domingo, 27 de abril de 2014

Qual é o lugar certo para adorar a Deus, no monte ou no templo?



A igreja evangélica, salvo raríssimas exceções, herdou de forma conveniente, a estrutura bispo-monárquico da igreja romana, criando seus pequenos e grandes vaticanos, centralizando aquilo que o próprio Senhor Jesus Cristo descentralizou, ou seja, o culto de adoração a Deus (Jo 4.23,24). Se fôssemos, de fato, seguir o ensinamento de Jesus, deixaríamos de construir templos, pois nós somos templos nele como nos deixaram bem claro os textos de Paulo (I Co 3.16,17; 6.19; Ef 2.21,22); e Pedro (I Pe 2.5). Desde a minha adolescência já ouvia “pastores” se valerem de uma hermenêutica totalmente equivocada, porém conveniente a eles, daquela passagem onde Davi teve a oportunidade de matar Saul na caverna, e disse:”Deus me guarde de tocar no ungido do Senhor”. (I Sm 24.6)E assim, agiam de maneira hostil e arbitrária contra o rebanho de Deus (leia I Pe 5.2), causando males psíquicos, muitos até de natureza indelével, na vida de muita gente boa e temente a Deus. Ora, Saul foi ungido para ser rei, um pastor, se é que realmente foi ungido por Jesus, foi ungido para ser servo a exemplo do Sumo Pastor (Mt 20.28 e Lc 22.27). Não consigo ver nenhuma semelhança entre muitos pastores, principalmente presidentes de igrejas, com o nosso Bom Pastor Jesus (Jo 10.14), pois o Senhor sequer tinha onde reclinar a cabeça (Lc 9.58), ao contrário desses mercenários da fé que se tornaram ricos, usufruindo dos dízimos e ofertas para seus deleites e prazeres, viajando pelo mundo, enviando seus filhos para estudarem nas melhores escolas do mundo, nos EUA e Inglaterra, e ainda oprimindo o povo sob ameaças de excomunhão e “pragas evangélicas e maldições” sobre quem não contribuir e bancar suas luxúrias!
Observe o que Paulo diz sobre o nosso Sumo Pastor e veja se há alguma semelhança no comportamento avarento de muitos pastores de nossos dias:
“Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza enriquecêsseis.” (2 Co 8.9)
O oposto do que Paulo diz expressaria bem o que motiva muitos líderes evangélicos:
“Porque já sabeis sobre o espírito de pleonexia e eritheia (espírito que visa lucro!) de muios pastores, os quais sendo pobres, por interesse e cobiça se fizeram ricos, para que pela sua riqueza de bens acumulados, permanecêsseis pobres e oprimidos.”
Mas o enriquecimento neste texto está no contexto que fala da riqueza de generosidade demonstrada por aqueles irmãos pobres, que contribuíram com grande alegria e voluntariedade, para socorrer aos irmãos da igreja de Jerusalém. Mas o pastor mercenário adora citar 2 Co 9.6 que fala sobre a lei da semeadura, ou seja:
“o que semeia pouco, pouco também ceifará, e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.”
Entretanto, este texto está dentro do mesmo contexto da riqueza de generosidade que aqueles irmãos, tão pobres, demonstraram, dando acima de suas possibilidades, não para a construção de um império eclesiástico, mas para socorrer aos necessitados.
Lembro-me de um pastor, muito versado na bíblia, um bom evangelista, mas, um péssimo pastor, que “apausentava” (não apascentava!) as ovelhas com terrorismos verbais com base “bíblica”, dizendo: “ninguém brinque com a severidade de Deus”, e como eu sempre fui livre para me expressar, eu o confrontei dizendo que aquilo não era “severidade de Deus”, mas sim sua (do pastor) natureza adâmica nordestina de cangaceiro de Lampião! Por favor, não me interpretem mal, pois nada tenho contra nossos irmãos compatriotas nordestinos, pois meu paizinho e avós paternos (saudosa memória) são de lá, gente boa e muito talentosa e criativa.
Infelizmente, assim como o clero romano percebeu que o templo judaico era grande fonte de lucro, passou a centralizar o culto, a partir do 3º século d.C, oficializando o cristianismo como religião do Estado, e os protestantes, principalmente hoje, copiaram esta forma centralizadora e tirana de culto, onde quem manda quem é o chefe supremo, pontífice evangélico, é o pastor presidente vitalício (nem o presidente da república é vitalício!), coronel e “dono” das almas de crentes indoutos e leigos, que se recusam a enxergar que este sistema é humano e carnal.
O Senhor Jesus estabeleceu a Sua Igreja, mas jamais estimulou a centralização do culto no templo, pois foi Ele quem disse à mulher samaritana:
“Nem no monte e nem no templo adorareis ao Pai (…). Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (Jo 4.21,23).
Seria muito bom se houvesse arrependimento e conversão ao verdadeiro evangelho de Jesus desses pseudo-pastores! Seria maravilhoso se eles assimilassem a mensagem do apóstolo Pedro que disse:
“Apascentai o rebanho DE DEUS, que está entre vós, tendo CUIDADO dele, NÃO POR FORÇA, MAS VOLUNTARIAMENTE; nem por TORPE GANÂNCIA, mas de ÂNIMO PRONTO. Nem como TENDO DOMÍNIO sobre a HERANÇA DE DEUS, mas SERVINDO de EXEMPLO para o REBANHO DE DEUS.” (I Pe 5.2,3 – o grifo é meu)
PRESTE ATENÇÃO NA CONOTAÇÃO GENITIVA, QUE INDICA DELIMITAÇÃO DE ORÍGEM: REBANHO DE DEUS E HERANÇA DE DEUS!!!
Não tenho nenhuma dúvida de que Pedro aprendera com o Senhor por meio daquela conversa ao redor da fogueira, quando Jesus disse a ele: “Apascenta o MEU rebanho”. Pedro entendeu que o rebanho é de Deus, e que ninguém deveria apascentar o rebanho de Deus por torpe ganância e com domínio sobre ele, como vemos acontecer em todo tempo em nossos dias.
Que o Senhor Jesus, nosso Sumo Pastor, tenha misericórdia de Seu povo que vive sob a manipulação e opressão de muitos líderes inescrupulosos e avarentos, pois como disse Paulo, a avareza é idolatria, e, portanto, todo pastor avarento é um idólatra.

“Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo ou de Deus.” (Ef 5.5 cf. Col 3.5)

Postado por Valter Carvalho da Silva


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Dons de poder



A nossa existência, a nossa vida, é uma manifestação das mãos do Soberano. Os dons são presentes de Deus aos seus servos, devem ser usados para o avanço do Reino de Deus.

A história da Igreja é marcada por manifestações de poder. O sobrenatural permeia a vida dos servos do Senhor. 

A Igreja de Cristo precisa precisa ter os dons de poder para estes tempos trabalhosos a que se referiu o apóstolo Paulo (1 Timóteo 3.1). Satanás e seus anjos caídos tentam a todo instante fazer com que o povo de Deus não observe os dons e até mesmo os rejeite.

Fazei discípulos (Mateus 28.19)


É de inteira responsabilidade do crente pentecostal, do ministro do Evangelho, levar a Palavra de Deus com o objetivo de discipular as pessoas favorecidas com os dons do Espírito, porque o maior interesse do Senhor é que as pessoas alcançadas pelas bênçãos advindas dos dons alcancem a salvação de suas almas - haverá cobranças divinas se não houver ações de discipulado (Mateus 7.23).

A Teologia Sistemática classifica como Dons de Poder o dom da fé, os dons de curar e a operação de milagres.


O dom da fé


O que é a fé? A definição bíblica de fé mais completa está registrada em Hebreus 11.1. A palavra fé (grego: pisteuó) é a confiança que depositamos em todas as providências de Deus.

Há na Bíblia pelo menos três tipos de fé: a comum, a salvífica, e o dom da fé:
• A fé comum é surge nas pessoas que observam a natureza (Salmo 19.1; 97.6; Romanos 1.20);
• A fé salvífica é despertada pela proclamação do Evangelho (Romanos 1.16; 10.17; Efésios 2.8);
• A fé como dom é uma convicção interna impelida por um chamado urgente e superior, é a habilidade sobrenatural de acreditar em Deus sem nenhum traço de dúvidas, o combate a descrença e é capaz de enfrentar circunstâncias adversas com confiança plena nas promessas de Deus. É a base da capacitação dada ao crente para que ele realize ações acima da esfera natural (Marcos 16.15-17).

Os dons de curar


O dons de cura, como os demais dons, listados em 1 Coríntios 12.4, 9-11, são manifestações das atividades do Espírito. Refere-se à cura sobrenatural sem a intervenção humana, sem os meios médicos de tratamento.


Sua concessão à Igreja deve-se  ao fato de que Deus deseja dar saúde aos seres humanos. Este dom nos faz lembrar que temos um Deus que se apresentou ao Seu povo, no Antigo Testamento, como Jeová Rafa, o Deus que sara (Êxodo 15.27)


Operações de milagres


É o poder sobrenatural de intervir e neutralizar forças terrenas e diabólicas. Exibe o poder que dá habilidade de ir além do natural. Pode operar junto com os dons da fé e curas. E como os dons de curar, operações de milagres aparece no plural.


São recursos especiais que atuam na cura de enfermidades físicas, psicossomáticas e emocionais, quando usado em paralelo com a pregação do Evangelho, colabora para que as pessoas mais reticentes tenham seus corações tocados pela manifestação do poder de Deus, ao curar os doentes: paraplégicos, cancerosos, aidéticos, etc. Age com autoridade sobre o pecado, as doenças, forças escravizadas destes tempos, e contra Satanás.


Conclusão

Os Dons de Poder são os mais visíveis dos nove dons do Espírito, que constam em 1 Corintios 12.4, 9-11, através deles a história é marcada pela característica do reavivamento pentecostal. Quando este fenômeno é acompanhado do reavivamento espiritual, marcado pela transformações das almas perdidas em vidas aos pés da cruz, a Igreja glorifica ao Senhor.



E.A.G.

sábado, 19 de abril de 2014

Como Evitar Desequilíbrios Religiosos



Os nossos esforços para sermos corretos nos podem conduzir ao erro.


A operação do Espírito, no coração humano, não é inconsciente nem automática. À vontade e a inteligência humana devem ceder e cooperar com as benignas intenções de Deus. Penso que é neste ponto que muitos de nós se perdem. Ou tentamos nos tornar santos, e, então, falhamos miseravelmente; ou, então, procuramos atingir um estado de passividade espiritual, esperando que Deus aperfeiçoe nossa natureza, em santidade, como alguém que se assentasse esperando que um ovo de pintarroxo chocasse sozinho. Trabalhamos febrilmente para conseguir o impossível, ou não trabalhamos de forma alguma. O Novo Testamento nada conhece da operação do Espírito em nós, à parte de nossa própria resposta moral favorável. Vigilância, oração, autodisciplina e aquiescência inteligente aos propósitos de Deus são indispensáveis para qualquer progresso real na santidade. Existem certas áreas de nossas vidas em que os nossos esforços para sermos corretos nos podem conduzir ao erro, a um erro tão grande que leva à própria deformação espiritual. Por exemplo:

1) Quando, em nossa determinação de nos tornarmos ousados, nos tornamos atrevidos. Coragem e mansidão são qualidades compatíveis; ambas eram encontradas em perfeitas proporções em Cristo, e ambas brilharam esplendidamente na confrontação com os seus adversários. Pedro, diante do Sinédrio, e Paulo, diante do rei Ágripa, demonstraram ambas essas qualidades, ainda que noutra ocasião, quando a ousadia de Paulo temporariamente perdeu o seu amor e se tornou carnal, ele houvesse dito ao sumo sacerdote: “Deus há de ferir-te, parede branqueada”. No entanto, deve-se dar um crédito ao apóstolo, quando, ao perceber o que havia feito, desculpou-se imediatamente (At 23.1-5).

2) Quando, em nosso desejo de sermos francos, tornamo-nos rudes. Candura sem aspereza sempre se encontrou no homem Cristo Jesus. O crente que se vangloria de sempre chamar de ferro o que é de ferro, acabará chamando tudo pelo nome de ferro. Até o fogoso Pedro aprendeu que o amor não deixa escapar da boca tudo quanto sabe (1 Pe 4.8).

3) Quando, em nossos esforços para sermos vigilantes, ficamos a suspeitar de todos. Posto que há muitos adversários, somos tentados a ver inimigos onde nenhum deles existe. Por causa do conflito com o erro, tendemos a desenvolver um espírito de hostilidade para com todos quantos discordam de nós em qualquer coisa. Satanás pouco se importa se seguimos uma doutrina falsa ou se meramente nos tornamos amargos. Pois em ambos os casos ele sai vencedor.

4) Quando tentamos ser sérios e nos tornamos sombrios. Os santos sempre foram pessoas sérias, mas a melancolia é um defeito de caráter e jamais deveria ser mesclada com a piedade. A melancolia religiosa pode indicar a presença de incredulidade ou pecado, e, se deixarmos que tal melancolia prossiga por muito tempo, pode conduzir a graves perturbações mentais. A alegria é a grande terapia da mente. “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fp 4.4).

5) Quando tencionamos ser conscienciosos e nos tornamos escrupulosos em demasia. Se o diabo não puder destruir a consciência, seus esforços se concentrarão na tentativa de enfermá-la. Conheço crentes que vivem em um estado de angústia permanente, temendo que venham a desagradar a Deus. Seu mundo de atos permitidos se torna mais e mais estreito, até que finalmente temem atirar-se nas atividades comuns da vida. E ainda acreditam que essa auto-tortura é uma prova de piedade.

Enquanto os filósofos religiosos buscam corrigir essa assimetria (que é comum à toda raça humana), pregando o “meio-termo áureo”, o cristianismo oferece um remédio muito mais eficaz. O cristianismo, estando de pleno acordo com todos os fatos da existência, leva em consideração este desequilíbrio moral da vida humana, e o medicamento que oferece não é uma nova filosofia, e sim uma nova vida. O ideal aspirado pelo crente não consiste em andar pelo caminho perfeito, mas em ser conformado à imagem de Cristo.



Fonte: 
Editora Fiel

terça-feira, 15 de abril de 2014

O perigo da vaidade no Ministério


INTRODUÇÃO

O ministério eclesiástico, constituído de muitas funções a serem desempenhadas em favor da Igreja do Senhor, envolve de tal forma aqueles que a ele se dedicam, que exige tempo, esforço, preparo, unção e cuidado. Se o obreiro não souber administrar seu comportamento, com graça e vigilância, poderá ser vítima da vaidade ministerial, que tem levado muitos ao desprestígio e queda, diante de Deus, da igreja e dos homens. Solenemente proclama a Bíblia: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda" (Pv 16:18). Dessa forma, é imprescindível estar atento ao que se passa em torno do ministério. O perigo pode não estar longe, mas bem perto, dentro de cada um obreiro do Senhor. Além do sexo, dinheiro e poder, que são os três elementos mais comuns, usados pelo diabo para derrubar líderes, há outros, derivados desses, que minam as bases do ministério de muitos obreiros, levando-os a serem vaidosos no ministério. Vaidade vem de vanitate (lat.), com o significado de "vão, ilusório, instável ou pouco duradouro; desejo imoderado de atrair admiração ou homenagens". Esse último significado, a propósito sublinhado, tem muito a ver com a vaidade no ministério.

O perigo da vaidade em relação ao sexo

Não é à toa que o sábio, escritor do livro de Provérbios, exortando o filho de Deus, ensina que é necessário ter sabedoria, bom siso e temor do Senhor, para se livrar da mulher adúltera, "que lisonjeia com suas palavras, a qual deixa o guia da sua mocidade e se esquece do concerto do seu Deus; porque a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas, para os mortos; todos os que se dirigem a elas não voltarão e não atinarão com as veredas da vida" (Pv 5.16-19).
Muitas vezes, por falta de vigilância oração, o obreiro acerca-se de mulheres, em seu trabalho, sem atentar para seu comportamento, não percebendo que armadilhas do diabo estão sendo colocadas diante de si. Não raro, é o pastor que tem como secretária uma jovem solteira, ou uma jovem senhora, carente de afeto, que se insinua e se oferece para satisfazer a carência afetiva do obreiro, muitas vezes afastado da esposa, por causa do "ativismo frenético", que não lhe deixa tempo para a família. E o homem de Deus, esquecendo-se das bênçãos que lhe são reservadas, troca a dignidade ministerial por um relacionamento ilícito e pecaminoso, para sua própria destruição. Um ponto crítico, alvo de tentação, é o aconselhamento, em sua maioria a mulheres da igreja.
Conheço casos de obreiros que perderam a reputação, o cargo e o ministério porque se deixaram envolver emocionalmente com pessoas aconselhadas, e caíram na armadilha do sexo. Diante de uma bela mulher, há obreiros que ficam vaidosos, sentindo-se como se fossem galãs conquistadores. Na verdade, estão sendo conquistados pelo diabo. É o velho comportamento de Esaú, trocando as bênçãos do ministério pelo prato de lentilhas do prazer imediato.
Não há outro caminho para escapar da queda, a não ser o temor de Deus, a vigilância, a oração (Mt 26.41) e o desenvolvimento de um relacionamento amoroso com a esposa, que envolva carinho, companheirismo e verdadeira afeição. A Bíblia diz: "Tem cuidado de ti mesmo..." (1 Tm 4.16).

A vaidade em relação do dinheiro

O dinheiro, em si, não é mau. A Bíblia não diz em nenhuma parte que o dinheiro é perigoso. Ela nos adverte quanto ao "amor do dinheiro", que é a "raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" (1 Tm 6.10). Uma boa "prebenda" pode levar muitos à vaidade.
A Palavra de Deus é infalível. Aqueles que, na direção de igrejas, principalmente de grande porte, cuja renda mensal é considerada alta, não têm cuidado de vigiar no trato com recursos financeiros, acabam afundando na cobiça, esquecendo-se da missão, e tornando-se verdadeiros cambistas, negociantes e mercantilistas do tesouro da casa do Senhor. E isso é vaidade, futilidade. A vaidade e o poder que detêm os torna como se fossem donos do tesouro da igreja, e passam a gastar como bem querem e entendem, sem dar satisfação sequer à Diretoria, e muito menos à igreja, que se sente desconfiada, por nunca ouvir um relatório financeiro da tesouraria.
É lamentável, mas há obreiros que compram bens pessoais, ás custas do dinheiro dos dízimos e ofertas do Senhor. Certamente, a maldição os alcançará, pois estão sonegando os recursos destinado à Obra do Senhor. Essa vaidade é prejudicial ao bom nome da igreja. A Bíblia conta o que ocorreu com Gideão. Numa fase de sua vida, deixou-se levar pela direção de Deus, e foi grandemente abençoado, sendo protagonista de espetacular vitória contra os midianitas, à frente de apenas 300 homens (Jz 7).
Contudo, após a grande vitória, cobiçou o ouro de seus liderados, solicitando que cada um deles lhe desse "os pendentes de ouro do despojo", no que foi atendido pelos que o admiravam (Jz 8.24). Tentado pela cobiça do metal precioso, Gideão deixou que subisse para a cabeça o desejo de ter sua própria "igreja", levantando um lugar de adoração, com o ouro que lhe foi presenteado, mandando confeccionar um éfode, " e todo o Israel se prostituiu ali após dele: foi por tropeço a Gideão e à sua casa...e sucedeu que , quando Gideão faleceu, os filhos de Israel e se tornaram, e se prostituíram após dos baalins: e puseram Baal-Berite por seu deus" (Jz 8.27,32).
Tem razão a Palavra de Deus, quando adverte que "o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males...".

A vaidade do poder do cargo

Há obreiros que, enquanto dirigentes de pequenas igrejas, são humildes, despretensiosos e dedicados à missão que lhe foi confiada. Contudo, ao verem a obra crescer, fazendo-os líderes de grandes igrejas, esquecem de que "nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento" (1 Co 3:7), e passam a se comportar como verdadeiros imperadores ou ditadores eclesiásticos.
O cargo de pastor, do bispo ou do presbítero é de grande valor para a igreja. A Bíblia diz Deus deu pastores à igreja, ao lado de evangelistas e mestres, "querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo" (Ef 4.12). Aí está o objetivo do cargo ou da função pastoral.
Quando o ministro perde essa visão, acaba pensando que o cargo é fonte de poder pessoal, humano e carnal, e passa a usar a posição para a satisfação de interesses pessoais ou de grupos que se formam ao seu redor, e deixa-se dominar pela vaidade ministerial. Uzias, que reinou em lugar de seu pai, Amazias, aos dezesseis anos de idade, teve um grande ministério, aconselhando-se com Zacarias. A Bíblia diz que ele, "nos dias em que buscou o Senhor, Deus o fez prosperar" (2 Cr 26.3,5). Acrescenta, ainda a Palavra, que Uzias foi "maravilhosamente ajudado até que se tornou forte. Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração até se corromper; e transgrediu contra o Senhor seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso" (2 Cr 26.15,16).
Esse episódio demonstra que a ilusão ou a vaidade do poder, oriundo da posição que o líder ocupa é fonte de comportamentos os mais estranhos e imprevisíveis. O diabo se aproveita das fraquezas da personalidade de certas pessoas, e incita-as a julgar-se grandes demais, a ponto de extrapolarem suas ações, agindo de modo ilegítimo, e contra a vontade de Deus. Uzias foi grandemente abençoado, até que, sentindo-se forte, ou seja, cheio de poder, entendeu que podia imiscuir-se nas funções que eram privativas do sacerdote de sua época. Porque ele fez isso? Porque se deixou dominar pela vaidade do poder.
É muito importante que o obreiro, no ministério, tenha consciência de que o poder que lhe sustenta não é o poder pessoal, nem o poder do cargo. O homem de Deus só pode ser sustentado e permanecer firme, se reconhecer que o poder vem de Deus. Davi disse: "Uma coisa disse Deus, duas vezes a ouvi: que o poder pertence a Deus" (Sl 62:11). S. Paulo, doutrinando aos efésios sobre as armas que são colocadas à disposição do crente, ensinou: "No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder" (Ef 6.10).
O poder que emana do cargo ministerial é passageiro. Da mesma forma, o poder que advém do dinheiro, da posição, da fama ou de qualquer outra fonte, tem raízes nas forças do homem, e não tem durabilidade, pois debaixo do sol tudo é vaidade, conforme diz o sábio escritor do Eclesiastes (Ec 1.14). Dessa forma, é melhor não se deixar dominar pela vaidade do poder, pois, um dia, quando o detentor do cargo tem que deixa-lo, seja por jubilação ou por outra razão, poderá sofrer muito, sentindo falta do poder de que foi detentor. Contudo, quando o homem de Deus não se deixa seduzir pela vaidade do poder, e confia no poder de Deus, ele pode sair do cargo de cabeça erguida, sem sentir carência da posição.

A vaidade na pregação

Um obreiro, pastor ou líder, à frente do trabalho, precisa ter mensagens para transmitir ao rebanho. A verdadeira mensagem é aquela que vem de cima, que flui do Espírito de Deus para o espírito do mensageiro, e passa para a igreja, com unção e graça, de modo que todos são tocados pelo poder de Deus, transbordando em amor, temor e alegria espiritual.
Esse tipo de mensagem só pode existir, se o obreiro buscar a presença de Deus, em oração e jejum. Certo pregador dizia que muitos lhe indagavam sobre o segredo de ter tanta unção para transmitir mensagens para o povo, ao que ele respondeu - "O segredo é que muitos oram cinco minutos para pregar uma hora; eu oro uma hora para pregar cinco minutos".
Infelizmente, há os que, conscientes de que possuem o dom da palavra, ou o dom da oratória, ficam orgulhosos, e passam a se comportar como se fossem meros oradores de palanques, procurando impressionar a igreja. Há até os pregadores profissionais, que se utilizam das técnicas de comunicação, para atrair os ouvintes; são portadores de mensagens "enlatadas", as quais só precisam de um "esquente" da platéia para arrancarem glórias e aleluias.
O uso da oratória, fundamentada numa boa orientação da Homilética, não faz mal a nenhum pregador. É um meio adequado que, submisso à unção do Espírito Santo, pode trazer muitos resultados abençoados para o engrandecimento do Reino de Deus. Um esboço de mensagem bem elaborado, com oração e jejum, com base na pesquisa da Palavra de Deus, e transmitido com humildade e dependência do Senhor é um recurso que dá firmeza ao pregador na sua alocução, na transmissão do sermão.
Entretanto, o obreiro, em sua prédica, não deve pensar que tais recursos são a razão do sucesso da mensagem que transmite. S. Paulo, extraordinário pregador, não confiou em sua formação privilegiada, aos pés de Gamaliel. Escrevendo aos coríntios, disse: "A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder" (1 Co 2:4). Ele confiava na eloquência do poder, ao invés de se firmar no poder da eloquência. A vaidade na pregação faz com que certos evangelistas não se interessem por pregar para pequenas multidões. Seu ego só se satisfaz se lhe for assegurada a assistência de milhares de pessoas.

A vaidade no tratamento

Todo homem de Deus tem o dever de tratar bem às pessoas e o direito de ser bem tratado pelos que dele se aproxima,, pois não é uma pessoa qualquer, mas um servo de Deus, que está incumbido da missão mais importante da face da terra. A Bíblia diz: "a quem honra, honra" (Rm 13.7). Contudo, há aqueles que, dominados pelo sentimento vaidoso, extrapolam seus interesses, e passam a exigir um tratamento exagerado em torno de sua pessoa.
Conheci o caso de certo pregador, que, ao ser convidado para pregar num congresso, não se limitou a aceitar a passagem, a hospedagem e uma oferta da igreja. De antemão, exigiu que a passagem fosse enviada por determinada empresa aérea; que lhe fosse providenciada hospedagem num hotel de categoria internacional (cinco estrelas) para ele e sua esposa; e que também lhe fosse concedida um apartamento duplo para sua empregada e seus filhos, que deveriam acompanhá-lo. E foi atendido. Seu ego foi satisfeito, sua vaidade foi alimentada, às custas dos dízimos e ofertas de irmãos, em sua maioria pobres de recursos e de bens materiais.
Se não tivermos cuidado, vai haver pregador famoso, que poderá exigir até passagem para seu cão de estimação e tratamento "vip" para o animal. Vaidade e mercantilismos podem prejudicar muitos ministérios. Tenho visto que, no Brasil, há obreiros humildes, cheios da unção de Deus, mas, por serem jovens ou não serem famosos, são esquecidos, e nunca aproveitados em cruzadas e congressos.

A vaidade no ministério do louvor

Ao ministrar estudo num certo estado do Brasil, ouvi de irmãos que certo "cantor evangélico famoso" passara por ali, tendo exigido um cachê de quinze mil reais, com cinqüenta por cento adiantado, em depósito em sua conta; carro com ar condicionado, o melhor hotel da cidade 
E lamentavelmente, os irmãos se submeteram à vaidade exagerada daquele homem que, se aproveitando do que Deus fez em sua vida, passou a explorar certas igrejas, infelizmente dirigidas por pastores vaidosos , que só pensam em ver multidões, não importando o preço a pagar. Uma igreja denominacional, que desejava angariar recursos para a construção de um templo, resolveu convidar certo cantor, recém-convertido ao evangelho, esperando obter algum retorno para a obra.
O cantor, conhecido no mundo artístico brasileiro, exigiu, além de hotel de luxo, quase vinte mil reais, para cantar numa só noite, num grande estádio de futebol. Como resultado, as "entradas" não cobriram o "cachê" , a igreja teve prejuízo e amargou grande decepção. Sem dúvida, isso só acontece por causa da vaidade de tais pessoas, e da ingenuidade de certos pastores, que, desejando ver "a casa cheia", convidam celebridades para atrair o povo. A Bíblia nos mostra que o caminho para angariar recursos para a "manutenção" da casa do Senhor é a doutrina sobre a mordomia cristã, no que concerne aos dízimos e ofertas, conforme Malaquias 3.10.

Vaidade nas mordomias

No passado, quando o evangelho chegou à nossa terra, trazido por homens de Deus, que foram pioneiros no desbravamento da obra, as condições de trabalho eram duras e difíceis. Muitos deles andaram a pé, distâncias enormes, que os faziam fadigados e doentes; muitos percorreram os rincões do país, no lombo de cavalos, ou atravessando rios em canoas, sujeitos aos riscos de viagens sem segurança; muitos se hospedarem à margem dos igarapés, infestados de mosquitos e ameaçados por animais selvagens; tomaram água suja e chegaram a ser vitimados pela malária ou pela febre amarela. A eles, muito devemos, pelo seu desprendimento, coragem e fé.
Hoje, no entanto, em geral, vemos que Deus tem propiciado condições de trabalho muito melhores aos obreiros, por esse Brasil a fora. As igrejas maiores podem conceder aos pastores moradia condigna, transportes pessoais, seguro-saúde, salário compatível e muito mais. É verdade que em grande parte, há obreiros que passam necessidades, injustamente. Entretanto, há os que, aproveitando-se da bênção de Deus sobre as igrejas, abusam das mordomias.

Há casos em que o obreiro rejeita a casa pastoral, porque a esposa não gosta do estilo do prédio, e passam a exigir casa com tanto conforto e luxo, nas dependências, que consomem os recursos da igreja. É importante que o pastor more condignamente. Mas não é preciso exibir riqueza e luxo. Por outro lado, há obreiros que exigem salário tão elevado, além de combustível para o carro particular, pagamento de todas as despesas da casa, carro para levar os filhos na escola, empregada, arrumadeira, vigia, etc., que chamam a atenção dos murmuradores contra a obra do Senhor.






domingo, 6 de abril de 2014

AS DUAS TESTEMUNHAS NA GRANDE TRIBULAÇÃO


Depois dos acontecimentos exibidos pelo toque da 6ª trombeta, antes de se iniciar o toque da 7ª trombeta, Deus faz uma pausa na história dos acontecimentos para enviar a terra as duas testemunhas que irão pregar a Sua Palavra em Jerusalém.
Quando o Anticristo estará no seu apogeu de domínio e força e todo Israel apóstata curvado perante ele, seguido dos povos gentios habitantes de toda terra, então aparecerá em Jerusalém duas grandes testemunhas. Deus enviá-lo-as para anunciar o evangelho do Reino de Cristo e profetizar a respeito do futuro. Terão grande poder sobrenatural (Ap 11.1-14). Essas testemunhas do Senhor irão pregar num período de 1.260 dias (que são três anos e meio). Vestidos se saco: “Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco” (Ap 11.3).
O Evangelho do Reino começou a ser pregado por João Batista, que estava preparando o caminho do Senhor Jesus, e ainda será pregado na grande tribulação pelas duas testemunhas procurando converter o coração dos pais aos filhos (Ml 4.6). Este evangelho é o mesmo que João Batista pregava na primeira vinda de Cristo, há quase dois mil anos dizendo: “arrependei-vos porque é chegado o reino de Deus” (Mt 3.2), este não é o mesmo evangelho que pregamos nos dias de hoje, existem duas formas de pregar o evangelho:
1.   O Evangelho da graça (Mc 16.15): O Evangelho que é pregado hoje para a salvação.
2.   O Evangelho do Reino (Mt 24.14): As duas testemunhas irão pregar na grande tribulação.
Enquanto o falso profeta estará apresentado Anticristo ao mundo como o verdadeiro messias, as duas testemunhas irão pregar que o reino de Cristo está próximo e Ele virá com poder e grande glória para reinar por mil anos e isto irá acontecer no mundo todo, e assim aqueles que aceitarem esta palavra serão mortos pelo Anticristo por aceitarem o Reino de Cristo no milênio.
“Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer. Elas têm autoridade para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem” (Ap 11.5-6).
Como Moisés no Egito as duas testemunhas serão revestidos de poder e autoridade pelo Espírito Santo para pregar o evangelho e advertir a nação de Israel e também as demais nações contra o governo do Anticristo. São servos que receberão o dom de maravilha (1ª Co 12.9-10) para enfrentar o império anticristão.
Durante a Grande Tribulação, Israel e a Cidade Santa (Jerusalém), serão oprimidos pelos gentios e sofrerão grandemente num período de três anos e meio (42 meses), Israel será severamente atingida pelas mensagens, que mostra a rejeição que eles fizeram a Jesus de Nazaré, o verdadeiro Messias. Entretanto o livramento do povo judeu virá somente no final da Grande Tribulação, quando estiverem cercados pelos exércitos do Anticristo, nesse dia Israel clamará e o Senhor os ouvirá.
I.  QUEM SÃO AS DUAS TESTEMUNHAS? - Ap 11.3-14

Uma das perguntas polemica do apocalipse é: Quem são as “Duas Testemunhas”. Há neste texto Bíblico, muitas divergências teológicas, para saber com precisão quem serão as duas testemunhas.
Alguns pensam em dois profetas: Elias e Moisés com o poder que exerceram ninguém poderia tocá-los e porque apareceram na transfiguração com Jesus. Outros acham que seria Enoque por que foi arrebatado para Deus e precisa voltar para morrer. Entretanto não será Moisés, Elias, Enoque ou outro personagem bíblico. Muitos usam a referência de Malaquias 4.5, onde diz que Elias virá antes do grande dia do Senhor. A referência de Malaquias já se cumpriu na vida e João Batista o precursor do Messias. Ele veio para pregar o evangelho do reino.
Na transfiguração apareceram Moisés e Elias, todavia Moisés representa a lei, Elias os profetas e Jesus a graça. Não temos nem um parâmetro bíblico para afirmar que são eles.
Também não será Enoque porque em Hebreus 11.5 a Bíblia diz: “Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte”. Portanto se Enoque foi translado para não ver a morte então será ele.
Elias e Enoque foram arrebatados para céu. Dizer que eles voltariam porque não morreram estaríamos fazendo uma interpretação errônea. Primeiro: Carne e sangue não herdam o Reino de Deus. Segundo: Eles tipificam a Igreja de Cristo. Terceiro: foram transformados e arrebatados. Elias deixou cair sua capa (2ª 2.12-14), simbolizando que despiu-se dos seus andrajos humanos. O que vai acontecer com o arrebatamento ou a transladação da Igreja é a mesma coisa. Todos os crentes fiéis serão tomados pelo Espírito Santo e elevados aos céus. No momento de serem tomados (num abrir e fechar de olhos) serão transformados, isto é, deixaram os seus andrajos e serão capacitados de entrarem no céu, diante do Trono de Deus, sem mais a necessidade de morrer.
Será que Elias precisa morrer? Será que os vivos no arrebatamento da Igreja precisaram morrer primeiro. Não! Os mortos ressuscitarão primeiro e depois nós, os que estivermos vivos, seremos transformados num corpo glorificado e levados nas nuvens, junto com eles, para nos encontrarmos com o Senhor nos ares (1ª Ts 4.16-17).
II. QUEM SÃO AS DUAS OLIVEIRAS?

“São estas as duas Oliveiras (testemunhas), e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra” (Ap 11.4).
“Junto a este, duas Oliveiras...”. Quando estudamos a luz da hermenêutica podemos ter uma idéia de quem serão as duas testemunhas.
“Prossegui e lhe perguntei: que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do candelabro? Tornando a falar-lhe, perguntei: que são aqueles dois caminhos de oliveira que estão junto aos dois tubos de ouro, que vertem de si azeite dourado? Então, ele disse: São os dois ungidos que assistem junto ao Senhor de toda a terra” (Zc 4.3 e 11-14).
As duas Oliveiras falam da autoridade real e sacerdotal. Através destas formas ou meios, Deus manifestou Seus dons graciosos ao Seu povo. “Os dois ungidos” nesta visão representam a Josué e Zorobabel (conf. Zc 3.1; 4.9). Josué era o sumo sacerdote e Zorobabel o herdeiro do trono Judá (1º Cr 3.17-19). Zorobabel era no seu tempo representante da monarquia de Davi (Ag 2.20-23), e está na linhagem direta de Cristo (Mt 1.12). Foi nomeado por Ciro rei da Pérsia para ser o condutor do e governador do povo Judeu no regresso para Judá (Ed 1.8; cap. 11; 5.11-14).
Talvez alguns teólogos interpretam que serão Josué e Zorobabel, porém aqui as duas testemunhas serão duas autoridades (política e religiosa da nação israelita) na época em que o Anticristo estiver governando a terra. Eles são escolhidos por Deus para realizar a Sua obra na Grande Tribulação. Porém não será nenhum personagem bíblico. Nem Josué e Zorobabel. Eles apenas tipificam as duas testemunhas.
III. O QUE ACONTECERÁ COM AS DUAS TESTEMUNHAS?

Quando terminarem de realizar a obra a que foram designados por Deus, o Anticristo fará guerra e morrerão na praça da cidade, e depois de três dias e meio o Senhor ressuscitará e subirão ao céu numa nuvem diante dos olhos de todos (Ap 11.6-12) até que os dias da tribulação se completem.
Haverá um grande terremoto (Ap 11.13). Por causa da ressurreição das duas testemunhas, e do julgamento divino, o remanescente de Israel aceitará a mensagem das duas testemunhas e dará glória a Deus.
Cai a décima parte da cidade, e morrem 7 mil homens, e é passado o segundo ai (Ap 11.13-14).


Pr. Elias Ribas

sexta-feira, 4 de abril de 2014

'A NINGUÉM IMPONHAS PRECIPITADAMENTE AS MÃOS'

A falta de discernimento espiritual leva a esse tipo de situação.
A ordenação de ministros do Evangelho de forma precipitada é evidente em nossos dias.
Creio que devam existir mais rigor e critérios na seleção de pessoas candidatas ao Santo ministério.
Em muitos lugares, o que prevalece na escolha de ministros é a amizade, troca de favores ( dinheiro emprestado ), medo, ameaças indiretas, pressão do candidato sobre o pastor, quando fala :
- O ano que vem sou eu !
- Guarda essa cadeira pra mim ai no púlpito !
- Tem lugar pra mim ai no púlpito !
Creio que ministério seja vocação e pessoas movidas por vaidade e interesses ilegítimos que agem dessa forma é no mínimo estranho.
A causa do problema pode ser devido ao crescimento veloz da Igreja e muitos vem impondo as mãos precipitadamente sobre qualquer um.
O apóstolo Paulo deu graças a Deus porque não batizou e nem levou para o Santo ministério certos crentes quando disse : (1Co 1.14): “Dou graças a Deus porque não batizei a nenhum de vós, senão a Crispo e a Gaio”. A Igreja de Coríntios estava em confusão, porque admitiu e levou para o ministério pessoas não-convertidas
Que o Senhor Todo Poderoso dê discernimento espiritual ! A ninguém imponhas precipitadamente as mãos.
(...)
Antes de impormos as mãos em novos obreiros, ministros ou missionários devemos levar em consideração o tempo certo, e fazê-lo com grande cuidado. A imposição de mãos é o ultimo e mais público dos estágios do processo de tomada de decisão diante do Senhor. Obviamente não queremos escolher a pessoa errada, que poderá trazer facilmente a ruína e a divisão para a igreja. I Timóteo 5:22; II Co 6.17-18; Jd 21-23.
Não estamos falando sobre um ritual ou uma cerimônia que acontece na igreja. Isto seria apenas a imposição de mãos vazias sobre cabeças vazias. Não teria nenhum valor e careceria da aprovação de Deus. Quando os líderes ou crentes impõe as mãos sobre um homem ou mulher é porque eles desejam que Deus flua Seu Espírito e Sua graça através daquelas mãos em um tempo de ministração guiado pelo Espírito Santo.
Impor precipitadamente as mãos sobre alguém traz dificuldades sobre o oficiante (ou Oficial, Ministro)! Por quê? Porque impor as mãos inclui também o reconhecimento da autoridade que o oficializado está recebendo. Consequentemente, o oficiante pode tornar-se co-participante dos pecados do oficializado, como? Se não houve tempo suficiente para o candidato ser analisado, o oficializante é culpado de (1) equívoco, (2) falta de discernimento espiritual, (3) concordar com os atos, ou sendo relapso na análise.
Podendo perder o respeito quanto a sua qualificação como Oficial (Ministro) da Palavra de Deus. Não vale o risco – A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro. – (1Tm 5.22) Quando Paulo recebeu a notícia que os discípulos estavam formando facções, o apóstolo Paulo agradeceu a Deus por não ter batizados os coríntios. Qual seria a reação de Paulo se ele tivesse imposto as mãos sobre eles? Paulo certamente lamentaria muito. – Dou graças a Deus que a nenhum de vós batizei, senão a Crispo e a Gaio; – (1Co 1.14) O ato de impor as mãos tem maior relevância do que o ato de batizar alguém. Se Paulo se preocupava com a seriedade do batismo, a ponto de lamentar, se tivesse batizado um rebelde, qual seria o lamento de Paulo se fosse uma ordenação ministerial?
Outro aspecto importante da imposição de mãos, é a ordenação de ministros para a obra de Deus. Este é talvez o sentido mais comprometedor, pois através da imposição de mãos pessoas recebem autoridade e se não estiverem prontas para isso, causarão prejuízos ao Reino de Deus.

Sérg10 Gomes