quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O que a Bíblia Tem a Nos Dizer Sobre a Crise Econômica Brasileira?





Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação”- 1 Timóteo 6.17 (NVI)

 Nestes últimos meses, toda vez que vou ao mercado, eu “trago um embrulhinho na mão e deixo um saco de dinheiro”. Pois é, meus amigos, o negócio foi além das piores e mais pessimistas previsões. Estamos numa crise econômica e não há como negar que 2015 naquilo que eles estão falando ser um ano de “ajustes”, na verdade, é o ano do pagamento de uma fatura dos gastos irresponsáveis de governantes que olharam somente para o seu umbigo.

Os juros estão cada vez mais altos; os impostos aumentam e os benefícios diminuem. O resultado disto tudo? Famílias endividadas que vão à busca de crédito. Muitos com os seus orçamentos apertados não conseguem arcar com os custos e acabam entrando no “ciclo suicida” que os bancos usam para escravizar os seus tomadores; juros sobre juros; amortizar a dívida que é bom, nada!

Posto isso, então, onde iremos buscar socorro? Vou fazer outra pergunta? Onde você tem colocado a sua esperança? Vou além! Não somente na escassez, mas na FARTURA, onde você tem colocado a sua confiança? Paulo nos exorta severamente a não colocarmos nossa esperança na “incerteza das riquezas” (1 Tm 6.17).

É bem provável que a igreja de Éfeso, na qual Timóteo era pastor, detinha na maioria do seu pessoal, irmãos ricos. Então, Paulo, sabendo de como os ricos são tentados a colocarem a sua esperança nas riquezas, escreve a Timóteo exortando a igreja a colocar a esperança unicamente em Deus que nos sustenta em tudo.

Jesus nunca nos advertiu acerca dos perigos da “pobreza”, mas Ele sempre falou a respeito dos perigos da riqueza. O dinheiro não é neutro. O Senhor disse que o dinheiro é um “deus” (Mt 6.24). Como se diz na gíria do mercado financeiro, “o dinheiro não leva desaforo”, pois “as riquezas desaparecem assim que você as contempla; elas criam asas e voam como águias pelo céu” (Pr 23.5). Citando outra vez Paulo Romeiro, “o dinheiro é um ótimo servo, mas ele nunca será um bom patrão”. Onde você tem colocado a sua esperança?

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O Eike Batista colocou a esperança dele no dinheiro. Será que ele não se arrependeu por isso? Ele não estava satisfeito com o que tinha, e querendo ganhar um pouco mais, perdeu quase tudo. É o que está escrito: “Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos” (Ec 5.10 NVI). O medo de perder nos impulsiona a buscar por mais; o resultado disto é inquietação, ansiedade e perturbação para si e para com os de sua volta, como está escrito: “Sim, cada um vai e volta como a sombra. Em vão se agita, amontoando riqueza sem saber quem ficará com ela” (Sl 39.6 NVI).

Nossos medos e incertezas em tempos de crise provêm da capacidade que achamos ter, fruto da comparação que fazemos com aquele que está, ou acima, ou abaixo do nosso padrão. Confiamos em nosso talento, entretanto, chega uma hora que as nossas forças se esvai. Como nos achamos “autossuficientes” e com a constatação que de fato não somos aquilo que pensávamos ser, logo, então, o medo do fracasso bate em nossa parte; você vira um refém da situação.

Devemos colocar nossa esperança unicamente em Deus. Vamos buscar recursos para nos aperfeiçoar; precisamos nos esforçar para fazer o melhor; todavia, nossa confiança deve estar em Deus que nos supre. Jesus manda que vivamos o dia sem se preocupar o que nos acontecerá amanhã (Mt 6.34). Mas ansiosos que somos, com o medo do fracasso, vivemos o mês, o ano e a década. Pára um pouquinho aqui; faça uma breve reflexão; você lembre a sua situação em janeiro de 2010? Você se programou e as coisas saíram conforme a sua programação durante nestes cinco anos? Será que não é mais fácil viver um dia de cada vez?

O Senhor sabe do que precisamos antes mesmo de pedir. Querer conforto não é pecado, pois é bênção de Deus, como o próprio Paulo diz: “... mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação”. Por vezes passamos por privações. Entenda a diferença entre privação e necessidade. Necessidade é algo criado por Deus. Por exemplo: você precisa tomar água. O marketing não cria a necessidade; ele promove o produto para “suprir” a necessidade. Nós nos privamos de muita coisa. Isso faz parte. O corpo pede água, o marketing nos oferece a Coca-Cola. Entendeu? Como você está em dificuldades financeiras, por exemplo, não tomará Coca, mas água que é mais barata (por enquanto). Estamos muitas vezes passando por privações, mas aquilo que é necessário, certamente, está garantido (Mt 6. 25-34).

Ser rico não é pecado como ser pobre não é maldição. A questão é o amor ao dinheiro, como disse Paulo Romeiro: “O problema da teologia da prosperidade não é a prosperidade, mas a teologia”. Ser prospero é bênção de Deus. A sabedoria que precisamos pedir ao Senhor não é a terrena, mas a do alto. Algum tempo atrás a editora Sextante lançou um livro chamado “As 25 leis bíblicas do sucesso”. O livro tinha o selo do Eike Batista. O que aconteceu? Depois de tudo o que aconteceu a editora decidiu tirar o nome do Eike das edições que se seguiram. Há uma grande diferença entre a sabedoria dos homens para a sabedoria de Deus.

Ao se planejar precisamos pedir a Deus habilidade. O próprio Senhor Jesus nos exorta a fazer tal cousa (Lc 14.28-30). Não devemos ser pródigos e gastar o recurso que chega a nós irresponsavelmente ainda que tenha muito: “O homem de bom senso economiza e tem sempre bastante comida e dinheiro em sua casa; o tolo gasta todo o seu dinheiro assim que o recebe” (Pr. 21.20). Como o Pastor Paulo Romeiro sempre diz: “Fé e bom senso devem caminhar juntos”. A prudência não é contrário a fé, como está escrito: “Com sabedoria se constrói a casa, e com discernimento se consolida” (Pr 24.3).

Se Deus colocou recursos em suas mãos, certamente tem algum propósito a fazer com ele. As vezes é para abençoar a vida de alguém; as vezes é para poupar, pois você vai precisar dele no futuro; as vezes é para você viajar com a sua família e desfrutar de um lazer. Quando fazemos o que queremos com aquilo que foi colocado em nossas mãos, não vemos a cor do dinheiro. O povo de Israel era assim. Deus ordenou que o maná fosse colhido em porções diárias. Eles não confiando na provisão de Deus, colheram mais daquilo que o Senhor tinha ordenado; o que aconteceu? O maná “deu bichos e cheirava mal” (Ex 16. 19-21).

O sentido de “esperança” empregado por Paulo no texto (1 Tm 6.17), conota “esperar em alguém”; “confiar em”; só Deus é certo e só as suas bênçãos não acrescentam dores. Ponha a sua esperança em Deus; se planeje; busque sabedoria do alto; seja um melhor profissional nunca perdendo a humildade, e com tudo, Deus te honrará. Eu não tenho dúvidas que você que esteja passando por uma situação financeira difícil e mesmo assim continua sendo fiel a Deus, para a glória de Deus, sairá dessa, como está escrito:

“Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: "Nunca o deixarei, nunca o abandonarei". Podemos, pois, dizer com confiança: "O Senhor é o meu ajudador, não temerei. O que me podem fazer os homens?” – Hebreus 13. 5-6 (NVI).

Soli Deo Gloria!


Publicado por Fabio Campos


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A Psicologia e as Doutrinas de Demônios







“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” 

(1 Timóteo 4:1).


         Em meus dois artigos anteriores da TBC (março/abril 2006) falei sobre a destrutiva influência que o aconselhamento psicológico está exercendo na igreja evangélica. Simplificando, a igreja tem abandonado a Palavra de Deus e abraçado às falidas teorias humanas, tentando resolver os problemas mentais, emocionais e comportamentais. A maior parte da igreja já não crê no que as Escrituras proclamam, que Deus “... nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude.”  (2 Pedro 1:3). O resultado disso é o que seria de esperar: uma pequena diferença estatística, entre os que professam ser cristãos e os que não o fazem, referente ao número de divórcios, a confiança nas teorias e métodos do aconselhamento psicológico, cristãos amasiados, nascimentos ilegítimos, pornografia, abuso sexual e físico, e assim por diante.

        Embora tais conseqüências sejam chocantes, não deveriam surpreender pessoa alguma que crê na Bíblia. Duas vezes no Livro de Provérbios ela nos diz: 
        “Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte” (Provérbios 14:12 e 16:25).

        A morte através da Escritura significa separação, quer seja da alma e espírito do corpo, na morte física, ou a separação entre a luz e as trevas, entre a verdade e o erro e na final e eterna a separação de Deus. Do mesmo modo como o corpo sem vida se decompõe, também as opções de alguém resultam em corrupção, quando este se afasta da verdade.  A psicologia, bem como o seu aconselhamento terapêutico, tem sido abraçada pelos evangélicos, mais do que quase todas as opções não bíblicas, que têm penetrado na igreja, desde a segunda metade do século passado.  Os “psicólogos cristãos”  são, em geral, mais populares e influentes do que os pregadores e mestres da Palavra. Qual é o evangélico na América que não conhece o Dr. James Dobson? A psicologicamente orientada Associação dos Conselheiros Cristãos tem 5.000 membros. A igreja evangélica é uma das líderes em serviços referenciais para conselheiros seculares (quer afirmem ser ou não ser cristãos). Como as suas contrapartes seculares, a segunda carreira mais popular na escolha dos estudantes em colégios cristãos é a psicologia. O que torna essa informação realmente chocante é o fato de que as raízes, conceitos e muitas das práticas do aconselhamento psicológico provêm de espíritos enganadores e doutrinas de demônios. A 1 Timóteo 4:1 é uma passagem profética. Ela prediz que “nos últimos tempos”, isto é, o tempo próximo à vinda do Senhor, “apostatarão alguns da fé”. Este verso é apoiado por outros, como Lucas 18:8: 

        “Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”

         A resposta é não! Na 2 Tessalonicenses 2:3, Paulo declara, sob a inspiração do Espírito Santo, que a apostasia da fé vai caracterizar os últimos dias. Ora, muitos cristãos não têm abandonado a fé, desde o tempo dos apóstolos? Sim! Contudo, o restante do verso indica uma condição exclusiva do nosso tempo atual. Os que professam ser cristãos vão dar  “ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. Essas doutrinas de demônios se destinam a minar o que é ensinado nas Escrituras. Elas refletem a estratégia de Satanás iniciada no Jardim do Éden, quando ele seduziu Eva,  para que esta desobedecesse a Deus. O líder dos espíritos enganadores iniciou sua comunicação direta com Eva, plantando dúvidas em sua mente sobre o que Deus havia ordenado: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (Gênesis 3:1). O diálogo da serpente com Eva fez com que ela acreditasse que Deus havia mentido, pois “Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis”(verso 4). Embora Deus tivesse instruído Adão e Eva que o castigo de sua desobediência, caso comessem de fruto de determinada árvore do Jardim,  seria a morte (Gênesis 2:17), Satanás torceu a palavra, tornando Deus não apenas mentiroso, mas alguém que estava defraudando o casal naquilo de que este precisava para o seu melhoramento e realização do suposto potencial maior. 

        Gênesis 3:1-5 contém a estratégia básica de Satanás para a sedução e destruição da humanidade. Seu engodo começou no questionamento da Palavra de Deus, oferecendo sedutoras alternativas. Eva correspondeu, acreditando em Satanás, rejeitando a Palavra de Deus, tendo se voltado para os seus próprios interesses. Os apelos eram tão desejáveis à carne, inclusive o da imortalidade, da iluminação, da divindade e do conhecimento (Gênesis 3:5), que ela abraçou ansiosamente. Naquele trágico momento da história da humanidade, o ego tornou-se um deus, um rebelde autônomo, inclinado a fazer as coisas à sua maneira (grifo da tradutora).

        O que Satanás ofereceu a Eva tem sido também apresentado a todos os seus descendentes, com o mesmo sucesso. Suas letais atrações - imortalidade, iluminação, divindade e conhecimento - compreendem os ensinos fundamentais das “doutrinas de demônios”. 

        Até mesmo numa ligeira visão dos conceitos psicoterapêuticos, as principais mentiras de Satanás são claramente reveladas. Os ensinos (isto é, doutrinas), tais como  os que seguem, constituem quase todas as teorias psicoterapêuticas: Imortalidade - Não existe a morte no sentido de que esta possa ser motivo de temor. Os psicoterapeutas ensinam uma morte isenta de julgamento; conselheiros espiritualmente orientados afirmam que nós evoluímos para uma consciência mais elevada ou então reencarnamos, a fim de melhorar, em nosso próximo estágio temporal. Iluminação - é conhecer o eu, quem somos, por que agimos como agimos, como mudamos, tudo isso abrindo o portal da crítica, a fim de estabelecer o nosso bem-estar mental. Alguns sistemas ensinam que os nossos problemas na vida são determinados por traumas relacionados ao nosso passado (incluindo vidas passadas), ao que herdamos de nossos pais, ao nosso ambiente, ou porque temos sido oprimidos por dogmas religiosos. Divindade - A solução para os problemas humanos se encontra no ego. O ego é deificado direta ou indiretamente. Por exemplo, A “auto-atualização” da psicologia é um processo que conduz à auto-deificação, a qual, no final, substitui qualquer necessidade de salvação fora da humanidade. Conhecimento - O processo de deificação para a humanidade inclui métodos de pesquisa do inconsciente, o qual é supostamente o infinito reservatório guardador de todos os mistérios da vida. 

        Infelizmente, essas doutrinas de demônios permeiam agora a “psicologia cristã”. Poucos evangélicos entendem que esses ensinos de demônios foram apresentados aos “pais fundadores do aconselhamento psicológico” por “espíritos enganadores”. 


         Foi Sigmund Freud quem declarou: “a religião é a universal neurose obsessiva da humanidade”. Sem falar que há evidência de que Freud odiava o Cristianismo, que ele erroneamente considerava anti-semítico. Como, então, esse ateu que rejeitava a religião organizada expôs suas doutrinas de demônios? Fundando a “religião” da psicanálise. Nenhuma das teorias de Freud, quer seja o determinismo psíquico ou desenvolvimento psico-sexual, ou a crença no inconsciente, possui qualquer respaldo científico; Além do mais, estas são crenças religiosas contrárias às doutrinas bíblicas. O psiquiatra pesquisador Thomas Szasz teve principalmente Freud em mente, quando declarou: “... a psicoterapia moderna... não é mera religião com a pretensão de ser uma ciência; ela é de fato uma falsa religião que tenta destruir a verdadeira religião” (1).

        Tendo em vista o fato de que a psicanálise e os seus conceitos associados são tão diametralmente  opostos ao Cristianismo, não há dúvida de que a “falsa religião” de Freud é um produto de “doutrinas de demônios”. Além disso, existe forte evidência de que as teorias de Freud provieram direta ou indiretamente de “espíritos enganadores”, através das técnicas que ele empregou, quando analisava os pacientes. Ele os colocava em estado de inconsciência através da hipnose e da técnica sugestiva de “livre associação”. No princípio, quando estava formulando algumas de suas teorias,  Freud era um regular usuário de cocaína, a qual altera a mente e era usada em suas crises de pressão. (2). Chamando-a sua droga mágica, “ele costumava impor a mesma aos amigos e colegas e também aos seus pacientes” (3). A clássica obra do historiador Henri F. Ellenberger  - A Descoberta do Inconsciente - revela: “Historicamente, a dinâmica moderna da psicoterapia provém da medicina primitiva e de uma ininterrupta continuidade ... através de exorcistas, magnetizadores e hipnotizadores,  a qual conduziu ao resultado da psiquiatria dinâmica nos sistemas de Janet, Freud, Adler e Jung.”  (4). A psiquiatria é uma forma moderna de xamanismo, o que explica por que o psiquiatra E. Fuller Torrey observa corretamente: “As técnicas usadas pelos psiquiatras ocidentais, estão, com raras exceções embasadas cientificamente nas técnicas usadas pelos curandeiros (usuários de ervas medicinais e os xamãs)” (5).  O xamã entra principalmente em contato com entidades espirituais, a fim de receber ajuda, sabedoria, iluminação e assim por diante. Numa entrevista com um ex-xamã yanomamo, o qual residia na úmida floresta amazônica da Venezuela, ele me disse claramente que os seus espíritos guias eram todos mentirosos e enganadores, desde o seu primeiro contato com eles, através da ingestão de drogas alucinógenas, e que estes só o deixaram em paz quando ele se converteu a Cristo. Suas mentiras somente reforçavam o que ele desejava ouvir. Parece que acontece o mesmo em relação a Freud, cujos conceitos refletiam não uma ciência, mas um meio de remover sua própria culpa, dando-lhe satisfação carnal. Suas teorias foram principalmente embasadas em seus próprios problemas pessoais, sendo a maioria dos quais perversões sexuais.

        No pensamento freudiano, o inconsciente é um reino substituto de Deus, sem leis, sem julgamentos, considerando a moralidade uma opressiva neurose imposta pela sociedade e pela religião organizada, sendo a liberdade sexual (inclusive o adultério, a homossexualidade e o incesto) importante para uma saúde mental normal; os sonhos são mensagens simbólicas do inconsciente e podem ser  cientificamente interpretados através da psicanálise.  Tais crenças representam doutrinas de demônios. Embora sendo materialista, Freud aceitava a existência de entidades espirituais. Ele foi influenciado, desde o início, indiretamente pelos seus pacientes, ou diretamente pelo seu próprio uso de drogas, pelas estatuetas que usava para que o ajudassem em seus escritos (6) e outras técnicas usadas para explorar o inconsciente humano. 

        A vida e obra do psiquiatra Carl Gustav Jung  revelam claramente que suas teorias psicológicas provinham diretamente de “espíritos enganadores”, contra os quais Paulo nos admoesta na 1 Timóteo 4:1. Jung tornou-se muito mais popular  entre os cristãos professos do que Freud (o ateu), por causa de sua discernível afinidade com a religião e as coisas espirituais.  Contudo, mesmo tendo tido um pai protestante (o qual deixava dúvidas sobre a  sua professada fé), Jung era antibíblico e preconceituoso contra o Cristianismo, desde a sua mocidade. Suas primeiras visões simbólicas revelam Jesus como um Senhor Escuro e Deus defecando sobre uma catedral. O lado materno de sua família era fortemente envolvido com o espiritismo. Seu avô, o Pr. Samuel Preisswerk, dirigia sessões espíritas para se comunicar com a falecida esposa, das quais participavam sua segunda esposa e a filha. (mãe de Carl Jung). Esta última, que tinha crises de insanidade, reservava duas camas na casa de Jung, para os espíritos visitantes. A tese de doutorado de Jung (publicada em 1902) foi embasada nas sessões espíritas conduzidas por um primo de 13 anos, o qual ele colocava em estado de consciência alterada, através de hipnose, a fim de entrar em contato com os ancestrais falecidos. 

        Em 1916, a governanta de Jung sofreu um assalto de demônios, que afirmavam ser os cruzados de Jerusalém. Eles estavam em busca de conselhos sobre a redenção, visto como haviam ficado muitíssimo decepcionados com o Cristianismo, que os havia deixado em situação de desespero. Eles não iriam deixar a casa de Jung até que este começasse a dar-lhes conselhos recebidos dos seus muitos espíritos guias, do seu mentor Filemom “o velho com chifres de touro” (7). 

        Richard Noll, professor de História da Ciência na Universidade Harvard e psicólogo clínico, (o qual declara não ser cristão, de modo algum), faz algumas espantosas observações em seu livro sobre Jung, intitulado “The Jung Cult”. Ele argumenta que “as teorias psicológicas do coletivo inconsciente e arquétipos são essencialmente disfarces, com uma cobertura pseudo-científica para esconder as práticas do que era essencialmente um novo movimento religioso, no qual Jung ensinava as pessoas a receber visões em transe e a contatar diretamente os ‘deuses”’.

        Os ensinos de Jung são doutrinas de demônios, recebidas diretamente de espíritos enganadores: o inconsciente e o inconsciente coletivo apresentam uma forma impessoal de Deus; arquétipos são vistos como racionalizações psicológicas para demônios,  anima e animus sendo termos para as entidades femininas e  masculinas dentro de cada pessoa; os “tipos” psicológicos são determinadas características dentro do nosso invólucro. Jung promoveu todos os tipos de ocultismo, incluindo astrologia, alquimia, I-Ching, misticismo, necromancia, visualização, interpretação de sonhos, imaginação ativa, yoga, meditação, etc. Inacreditavelmente, suas teorias e práticas recomendadas são endossadas nos ensinos das pessoas mais influentes no Cristianismo evangélico. Em muitos casos, a ignorância é a razão principal, e, desse modo, as mentiras demoníacas são rapidamente promovidas e aceitas entre as ovelhas.

        Os trinta milhões de cópias do livro “Uma Vida Com Propósito” de Rick Warren incluem conceitos de Jung, tais como “tipos” psicológicos. O programa “Celebrate Recovery” da Igreja de Saddleback (Ver TBC de outubro 2005), a qual tem sido exportado para 4.500 igrejas e ministérios de Companheirismo Cristão, está embasado nos Doze Passos dos princípios AA. O co-fundador do AA, Bill Wilson, recebeu os Doze Passos durante o tempo em que vivia em conexão com entidades espirituais. Mais tarde, ele escreveu uma carta pessoal a Carl Jung, agradecendo a sua influência: “... [AA] realmente começou há muito tempo, em seu consultório, e foi diretamente fundamentado sobre a sua humildade e profunda percepção... Você talvez esteja interessado em saber que além da “experiência espiritual”, muitos do AA registram uma grande variedade de fenômenos psíquicos, cujo peso cumulativo é bastante considerável. Outros membros têm sido - após sua reabilitação no AA - muito auxiliados por [analistas jungianos]. Alguns têm se interessado pelo “I-Ching”, sua notável introdução nessa obra.

        Warren não é o único escritor ou não escritor a promover entre os evangélicos o que Jung aprendeu com os demônios. Ele apenas é o mais conhecido. Existem outros, inclusive “psicólogos cristãos” e pastores da cura interior. A metodologia ocultista de Jung, especialmente suas técnicas de visualização demoniacamente inspiradas, imaginação guiada, meditação e trabalho com diretores espirituais, são fundamentais aos interesses das igrejas emergentes, da juventude evangélica e do movimento contemplativo de Richard Foster, Eugene Peterson e uma multidão de outros. O espantoso desenvolvimento na igreja evangélica é sintomático do abandono da Palavra de Deus. O resultado será o avanço da igreja “cristã” apóstata. O antídoto para isso encontra-se em Isaías 8:20: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles”. 



fonte: TBC outubro, 2006.

“Psychology and the Doctrines of Demons” 

T. A. McMahon/Mary Schultze