domingo, 26 de julho de 2015

Suicídio e Salvação




Infelizmente, as pessoas têm difundido alguns mitos sobre o suicídio que carecem de base bíblica e que têm trazido tortura a diversas famílias. Muitos afirmam que “o suicida está perdido”. Porém, não podem basear afirmação tão infeliz nas Escrituras. Sansão se encontra na “Galeria dos Heróis da Fé” (Hb 11:32), mesmo tendo tirado a própria vida quando matou aos filisteus:

E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida” (Jz 16:30).

Isso demonstra que nem todos os casos de suicídio levarão a pessoa à perdição eterna. Imagine alguém que amou a Jesus durante toda a vida e teve um desequilíbrio químico-cerebral, que o (a) levou ao suicídio por causa de uma depressão grave, ou até mesmo devido a um efeito colateral da medicação (que, na boa intenção do médico, estava sendo ministrada para ajudar a pessoa deprimida!)

Agora imagine Deus, o amoroso (1Jo 4:8, 16) e “justo juiz” (Gn 18:25), desconsiderando toda uma vida de amizade com esse filho (ou filha) que adoeceu, e decidindo condená-lo (a) à perdição eterna por causa do suicídio. Isso negaria Seu amor eterno (Jr 31:3); Sua graça, que é maior que o homicídio (Rm 5:20) e o ensino bíblico de que o juízo é pelas obras, no plural (Mt 16:27; Ap 22:12), e não por obra, no singular. Nos dois textos supracitados, a Bíblia ensina que Deus não julga o ser humano por atos isolados, mas sim que Ele considera a vida como um todo.

Com segurança podemos afirmar que, se Deus perdoou a Davi por seus muitos (1Cr 22:8; 28:3) e  mesmo assim o perdoou, considerando-o um homem “segundo seu coração” (At 13:22); se fez questão de colocar a Sansão entre os “Heróis da Fé”, Ele pode perdoar ao suicida que amou a Jesus e que adoeceu por circunstâncias de um mundo de pecado. Nenhum de nós está livre disso…

Porém, a presente resposta não tem o objetivo de considerar aqueles casos em que a pessoa tira a própria vida pela falta de fé em Deus diante de um problema aparentemente sem solução. Esse é um caso completamente diferente, e não me atrevo nem mesmo a conjecturar a respeito (cf. Dt 29:29).
Além disso, como podemos ter a certeza de que alguém realmente tirou a própria vida porque lhe faltou a confiança em Deus no momento de desespero? Não sejamos “juízes” (Mt 7:1, 2). Somos muito falhos, limitados (e falsos) para exercermos tal função. Somente Deus, que sabe todas as coisas (Is 46:10), tem condições de avaliar plenamente o que se passa na mente de um suicida porque “o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração” (1Sm 16:7).
Sejamos misericordiosos e bondosos em nossas palavras. Levemos esperança às famílias que perderam parentes por causa do suicídio, e jamais deixemos pairar qualquer sombra de dúvidas na mente daqueles que ficaram, fazendo-os pensar que “nunca mais verão” aqueles que tanto amam:

Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam, para que as coisas que vocês dizem façam bem aos que ouvem.” (Ef 4:29, Nova Tradução Na Linguagem de Hoje)

A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” (Cl 4:6).


Postado por Leandro Quadros


sexta-feira, 24 de julho de 2015

Como viver na dimensão da eternidade


O apóstolo Paulo em sua Segunda Carta aos Coríntios, capítulo quatro, versículos dezesseis a dezoito nos ensina a viver na dimensão da eternidade. Nossos pés estão na terra, mas nosso coração está no céu. Vivemos neste mundo como peregrinos, mas estamos a caminho da nossa Pátria permanente. Três verdades saltam aos nossos olhos no texto em apreço. Essas verdades nos direcionam nessa caminhada rumo à glória.


1. Temos um corpo fraco, mas um espírito renovado.“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia” (2Co 4.16). Nossa fraqueza física é notória e indisfarçável. O tempo esculpe em nossa face rugas profundas. Nossas pernas ficam bambas, nossos joelhos trôpegos e nossas mãos descaídas. Cada fio de cabelo branco que surge em nossa cabeça é a morte nos chamando para um duelo. Nosso homem exterior, ou seja, nosso corpo enfraquece-se progressivamente. Mas, ao mesmo tempo, nosso homem interior, ou seja, nosso espírito renova-se de dia em dia, sendo transformado de glória em glória na imagem de Cristo. Ao mesmo tempo em que o nosso corpo se enfraquece, nosso espírito se fortalece. Na mesma proporção que o exterior se corrompe, o interior se renova. Temos um corpo fraco, mas um espírito forte.


2. Temos um presente doloroso, mas um futuro glorioso. “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2Co 4.17). Aqui pisamos estradas juncadas de espinhos, cruzamos vales escuros e atravessamos desertos tórridos. Aqui nossos olhos ficam empapuçados de lágrimas e nosso corpo geme sob o látego da dor. Aqui enfrentamos ondas encapeladas, rios caudalosos e precisamos atravessar fornalhas ardentes. Aqui sofremos, choramos e sangramos. Porém, em comparação com a glória por vir a ser revelada em nós, nossas tribulações são leves e passageiras. O presente é doloroso, mas o futuro é glorioso. Nosso destino final não é um corpo caquético, mas um corpo de glória. Nossa jornada não termina num túmulo gélido, mas na Jerusalém celeste. Nosso fim não é a morte, mas a vida eterna. O nosso futuro de glória deve encorajar-nos a enfrentar com alegria a nossa presente tribulação. O que seremos deve nos encher de esperança para arrostar as limitações de quem somos. Vivemos na dimensão da eternidade!


3. Temos as coisas visíveis que são temporais, mas as coisas invisíveis que são eternas. “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2Co 4.18). O visível e tangível que enche nossos olhos e tenta seduzir nosso coração é aquilo que não vai permanecer. Tem prazo de validade e não vai durar para sempre. Mas, as coisas que não vemos são as que têm valor e vão permanecer para sempre. Investir apenas naquilo que é terreno e temporal é fazer um investimento insensato, pois é investir naquilo que não permanece. Investir, porém, nas coisas invisíveis e espirituais, é investir para a eternidade. Jesus diz que devemos ajuntar tesouros lá no céu, pois o céu é nossa origem e nosso destino. O céu é nosso lar e nossa pátria. Nosso Senhor está no céu. Muitos dos nossos irmãos já foram para o céu e nós, que fomos remidos e lavados no sangue de Jesus estamos a caminho do céu. Lá está o nosso tesouro. Lá está a nossa herança. É lá que devemos investir o melhor do nosso tempo e dos nossos recursos. Atentar apenas nas coisas que se veem e que são temporais é viver sem esperança no mundo; mas buscar as coisas que os olhos não veem nem as mãos apalpam é viver na dimensão da eternidade, com os pés na terra, mas com o coração no céu!


Postado por Hernandes Dias Lopes




quinta-feira, 2 de julho de 2015

DOIS CAMINHOS




[Apesar de este sonho visar a situação de uma certa persona, e seja uma resposta à oração, será de benefício para outros também. Todos nós temos de escolher entre este mundo e o Senhor, mesmo se tal envolva a família.]

No meu sonho, tenho vários filhos. Vejo uma balança: no lado esquerdo estão meus filhos, no lado direito está uma tabuinha de escrever (com mola). Muitos anjos estão ao redor dos meus filhos; alguns com as mãos sobre os seus ombros. Muitos anjos estão junto à tabuinha de escrever; só que estes anjos são diferentes: alguns téem livros, alguns téem asas flamejantes, e outros espadas e escudos.

Olho para os meus filhos, os quais amo mais do que todas as coisas, e depois para a tabuinha: esta é transparente, como vidro claro, sem nada escrito nela. Eu sei que devo escolher entre meus filhos e a tabuinha. Amo e desejo meus filhos, mas percebo que tenho de ter fé e escolher a tabuinha, sabendo que os meus filhos estarão em segurança.

No cimo da estructura da balança, reparo numa pequena insígnia com uma inscrição gravada em oiro, que diz: Deuteronómio 30:19.

[“Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a benção e a maldição: escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente.”]

Eu tomo a tabuinha de escrever. Desde que a escolhi, vejo escrever, em letras maiúsculas douradas, centradas no cimo,as palavras: PARA O MEU POVO. Para a esquerda, aparecem letras prateadas mais pequenas, numa única linha, que dizem: Josué 24:15.

[“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram os vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais: porém, eu e a minha casa serviremos ao Senhor.”]

Viro a tabuinha ao contrário, e noto que diz o mesmo nos dois lados, apesar de esta ser transparente.

Olho para meus filhos, que ainda estão na balança, digo que os amo, mas que já escolhi. Segurando a tabuinha junto ao meu coração, viro-me, e me vou, sabendo que tomei a decisão certa, e que sobre os meus filhos está sendo vigilado.

Deixo a sala, e começo a caminhar. Acho-me na encosta de um monte muito íngreme, e num caminho muito estreito eapertado, com muitas pedras; é difícil caminhar, e eu luto por conseguir um firme apoio para os pés. Abaixo os meus olhos para a tabuinha: esta diz: SINAIS DOS TEMPOS, 22 de Junho, 1904.

Signs of the Times, June 22, 1904 / Sinais dos Tempos, 22 de Junho, 1904
“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho, que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho, que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” (Mateus 7:13,14)

Os dois caminhos mencionados conduzem em duas direcções opostas: um é apertado e rugoso, o outro mais largo e mais liso, e finda em perdição. Os que caminham nestes dois caminhos são opostos no carácter, no vestir, e na conversação. Os do caminho apertado são sérios e graves, porém alegres. O Varão de dores abriu-lhes o caminho, e ele próprio caminhou por ele; eles vêem as suas pisadas, e ficam confortados. Caminhando, eles falam do gozo e alegria que lhes aguarda no final da sua jornada. Os do caminho espaçoso estão ocupados com pensamentos de prazeres mundanos; eles livremente se entregam à hilaridade e folguedo, não perdendo pensamentos com o fim da sua jornada.

No caminho da morte todos poderão ir, com a sua mundanidade, seu egoísmo, seu orgulho, desonestidade, e aviltamento moral. Há lugar para todas as opiniões e doctrinas humanas, espaço para seguir as suas inclinações, para fazer tudo o que o seu amor-próprio dicte. A fim de entrar no caminho que conduz à perdição, não é necessário procurar o caminho; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho, e os pés dirigem-se naturalmente para o caminho que finda em morte.

Mas o caminho da vida é apertado, e a entrada estreita. Se tu te apegares a qualquer pecado obsidiante, acharás a porta demasiado estreita para entrares. Os teus próprios caminhos, os teus maus hábitos e prácticas anticristãs, devem ser abandonados, se quiseres guardar o caminho do Senhor. Aquele que quiser seguir a Cristo não pode seguir as opiniões do mundo ou conformar-se com a norma do mundo. O caminho do céu é demasiado apertado para posiçõese riquezas serem ostentadas com grande pompa, demasiado apertado para o plano de ambição egocêntrica, demasiado aclive e escabroso para amantes de subidas fáceis. Lida, paciência, auto-sacrifício, exprobração, pobreza, a contradicção dos pecadores contra si mesmo, foi a porção de Cristo, e deverá ser a nossa porção, caso queiramos, jamais, entrar no paraíso de Deus.

Ora não concluais, por isso, que o caminho ascendente é o difícil, e o caminho descendente o fácil. Por todo o caminho que conduz à morte, há sofrimentos e penas, há dores e desapontamentos, há avisos para não ir avante. O amor de Deus tem tornado difícil aos descuidados e contumazes o destruir-se a si mesmos. É verdade que o caminho de Satanás é feito para parecer atractivo, mas é tudo engano: no caminho do mal há amargo remorso e cuidado gangrenoso. Poderemos crer que seja prazível ir após o orgulho e ambição mundana, mas o fim é dor e sofrimento. Planos egoístas poderão apresentar promessas lisonjeiras, e extender a esperança de prazer; mas acharemos que a nossa felicidade está envenenada, e a nossa vida amargada por esperanças que se centram no eu. No caminho descendente, a porta poderá estar esplêndida de flores, mas espinhos há no caminho. A luz da esperança que brilha da sua entrada desvanece-se em escuridão de desespero; e a alma que seguir neste caminho descerá às sombras da noite infindável.

O caminho para o céu é apertado, mas ninguém precisa de errar em achá-lo: fora plenamente demarcado pela mão do Pai. Nem um trémulo pecador necessita de errar em caminhar na pura e santa luz. Ainda que a vereda ascendente seja por vezes difícil e freqüentemente fatigante; ainda que o cristão tenha de suportar lida e conflicto; avance ele com regozijo, confiando, como uma criancinha, na amorosa direcção daquele “que guarda os pés dos seus santos”; sabendo que a vereda em que está andando o levará, por fim, às mansões que Cristo foi preparar para aqueles que o amam. “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito.” (Prov. 4:18)



De Ernie Knoll
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