κόσμου em destaque, na frente de λύπη.

É curioso também que vários dicionários colocam ἀμεταμέλητον ("sem remorso", "sem voltar atrás") como um adjetivo feminino, embora a terminação dele seja masculina ou neutra.

Provavelmente eles estão tentando fazer este adjetivo concordar com alguma palavra do texto, seja arrependimento (μετάνοιαν) ou seja salvação (σωτηρίαν), todas elas femininas.

Não se pode descartar, portanto, a possibilidade de que ἀμεταμέλητον seja neutra, categorizando todo o "arrependimento para salvação" (μετάνοιαν εἰς σωτηρίαν), ou seja, tratando-o como uma unidade.



fonte:http://ocontornodasombra.blogspot.com.br/2009/01/arrependimento-x-remorso.html

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A GRANDE MERETRIZ - APOCALIPSE 17




O Apocalipse contém o último chamado do Deus de amor para os moradores da terra (Ap 14.6-14), expõe-nos as artimanhas de Satanás e descreve a organização que ele tem para o seu trabalho. Nenhum outro livro ostenta um conteúdo de tanta importância como este, para o homem moderno. Sua mensagem é tão crucial e imperativa que Deus pronunciou uma terrível sentença sobre todo aquele que tentar alterar sua mensagem (Ap 22.18- 19). Uma das revelações que Deus nos faz neste capítulo é a respeito do que Ele chama “o mistério de Babilônia, a grande meretriz”, e de como o conteúdo desta mensagem pode afetar nossa salvação.

I.        A ORIGEM DO TERMO MERETRIZ

“Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas” (v. 1).
O nome “meretriz” vem do vocábulo grego “porne” “mulher que vende seu corpo para uso sexuais”, “prostituta”.
No Antigo Testamento, Deus sempre equiparou a o adultério e a prostituição, com a perversão e o desvio religioso. A busca aos ídolos, prática comum naquele tempo no meio do povo de Israel, era considerada por Deus com uma prevaricação, uma traição à aliança que Ele tinha com seu povo (Jr 3.7-8).
Através de Jeremias, Deus culpa tanto o Reino do Norte (Israel), como também o Reino do Sul (Judá), de haverem prevaricado, cometido adultério espiritual. A razão desta culpa foi o fato deles, entre outros pecados e desvios, haverem abandonado ao Senhor em busca dos deuses cananeus.

Deixando um pouco os reinos de Israel e Judá, e pensando no antigo Reino Babilônico, podemos ver que, em virtude da multiplicidade de seus ídolos e de suas práticas idólatras, acabou sendo na Palavra de Deus, um símbolo religioso de prostituição e adultério. É por esta razão que o sistema religioso corrompido dos últimos tempos também chamar-se-á “Grande Babilônia”, “Grande Meretriz”. A palavra “Babilônia” vem do termo hebraico “lbb”- Babel, que significa “confusão”, “mistura”.

[...] Os capítulos 17 e 18 retrata a queda da grande Babilônia (16.19). Segundo o pastor Antônio Gilberto, a Babilônia (v. 5) simboliza a totalidade do sistema mundial dominado por Satanás, que promove a iniqüidade na política, na religião e no comércio.
A Babilônia religiosa (meretriz) será destruída pelo anticristo (vvs. 16-17), ao passo que a Babilônia política será destruída por Cristo na Sua vinda em Glória (Ap 19.11-21) [Comentário da bíblia pentecostal pg. 2003].

II.     QUEM É A GRANDE MERETRIZ

Enquanto que Apocalipse 13 nos descreve o Império Romano restaurado, encabeçado pela besta (Anticristo), no verso 17 mostra-nos algo novo, ou seja, que esta poderosa besta será guiada por uma meretriz (falsa igreja).
No capítulo 12 de Apocalipse Israel é representada por uma mulher, também a Igreja de Jesus é representada como uma mulher, como noiva do Cordeiro (Ap 21.9), enquanto a igreja mundial sem Cristo é apresentada como mulher (meretriz) da besta.
A meretriz não é uma seita sem expressão ou uma igrejinha qualquer. É uma instituição que abrange povos, nações e línguas diferentes, dominando grandes multidões.
Meretriz representa a igreja decaída, contaminada com o pecado e com o paganismo babilônico. Quando se estuda a história eclesiástica, vimos que quando a igreja quis valer-se do estado para legislar em assuntos religiosos, o resultado foi a incorporação de falsas doutrinas no seio da cristandade. Esta verdade é também confirmada por Apocalipse 17.
“Com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra” (v.2).
Na Bíblia, religiões falsas são chamadas de prostituições, porque é forma de infidelidade a Deus (Is 23.17; Nm 3.4). A meretriz babilônica é oposto absoluto da noiva do Cordeiro então arrebatada, a Igreja de Jesus. Sendo a mulher, na visão uma meretriz, isto indica um falso sistema religioso.
Este texto deixa claro que o vinho, o qual surgiu como consequência da união ilícita da igreja com os reis da terra, embriagou ao mundo inteiro. Isto indica que este falso movimento religioso estender-se-á por todo o mundo. “Os que habitam na terra”. Não apenas os reis, os grandes, mas os demais habitantes da terra.
Não obstante, devemos ter em conta que esta mulher não aparece unida a Cristo senão aos “reis da terra”. Babilônia representa à igreja cristã que, com o fim de receber legados e honras do Império Romano, apostatou da verdade.
A Bíblia repetida vezes compara ao povo de Deus que abandonou a verdade e ido em após de outras crenças, com uma mulher infiel ou prostituta. As seguintes afirmações, feitas por Deus mesmo, são exemplo disso:
“Não te alegres, Israel, não saltes de gozo como outros povos, pois fornicaste ao apartar-te de teu Deus. Amaste o salário de prostitutas em todas as eras de trigo” (Os 9.1). “Mas como a esposa infiel abandona o seu esposo, assim vos levantastes contra mim, casa de Israel, diz Jeová” (Jr 3.20).
O falso sistema religioso permite que seus seguidores professem que são de Deus enquanto, na realidade, adora e serve a outros deuses.
Os hipócritas e os falsos profetas obtêm sucesso como resultado da sua doutrina, porque ela induz a sociedade mundana a unir-se a ela.

Sentada sobre as águas (v. 1).
O que significa “Sentada sobre as águas? João ao ter esta revelação fica admirado com tudo que vê. Mas o anjo (v. 5), interpreta tudo que ele vê: “Falou-me ainda: As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos, multidões, nações e línguas.
Não nos restam dúvidas sobre o fato de que o povo estará apoiando este sistema religioso corrupto, devasso.
As águas representam povos, nações e línguas. Sua condição de grande dominadora dos povos é uma das características que interessa o anticristo. Por isto, ele a colocará para cumprir suas decisões. Assim, a posição estratégica que será dada à igreja prostituída no esquema do Anticristo, é o ministério religioso.

III.  A LUXURIA DA MERETRIZ

Achava-se a mulher vestida de púrpura. “A mulher usava um vestido cor de púrpura e vermelho vivo e estava coberta de enfeites de ouro, de pedras preciosas e pérolas... (v. 4).
Já sabemos que ela é uma meretriz (v. 1), mas ela se veste como se fosse uma mulher rica. A Púrpura e escarlata são tecidos coloridos e os mais luxuosos da época. Representam pompa, realeza e luxo e orgulho. Mesmo ela sendo bem-vestida e atraente às nações, Deus viu o seu cálice cheio de abominações e imundícias, coisas repugnantes ao Santo Senhor.
Em princípio não podemos ver nesta mulher desviada nada além da igreja romana, pois nenhuma religião no mundo corresponde a este descrito em Apocalipse 17. Onde existe uma igreja vestida de tanta escarlata como ela?

Com o vinho de sua devassidão. “O cálice está cheio e tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição” (v. 4).
Todos os teólogos concordam que Roma corrompeu outras nações, envolvendo -as na sua libertinagem. Os excessos de Roma, e especialmente de alguns dos imperadores, são bem documentados na história do período. Países que estabeleceram relações favoráveis ao comércio com Roma lucraram como fornecedores de bens consumidos neste contexto materialista. A mesma descrição pode incluir outros aspectos da corrupção romana – ganância, idolatria, imoralidade, etc.
Dois grandes males são aqui denunciados: abominação e imundícias. A palavra abominação do grego bdelugma que significa uma coisa suja, horrível, detestável. No Antigo Testamento, os ídolos eram visto como abominação, pois os seus adoradores emprestava-lhe uma glória que só a Deus pode ser tributada (Dt 7.4-5; 25.26; 1º Sm 15.23; 2º Rs 25.13; Is 44.19; Ez 16.30). A igreja romana conduz abertamente os seus adeptos ao pecado da idolatria. 
Imundícia do  original  grego akathartes relativo a impureza (Ef 5.3-5; Cl 3.5-6; Gl 5.19-21). A Roma papal faz grandes ofertas de indulgencias e absolvições, e desta maneira atrai os homens ao pecado.
“O prostituir-se” representa a ligação da mulher com a besta, ou seja, com os reis da terra. A igreja romana sempre teve e envolvido com o sistema político mundial. Onde existe uma igreja vestida de tanta escarlata, ouro e pedras preciosas? (Basílica de São Pedro).
Todos os teólogos concordam que Roma corrompeu outras nações, envolvendo -as na sua libertinagem. Os excessos de Roma, e especialmente de alguns dos imperadores, são bem documentados na história do período. Países que estabeleceram relações favoráveis ao comércio com Roma lucraram como fornecedores de bens consumidos neste contexto materialista. A mesma descrição pode incluir outros aspectos da corrupção romana – ganância, idolatria, imoralidade, etc.
Dois grandes males são aqui denunciados: abominação e imundícias. A palavra abominação do grego bdelugma que significa uma coisa suja, horrível, detestável. No Antigo Testamento, os ídolos eram visto como abominação, pois os seus adoradores emprestava-lhe uma glória que só a Deus pode ser tributada (Dt 7.4-5; 25.26; 1º Sm 15.23; 2º Rs 25.13; Is 44.19; Ez 16.30). A igreja romana conduz abertamente os seus adeptos ao pecado da idolatria. Imundícia do original grego akathartes relativo a impureza (Ef 5.3-5; Cl 3.5-6; Gl 5.19-21). A Roma papal faz grandes ofertas de indulgencias e absolvições, e desta maneira atrai os homens ao pecado.
“O prostituir-se” representa a ligação da mulher com a besta, ou seja, com os reis da terra. A igreja romana sempre teve e envolvido com o sistema político mundial. Onde existe uma igreja vestida de tanta escarlata, ouro e pedras preciosas? (Basílica de São Pedro).

3. Onde existe uma igreja que leva o nome da cidade que ao mesmo tempo lhe serve de trono? “A mulher que viste é a grande cidade que domina sobre os reis da terra” (v.18).
Ao longo dos anos a igreja Romana tirou o cálice de agradecimento e ao invés disto deu-lhes o cálice das abominações; ela substituiu o sacrifício de Jesus no Gólgota pelo sacrifício da santa hóstia na missa. Por isto a chamamos de meretriz, falsa enganadora.
Todos os interpretadores e teólogos concordam que a meretriz não se trata de algo alegórico, mas são unânimes em dizer nas suas confissões: a mulher Babilônia é uma figura da cidade de Roma, e Roma é o Império Romano.
Os Católicos entendem ser a antiga Roma pagã, mas não pode ser, pois a profecia do Apocalipse não foi cumprida nela. A Roma que mais tarde tornou-se cristão, desde o seu desvio do evangelho e das doutrinas, tem todas as características que o Apocalipse atribui a Babilônia e seu paganismo.
Fica confirmado, pois, que o vinho que a mulher leva em sua mão é uma representação das falsas doutrinas com as que têm enganados à grande maioria dos habitantes da terra.

IV.  A GRANDE MÃE DAS MERETRIZES

“Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA” (v.5).

Deve tratar-se de alguém ou algo muito abominável, pois esta Babilônia é não somente objeto da ira de Deus, mas objeto do “furor” da sua ira.
No capítulo 14.8 é proclamada a queda de Babilônia por um anjo de Deus. Aqui no capítulo 17 trata-se do movimento religioso mundial que haverá naqueles últimos dias. Será uma falsa igreja mundial apoiado pela segunda Besta (Ap 13.1-18).
O nome Babilônia associando à mulher, indica a falsa igreja que dominará a terra com todo o tipo de engano, que hoje já se vê indícios disto por toda parte: “Babilônia era um copo de ouro na mão do Senhor, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações, por isto enlouqueceram” (Jr 51.7).
A Babilônia tem sido a mãe dos falsos sistemas religiosos. A história nos conta que as religiões falsas (que sempre incluem a idolatria) tiveram sua origem com Ninrode e sua mulher Semírames, no primitivo reino de Babel (de onde vem Babilônia (Gn 10.8-10). Ele foi o primeiro imperialista da história (Gn 10.10-11). Ele também liderou o povo no primeiro ato religioso (falso), que foi a construção da torre de Babel, cujo único objetivo (como os demais semelhantes) era o culto idolatra. Hoje o sincretismo desta falsa religião está no seu auge, a caminho do reinado do anticristo, ocupando-se de práticas de paganismo oriundos da antiga Babilônia. Por isto Deus chama seu povo a fugir de Babilônia, antes da sua destruição final. Por sua vez, o Novo Testamento exorta os crentes a saírem da Babilônia dos últimos tempos.

1. Porque esse nome? Porque Babilônia foi o berço da religião falsa. Babilônia foi a capital pagã de onde surgiram todas as formas de maldades idolatra e místicas. Cristo usa esta palavra para falar da profanação efetuada pelo Anticristo no tempo do fim (Mt 24.15).

2. A mãe das prostitutas, o que indica que não está só e que tem filhas que seguem seus mesmos passos. É triste ter que reconhecer que a grande maioria de igrejas que dizem ser protestantes, uniram-se com Babilônia ao sacrificar parte da verdade, acomodando-se a doutrinas e tradições que não têm nenhum apoio na Palavra de Deus. A igreja romana acomodou em si um paganismo antigo vindo de Babel para corromper as nações, porém muitas igrejas protestantes de hoje criaram para si um paganismo moderno para enganar e corromper o evangelho de Cristo.
O ecumenismo hoje tão defendido e desejado por aqueles que gostam do caminho largo, porque permite tudo, é um certeiro sinal da futura religião da Besta.

3. Na sua fronte achava-se um nome, mistério (v. 5). A palavra mistério associada à mulher, identifica-a com ritos religiosos, mistério das falsas religiões, como magia, ocultismo, idolatria etc. Aqui também se trata de algo místico, não literal, equivalente a sinal.
Este nome escrito na testa da prostituta indica um sistema religioso apóstata, e isto podemos ver dentro do romanismo. Cada coisa na liturgia desta grande organização é envolvida em mistério, com o propósito de impressionar os homens com seus segredos e sua secreta autoridade sobrenatural. Sua pretensão de encaminhar o destino eterno de seus seguidores, seus ritos e cerimônias místicas, seus vestuários sacerdotais, seus movimentos, atitudes e artifícios, tudo envolve em mistérios. Todos estes rituais místicos são oriundos do antigo ritualismo pagão de origem babilônica.
Esta igreja de que estamos tratando será chefiada pelo Falso Profeta, um super líder religioso aliado do anticristo conforme o que se vê no capítulo 13 apocalipse.

4. Embriagada com o sangue dos santos (v. 6). Quem conhece a história, sabe que a igreja de Roma tem um passado gravado na História mundial com letras de sangue. Pensamos nos rios de sangue, que clamam ao céu. Esta mulher derramou o sangue dos discípulos de Jesus com tamanha crueldade satânica através de Nero; a chamada “Santa Inquisição” foi mais um ato de crueldade da meretriz. Por isto dizemos que a igreja de Roma é a herdeira da grande Babilônica, tanto com respeito aos mistérios pagãos da Babilônia, que foram transformados em ritos cristãos, como também com respeito à perseguição do povo de Deus.
Naqueles dias, a religião falsa (no comando do falso profeta), aliada ao sistema político mundial, também perseguira até a morte a todos os que verdadeiramente adoram a Deus em verdade e espírito.
Então a besta será dirigida por um chefe que vai fazer com os cristãos, tudo aquilo que o império romano já fez no passado. No tempo atual ele está no abismo, e de lá ressurgirá para ajudar Satanás, seu chefe, a administrar a besta.
É esta manifestação demoníaca que ocasionará a cura milagrosa no chefe da besta (Ap 13.3), e que deixará os incrédulos e os crentes mal alicerçados maravilhados com o seu “poder”.

V.     O MISTÉRIO DA MERETRIZ

1. A admiração de João. “Quando vi admirei-me...” (v. 6). João não consegue compreender o que viu. Porque João ficou tão admirado, tão abalado? Porque ele o discípulo de Jesus, vê a mulher que era uma vez noiva. Originalmente esta mulher foi uma vez noiva, submissa ao Senhor Jesus, mas ela transformou-se em prostituta. A primeira igreja, a igreja primitiva, era uma igreja cheia do Espírito Santo e de Seus dons, porém, quando Constantino a reconheceu como igreja oficial do império, ela transformou-se na meretriz que João vê. Ela tem enganado e contaminado milhares de pessoas com seus dogmas e tradições entregando ao espírito anticristão. A grande meretriz é, portanto, todos os cristãos apóstatas dos tempos finais que não será arrebatada. Se você reconhece que pertence a este sistema que praticas prostituição espiritual, então sai do meio dela e entrega a tua vida a Jesus Cristo.

2. O anjo revela o mistério. “O anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher” (v. 7).
João ficou grandemente admirado vendo a mulher com todo aquele aparato que o anjo prontificou a revelar todo o mistério, tanto da “mulher” como da “Besta”.
“A besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo” (v.8). Isto tem a ver com o império Romano no passado, porém, estava atuado nos dias de João por isso o anjo diz “era”, mas está para emergir do abismo - “vendo a besta que era e não é, mas aparecerá” (v.8), ou seja ela irá ressurgir novamente no governo do anticristo.
A Besta fará para que possa implantar uma nova religião, uma nova ordem mundial para sua própria adoração. O falso profeta cuidará disto tornando obrigatório este culto.

3. A mulher esta sentada numa besta (v. 3). A visão do Apocalipse revela que a falsa igreja estará montada numa Besta. Compreende-se que haverá um pacto amistoso do Império Romano ressuscitado (a besta) ao poder religioso que dominará na época. Isto prova que na grande tribulação ela estará novamente unida a um sistema político. Trata da confederação de nações sob o governo do anticristo. Neste tempo a igreja falsa conduz à Besta, mas depois, esta virar-se-á contra aquela e a destruirá, como veremos no versículo 16.

4. O nome de blasfêmia (v. 3). “besta repleta de nomes de blasfêmia” (v.3). Na besta que ela monta estão escritos nomes de blasfêmia. A proclamação de infalibilidade do papa é o grande cumprimento desta palavra, que ultrapassa todos os outros cumprimentos.

5. Sete cabeças da Besta (v. 3). “Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis” (v.9). Isto também é mencionado nos versos 3 e 7. Aqui figuram sete montes e também sete reis, ou sete reinos o qual a mulher está sentada.
A mulher está sentada sobre sete montes (vvs. 9 e 18). Sabemos que Roma é a única cidade no mundo construída entre sete montes. Portanto, os sete montes referem-se a Roma, que originalmente foi edificada em grande parte o culto idólatra babilônico, que ainda hoje é visto disfarçadamente na liturgia da igreja romana.

6.“A mulher que viste” (v. 18). Há duas coisas implícitas no símbolo da mulher na explicação do anjo: 1. Um sistema religioso (17.1-6). 2. Uma cidade onde o falso sistema religioso terá sua sede.
A igreja Católica ensina a seus seguidores que ela é a verdadeira igreja, a igreja mãe, mestra e regente de toda a igreja cristã. Roma exige obediência completa não somente em assuntos espirituais, mas também em assuntos políticos. Roma nunca desistiu deste objetivo. De acordo com a palavra profética do Apocalipse ela ainda terá seu apogeu na história mundial através da unificação política e militar da Europa, com a restauração do Império Romano na pessoa do anticristo.
7. Os dez reis ou reinos são os dez chifres da Besta. “São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e quando chegar, tem de durar pouco” (v. 10).
Entendemos que os cinco reinos que existiram antes dos dias do apóstolo João, falam dos sucessivos impérios mundiais que abrigaram, apoiaram e praticaram as falsas religiões organizadas em oposição aberta a Deus, começando por Ninrode, na primeira Babilônia. Os impérios mundiais:
A. “Cinco caíram...” Desses sete reinos, cinco são hoje passados: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Persa, Grécia.
B. “Um ainda existe”. João refere-se ao Império Romano que na época estava em evidência.
C. O sétimo é ainda futuro. Será uma forma antiga do Império Romano, constituído de sete reinos confederados, equivalentes aos dez dedos das duas pernas deste antigo Império Romano.
Conforme Apocalipse 13, a besta será o anticristo o oitavo rei ou reino mundial. Este reino emergira do anterior, diz este versículo em outras palavras: “quando assumir o controle dos dez reinos, isto será o oitavo reino”. Revelação idêntica que Deus deu ao profeta Daniel em 7.24 que diz: “Dez reis que se levantarão daquele mesmo reino”. É, pois uma forma daquele antigo Império. É claro que não poderá ser o mesmo, porque aquele era regido por um único soberano, e o futuro será por dez reis com suas capitais. Eles formaram uma confederação de nações durante a grande tribulação. Dizemos confederações porque num pé os dedos são ligados (Dn 2.42-44). Com a formação destes dez Estados estará pronto o palco para formação do reino do anticristo que durará sete anos.
“E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a perdição” (vvs. 3, 7, 10, 11).
De acordo com a explicação acima, o oitavo rei é a besta, procede de um dos sete, e caminha para destruição.
A besta, o anticristo Apocalipse 1, será o derradeiro império mundial unificado. É um dos sete, mas também é o oitavo. Isto pode significar que pertence ao mesmo sistema mundano ímpio, ao qual pertenciam os sete primeiros, mas que não faz parte daquele grupo, mas procede dos sete.
“Os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão a autoridade como reis, por uma hora, juntamente com a besta” (Ap 17.12).
São os dez reis que estarão unidos à besta no seu governo. Isto no entanto, não significa que somente dez países formarão o Império Romano nesta última fase; ele terá proporções mundiais. Significa somente que estes estarão no comando do governo, tendo porém o anticristo como o cabeça do império.
A profecia fala de tempos futuros, e por isto eles aqui, ainda não tinham recebido o reino. Eles reunirão com o anticristo por uma hora, e como todos eles são anticristãos, acatarão as instruções de como deverão agir em perseguição aos santos. Os dez formarão um acordo. Esta reunião decisória marcará o ponto de partida da estruturação das ações da besta.
 7. As nações entregarão o poder (comando), ao anticristo. “Têm estes um só pensamento e oferecem à Besta o poder e a autoridade que possuem” (17.13).
Este texto das Escrituras é um versículo-chave das profecias para os fins dos tempos. A diferença entre o sétimo e oitavo reinos seja a seguinte: o sétimo é constituído de países independentes (confederações – blocos). E o oitavo é composto dos mesmos países, porém sob o governo do anticristo.

VI.  A QUEDA DA GRANDE MERETRIZ

As palavras um só pensamento referem-se à síntese da unidade mundial. Devemos notar bem que os “dez reis” não são forçados a entregar o poder ao maligno, à besta, mas que eles “oferecerão à besta o poder e a autoridade que possuem”.
A besta e os dez chifres que viste são os que odiarão a prostituta, e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo. Pois Deus lhes propôs no coração o realizarem o intento dele, concordando dar à besta o poder de reinar, até que se cumpram as palavras de Deus” (Ap 17.16-17).
A mulher, como já mostramos, é a falsa igreja liberal, atraente e sincretista, que guiará o anticristo ao poder sobre os dez países, nos primeiros três anos e meio. Quando os dez países (confederações) passarem para o domínio do anticristo, formando seu reino, no início dos últimos três anos e meio, eles juntamente com a Besta destruirão a igreja falsa para que a nova forma de culto tenha lugar – o da besta. De uma hora para outra, milhões de pessoas sentir-se-ão abandonadas espiritualmente. Esta dor será ainda maior, se as pessoas amarem mais a instituição do que a Palavra de Cristo.
Ao romper sua aliança com os judeus, o anticristo romperá com a igreja apóstata, da qual ele recebeu apoio enquanto necessitou da sua influência para galgar o poder, e a destruirá totalmente.
No final da grande tribulação, após as pragas de juízos serem derramadas sobre este mundo e sobre o trono do anticristo, ele levantar-se-á contra tudo que se chama Deus e blasfemará de Deus, e será neste momento que o Senhor Jesus virá em glória para dissipar o anticristo e o Falso profeta.
“Guerrearão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores, e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, chamados eleitos e fiéis” (Ap 17.14).
Na vinda de Cristo em glória, O Senhor Jesus destruirá o anticristo e aos que se aliam na batalha final de Armagedom.
Estamos nos últimos dias do “tempo do fim”, o “tempo dos gentios”. O fim para o governo humano na terra. O tempo do arrebatamento da Igreja do Senhor e da revelação do Reino de Deus visivelmente. Um Reino que subsistirá para sempre e que não passará a outro povo.

Postado por Pr. Elias Ribas