Ordene aos que são
ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na
incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a
nossa satisfação”- 1 Timóteo 6.17 (NVI)
Nestes últimos meses, toda vez
que vou ao mercado, eu “trago um embrulhinho na mão e deixo um saco de
dinheiro”. Pois é, meus amigos, o negócio foi além das piores e mais
pessimistas previsões. Estamos numa crise econômica e não há como negar que
2015 naquilo que eles estão falando ser um ano de “ajustes”, na verdade, é o
ano do pagamento de uma fatura dos gastos irresponsáveis de governantes que
olharam somente para o seu umbigo.
Os juros estão cada vez mais altos;
os impostos aumentam e os benefícios diminuem. O resultado disto tudo? Famílias
endividadas que vão à busca de crédito. Muitos com os seus orçamentos apertados
não conseguem arcar com os custos e acabam entrando no “ciclo suicida” que os
bancos usam para escravizar os seus tomadores; juros sobre juros; amortizar a
dívida que é bom, nada!
Posto isso, então, onde iremos buscar
socorro? Vou fazer outra pergunta? Onde você tem colocado a sua esperança? Vou
além! Não somente na escassez, mas na FARTURA, onde você tem colocado a sua
confiança? Paulo nos exorta severamente a não colocarmos nossa esperança na
“incerteza das riquezas” (1 Tm 6.17).
É bem provável que a igreja de Éfeso,
na qual Timóteo era pastor, detinha na maioria do seu pessoal, irmãos
ricos. Então, Paulo, sabendo de como os ricos são tentados a colocarem a sua
esperança nas riquezas, escreve a Timóteo exortando a igreja a colocar a
esperança unicamente em Deus que nos sustenta em tudo.
Jesus nunca nos advertiu acerca dos
perigos da “pobreza”, mas Ele sempre falou a respeito dos perigos da riqueza. O
dinheiro não é neutro. O Senhor disse que o dinheiro é um “deus” (Mt 6.24).
Como se diz na gíria do mercado financeiro, “o dinheiro não leva desaforo”,
pois “as riquezas desaparecem assim que você as contempla; elas criam asas e
voam como águias pelo céu” (Pr 23.5). Citando outra vez Paulo Romeiro, “o
dinheiro é um ótimo servo, mas ele nunca será um bom patrão”. Onde você tem
colocado a sua esperança?
O Eike Batista colocou a esperança
dele no dinheiro. Será que ele não se arrependeu por isso? Ele não estava
satisfeito com o que tinha, e querendo ganhar um pouco mais, perdeu quase tudo.
É o que está escrito: “Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama
as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos” (Ec 5.10 NVI). O
medo de perder nos impulsiona a buscar por mais; o resultado disto é
inquietação, ansiedade e perturbação para si e para com os de sua volta, como
está escrito: “Sim, cada um vai e volta como a sombra. Em vão se agita,
amontoando riqueza sem saber quem ficará com ela” (Sl 39.6 NVI).
Nossos medos e incertezas em tempos
de crise provêm da capacidade que achamos ter, fruto da comparação que fazemos
com aquele que está, ou acima, ou abaixo do nosso padrão. Confiamos em nosso
talento, entretanto, chega uma hora que as nossas forças se esvai. Como nos
achamos “autossuficientes” e com a constatação que de fato não somos aquilo que
pensávamos ser, logo, então, o medo do fracasso bate em nossa parte; você vira
um refém da situação.
Devemos colocar nossa esperança
unicamente em Deus. Vamos buscar recursos para nos aperfeiçoar; precisamos nos
esforçar para fazer o melhor; todavia, nossa confiança deve estar em Deus que
nos supre. Jesus manda que vivamos o dia sem se preocupar o que nos acontecerá
amanhã (Mt 6.34). Mas ansiosos que somos, com o medo do fracasso, vivemos o
mês, o ano e a década. Pára um pouquinho aqui; faça uma breve reflexão; você
lembre a sua situação em janeiro de 2010? Você se programou e as coisas saíram
conforme a sua programação durante nestes cinco anos? Será que não é mais fácil
viver um dia de cada vez?
O Senhor sabe do que precisamos antes
mesmo de pedir. Querer conforto não é pecado, pois é bênção de Deus, como o
próprio Paulo diz: “... mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a
nossa satisfação”. Por vezes passamos por privações. Entenda a diferença entre
privação e necessidade. Necessidade é algo criado por Deus. Por exemplo: você
precisa tomar água. O marketing não cria a necessidade; ele promove o produto
para “suprir” a necessidade. Nós nos privamos de muita coisa. Isso faz parte. O
corpo pede água, o marketing nos oferece a Coca-Cola. Entendeu? Como você está
em dificuldades financeiras, por exemplo, não tomará Coca, mas água que é mais
barata (por enquanto). Estamos muitas vezes passando por privações, mas aquilo
que é necessário, certamente, está garantido (Mt 6. 25-34).
Ser rico não é pecado como ser pobre
não é maldição. A questão é o amor ao dinheiro, como disse Paulo Romeiro: “O
problema da teologia da prosperidade não é a prosperidade, mas a teologia”. Ser
prospero é bênção de Deus. A sabedoria que precisamos pedir ao Senhor não é a
terrena, mas a do alto. Algum tempo atrás a editora Sextante lançou um livro
chamado “As 25 leis bíblicas do sucesso”. O livro tinha o selo do Eike Batista.
O que aconteceu? Depois de tudo o que aconteceu a editora decidiu tirar o nome
do Eike das edições que se seguiram. Há uma grande diferença entre a sabedoria
dos homens para a sabedoria de Deus.
Ao se planejar precisamos pedir a
Deus habilidade. O próprio Senhor Jesus nos exorta a fazer tal cousa (Lc
14.28-30). Não devemos ser pródigos e gastar o recurso que chega a nós
irresponsavelmente ainda que tenha muito: “O homem de bom senso economiza e tem
sempre bastante comida e dinheiro em sua casa; o tolo gasta todo o seu dinheiro
assim que o recebe” (Pr. 21.20). Como o Pastor Paulo Romeiro sempre diz: “Fé e
bom senso devem caminhar juntos”. A prudência não é contrário a fé, como está
escrito: “Com sabedoria se constrói a casa, e com discernimento se consolida”
(Pr 24.3).
Se Deus colocou recursos em suas
mãos, certamente tem algum propósito a fazer com ele. As vezes é para abençoar
a vida de alguém; as vezes é para poupar, pois você vai precisar dele no
futuro; as vezes é para você viajar com a sua família e desfrutar de um lazer.
Quando fazemos o que queremos com aquilo que foi colocado em nossas mãos, não
vemos a cor do dinheiro. O povo de Israel era assim. Deus ordenou que o maná
fosse colhido em porções diárias. Eles não confiando na provisão de Deus,
colheram mais daquilo que o Senhor tinha ordenado; o que aconteceu? O maná “deu
bichos e cheirava mal” (Ex 16. 19-21).
O sentido de “esperança” empregado
por Paulo no texto (1 Tm 6.17), conota “esperar em alguém”; “confiar em”; só
Deus é certo e só as suas bênçãos não acrescentam dores. Ponha a sua esperança
em Deus; se planeje; busque sabedoria do alto; seja um melhor profissional
nunca perdendo a humildade, e com tudo, Deus te honrará. Eu não tenho dúvidas
que você que esteja passando por uma situação financeira difícil e mesmo assim
continua sendo fiel a Deus, para a glória de Deus, sairá dessa, como está
escrito:
“Conservem-se livres do amor ao dinheiro
e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: "Nunca o
deixarei, nunca o abandonarei". Podemos, pois, dizer com confiança:
"O Senhor é o meu ajudador, não temerei. O que me podem fazer os homens?”
– Hebreus 13. 5-6 (NVI).
Soli Deo Gloria!
Publicado por
Fabio Campos
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui