quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Bíblia Católica e Bíblia Evangélica: Qual a diferença?



Bíblia Católica e Bíblia Evangélica: Qual a diferença?

Creio que muitas pessoas têm dúvidas relativas a possíveis diferenças entre a Bíblia Católica e a Bíblia Evangélica. Seriam essas diferenças que levam evangélicos a discordar dos católicos e vice-versa?
Como ex-católico, conheço as duas versões da Bíblia e creio que as duas diferenças existentes entre elas são: Número de livros e tradução.

Numero de livros.

Bíblia evangélica tem 66 livros, enquanto que a Bíblia católica tem sete livros a mais. Estes livros são: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico.
Estes livros foram considerados pelos judeus da palestina como não sendo inspirados pelo Espírito Santo e por isto os evangélicos os rejeitam como parte da Bíblia. Colabora ainda o fato destes livros não terem sido citados por nenhum autor do Novo Testamento.

Tradução

Primeiro, é preciso entender que a Bíblia foi originalmente escrita em hebraico e aramaico (antigo testamento) e grego (novo testamento). Posteriormente o AT foi traduzido para o grego. As Bíblias escritas em outros idiomas como inglês, espanhol, francês, alemão, português, etc, são versões do grego original. Desta forma, cada tradutor usou expressões diferentes em seu próprio idioma para representar aquilo que estava escrito em grego.
As diferentes versões da Bíblia, normalmente não alteram o sentido original, por isto, tanto a tradução católica como a evangélica tem o mesmo princípio. Evidentemente que alguns termos podem ter sido adaptados a uma comunidade em detrimento de outra.

Tradução da Bíblia para o português

Bíblia evangélica usada no Brasil foi traduzida para o português por João Ferreira de Almeida, um português católico que se converteu ao protestantismo em 1642 e logo em seguida iniciou o trabalho de tradução. A versão de Almeida foi a primeira em língua portuguesa.
Bíblia católica possui diversas traduções. Não sei precisar se há alguma versão preferida. Soube recentemente que a versão “Nova Tradução em Linguagem de Hoje” (versão evangélica) da Sociedade Bíblica do Brasil foi adotada por uma importante editora católica.

Conclusão

As diferenças entre a Bíblia católica e a Bíblia evangélica não torna uma verdadeira e outra falsa. Ela é única em sua essência e tem o mesmo propósito que é apresentar a salvação em Jesus Cristo.
Católicos e evangélicos submetem à mesma palavra. O critério de salvação para um evangélico é o mesmo para um católico. Se os evangélicos insistem que é necessário entregar a vida a Jesus e obedecer à palavra de Deus, a Bíblia católica não desmente isto, pelo contrário, ela confirma isto.
Portanto, a diferença entre evangélicos e católicos não é pelo que está na Bíblia e sim pelo que não está. Enquanto que os evangélicos têm sua fé fundamentada exclusivamente nas sagradas escrituras, os católicos baseiam-se também na tradição e nos dogmas da igreja, como: a  assunção de Maria, a infalibilidade do papa, o purgatório, o culto aos mortos, culto aos santos, entre outros. Estes ensinamentos não são bíblicos e, portanto são alguns dos pilares que distanciam evangélicos de católicos.
Fiquemos com a Bíblia, pois ela é a palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo e fonte de toda a informação que o homem precisa para conhecer a Deus.


fonte: http://www.evangelizacao.blog.br

sábado, 24 de outubro de 2015

O que significa blasfêmia contra o Espirito Santo? O pecado imperdoável?




Não são poucas as pessoas que já se perguntaram – com medo – se não teriam blasfemado contra o Espírito Santo em algum momento. Recebo aqui no blog quase toda semana perguntas de pessoas desesperadas, achando que pecaram contra o Espírito e não serão perdoadas e salvas por Deus, tendo assim como destino final o inferno. Consigo entender seu desespero, pois a Bíblia diz que esse pecado é imperdoável. “Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada.” (Mateus 12.31).

Para compreender bem essa difícil passagem precisamos entender seu contexto. Tudo ocorreu quando Jesus fez a cura de um endemoninhado cego e mudo: “Então, lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver.” (Mateus 12.22). Essa cura provocou admiração na multidão, que buscava encontrar respostas ao que presenciaram (Mt 12.23) e uma reação negativa por parte dos fariseus, que acusaram Jesus de estar a serviço do Diabo (Mt 12. 24). Jesus é duro com eles e, nesse contexto, declara que a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada nem nesse mundo nem no porvir (Mt 12.32).

Mas como entender o que é essa blasfêmia mencionada por Jesus? Tem-se entendido que essa expressão está ligada a um “pecado eterno” e não a um “juízo eterno”. Isso significa que a pessoa que blasfema contra o Espírito Santo não é aquela que de alguma forma fez algo contra Deus, mas tem seu coração arrependido, mas é aquela que, por causa de seu coração duro – à semelhança dos fariseus – não se arrepende de sua atitude contumaz contra o Espírito de Deus. Nesse sentido elas permanecem em um estado de incredulidade tal que não se arrependem e, por isso, não são perdoadas. Assim, não é um único pecado que traz a elas o juízo de condenação de Deus, mas o fato de manterem-se nesse estado de “pecado eterno” sem arrependimento.

Algumas pessoas têm dificuldades de entender isso na prática. Será que eu já blasfemei contra o Espírito Santo e não sou salvo? Será que estou debaixo desse pecado imperdoável por tudo que fiz no passado? Será que já cometi esse ato e não terei mais oportunidade de ser agradável aos olhos de Deus, de gozar a salvação e o céu?
De forma prática, muito mais fácil do que entender com exatidão o que Jesus quis dizer nessa passagem, é entender que se alguém tem sinais de arrependimento de seus pecados em seu coração, crê em Jesus Cristo como o Salvador, crê no poder de Deus, etc., essa pessoa não pode ter cometido o pecado imperdoável. Sinais de arrependimento, pra mim, são sinais claros de que a pessoa não cometeu esse pecado.


D. L. Moody diz que “A essência do “pecado eterno” é a atitude do coração que sustenta o ato.”. Isso quer dizer que o coração daquele que está embrenhado nesse pecado, sempre sustentará esse pecado com uma atitude de incredulidade para com Deus, sem nenhum arrependimento dele. Ou seja, quando alguém tem uma atitude de credulidade evidente, não pode estar debaixo desse pecado. Assim, não há motivo para desesperar-se achando que você pecou contra o Espírito Santo e não será mais perdoado. O próprio desespero em não ser perdoado é uma mostra do quão grande desejo se tem de ser perdoado por Deus e ter a paz do Espírito. Aquele que permanece no pecado imperdoável nunca sentirá isso em seu coração impenitente e duro, nunca se preocupará se cometeu ou não esse pecado.