terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A Lei Moral e Espiritual


O cristianismo recebe a Bíblia como a Palavra de Deus, entende que através dos Dez Mandamentos o Senhor indicou o caminho para a vida a partir do povo hebreu, por volta de 1250 a.C.


As Escrituras informam que Deus entregou a Lei a Moisés nas duas tábuas quando o profeta estava no monte Sinai, objetivando conservar a liberdade do povo hebreu. A forma dos Dez Mandamentos é conhecida como categórica ou absoluta. Apresenta um estilo sóbrio e de estrutura assonante, paralela e poética, para facilitar a memorização e encaixar-se bem à sessão de leitura litúrgica e em grandes eventos religiosos (Deuteronônio 31.11).


A lista dos Dez Mandamentos também é conhecida como Decálogo, que em hebraico é "asseret hadevarim" e em grego "dekalogos", o termo significa as dez palavras. Ele foi elaborado em caráter divino ao povo de Deus.


Poderíamos enumerar os objetivos do Decálogo para o povo hebreu, bem como para o mundo, assim:


Para nunca mais haver escravidão;

Para a preservação da liberdade do povo;

Para os hebreus viverem a justiça de Deus e a comunhão com o próximo;

Para ser um povo organizado, tornando-se o sinal de Deus para o mundo;

Para uma comunidade organizada por Deus ser a resposta divina para o clamor dos povos;

Para o povo ser o anúncio do próprio Deus, a amostra daquilo que Deus quer para todo o ser humano;

Para o povo viver a dimensão perfeita do amor a Deus e ao próximo.


Cristo não anulou a Lei, Ele a completou e a reafirmou:


Jesus disse: "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir" - Mateus 5.17.


Deus do cristianimo. Jesus resumiu o Decálogo em dois mandamentos: "E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes" - Marcos 12.29-31.

O Decálogo aponta ao monoteísmo. Paulo enfatizou isso ao ensinar o Evangelho, escreveu:


"Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele" - 1 Coríntios 8.6.


"Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um." - Gálatas 3.20.

"Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós" - Efésios 4.6.


O Senhor Jesus é a plena manifestação do Pai. A Lei cumpriu todo o propósito em Cristo - os preceitos morais, cerimoniais e civis. A Lei Moral, a Lei Cerimonial e a Lei Civil são três partes  de uma mesma lei que o Senhor Jesus, a imagem plena de Deus, observou pia e inteiramente.  E assim sendo, os cristãos vivem debaixo da Lei do Amor, do tempo da Graça de Deus.


Diferente do Filho de Deus, no tempo em que Jesus pregava o Evangelho acompanhado dos doze discípulos, os doutores da Lei a ensinavam no templo mas não a cumpriam. Os líderes judeus memorizaram e  recitavam literalmente a letra, porém, sem obedecer suas diretrizes também matavam o "espírito" dela (Mateus 23.1-39). Assim, da manutenção à liberdade, o povo judeus voltou à escravidão, não do Egito, mas a da religião sem Deus. Com isso, compreendemos que a letra (a lei escrita) mata, mas o Evangelho, que é espírito e vida, vivifica o pecador (João 6.63; 2 Corintios 3.6).


Conclusão

A tendência humana é se esforçar para merecer a salvação, porém, nenhum esforço é necessário para salvar-se porque ela é adquirida pela fé em Jesus sem as obras da lei (Gálatas 2.16).


O Deus de Israel revelado no Antigo Testamento é o mesmo Deus do cristianismo. Entrantanto, cabe aos cristãos considerar que a antiga aliança caracterizava-se pela revelação da vontade de Deus, resumida na lei mosaica, uma relação que, com frequência, os judeus falhavam em observar (Jeremias 31.32). Paulo concluiu que a antiga aliança e as estipulações associadas à lei mosaica foram substituídas pelo ministério de Cristo e do Espírito Santo (Romanos 10.4; Gálatas 3.25).


Por Eliseu Antonio Gomes
O c


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