quinta-feira, 2 de julho de 2015

DOIS CAMINHOS




[Apesar de este sonho visar a situação de uma certa persona, e seja uma resposta à oração, será de benefício para outros também. Todos nós temos de escolher entre este mundo e o Senhor, mesmo se tal envolva a família.]

No meu sonho, tenho vários filhos. Vejo uma balança: no lado esquerdo estão meus filhos, no lado direito está uma tabuinha de escrever (com mola). Muitos anjos estão ao redor dos meus filhos; alguns com as mãos sobre os seus ombros. Muitos anjos estão junto à tabuinha de escrever; só que estes anjos são diferentes: alguns téem livros, alguns téem asas flamejantes, e outros espadas e escudos.

Olho para os meus filhos, os quais amo mais do que todas as coisas, e depois para a tabuinha: esta é transparente, como vidro claro, sem nada escrito nela. Eu sei que devo escolher entre meus filhos e a tabuinha. Amo e desejo meus filhos, mas percebo que tenho de ter fé e escolher a tabuinha, sabendo que os meus filhos estarão em segurança.

No cimo da estructura da balança, reparo numa pequena insígnia com uma inscrição gravada em oiro, que diz: Deuteronómio 30:19.

[“Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a benção e a maldição: escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente.”]

Eu tomo a tabuinha de escrever. Desde que a escolhi, vejo escrever, em letras maiúsculas douradas, centradas no cimo,as palavras: PARA O MEU POVO. Para a esquerda, aparecem letras prateadas mais pequenas, numa única linha, que dizem: Josué 24:15.

[“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram os vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais: porém, eu e a minha casa serviremos ao Senhor.”]

Viro a tabuinha ao contrário, e noto que diz o mesmo nos dois lados, apesar de esta ser transparente.

Olho para meus filhos, que ainda estão na balança, digo que os amo, mas que já escolhi. Segurando a tabuinha junto ao meu coração, viro-me, e me vou, sabendo que tomei a decisão certa, e que sobre os meus filhos está sendo vigilado.

Deixo a sala, e começo a caminhar. Acho-me na encosta de um monte muito íngreme, e num caminho muito estreito eapertado, com muitas pedras; é difícil caminhar, e eu luto por conseguir um firme apoio para os pés. Abaixo os meus olhos para a tabuinha: esta diz: SINAIS DOS TEMPOS, 22 de Junho, 1904.

Signs of the Times, June 22, 1904 / Sinais dos Tempos, 22 de Junho, 1904
“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho, que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho, que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” (Mateus 7:13,14)

Os dois caminhos mencionados conduzem em duas direcções opostas: um é apertado e rugoso, o outro mais largo e mais liso, e finda em perdição. Os que caminham nestes dois caminhos são opostos no carácter, no vestir, e na conversação. Os do caminho apertado são sérios e graves, porém alegres. O Varão de dores abriu-lhes o caminho, e ele próprio caminhou por ele; eles vêem as suas pisadas, e ficam confortados. Caminhando, eles falam do gozo e alegria que lhes aguarda no final da sua jornada. Os do caminho espaçoso estão ocupados com pensamentos de prazeres mundanos; eles livremente se entregam à hilaridade e folguedo, não perdendo pensamentos com o fim da sua jornada.

No caminho da morte todos poderão ir, com a sua mundanidade, seu egoísmo, seu orgulho, desonestidade, e aviltamento moral. Há lugar para todas as opiniões e doctrinas humanas, espaço para seguir as suas inclinações, para fazer tudo o que o seu amor-próprio dicte. A fim de entrar no caminho que conduz à perdição, não é necessário procurar o caminho; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho, e os pés dirigem-se naturalmente para o caminho que finda em morte.

Mas o caminho da vida é apertado, e a entrada estreita. Se tu te apegares a qualquer pecado obsidiante, acharás a porta demasiado estreita para entrares. Os teus próprios caminhos, os teus maus hábitos e prácticas anticristãs, devem ser abandonados, se quiseres guardar o caminho do Senhor. Aquele que quiser seguir a Cristo não pode seguir as opiniões do mundo ou conformar-se com a norma do mundo. O caminho do céu é demasiado apertado para posiçõese riquezas serem ostentadas com grande pompa, demasiado apertado para o plano de ambição egocêntrica, demasiado aclive e escabroso para amantes de subidas fáceis. Lida, paciência, auto-sacrifício, exprobração, pobreza, a contradicção dos pecadores contra si mesmo, foi a porção de Cristo, e deverá ser a nossa porção, caso queiramos, jamais, entrar no paraíso de Deus.

Ora não concluais, por isso, que o caminho ascendente é o difícil, e o caminho descendente o fácil. Por todo o caminho que conduz à morte, há sofrimentos e penas, há dores e desapontamentos, há avisos para não ir avante. O amor de Deus tem tornado difícil aos descuidados e contumazes o destruir-se a si mesmos. É verdade que o caminho de Satanás é feito para parecer atractivo, mas é tudo engano: no caminho do mal há amargo remorso e cuidado gangrenoso. Poderemos crer que seja prazível ir após o orgulho e ambição mundana, mas o fim é dor e sofrimento. Planos egoístas poderão apresentar promessas lisonjeiras, e extender a esperança de prazer; mas acharemos que a nossa felicidade está envenenada, e a nossa vida amargada por esperanças que se centram no eu. No caminho descendente, a porta poderá estar esplêndida de flores, mas espinhos há no caminho. A luz da esperança que brilha da sua entrada desvanece-se em escuridão de desespero; e a alma que seguir neste caminho descerá às sombras da noite infindável.

O caminho para o céu é apertado, mas ninguém precisa de errar em achá-lo: fora plenamente demarcado pela mão do Pai. Nem um trémulo pecador necessita de errar em caminhar na pura e santa luz. Ainda que a vereda ascendente seja por vezes difícil e freqüentemente fatigante; ainda que o cristão tenha de suportar lida e conflicto; avance ele com regozijo, confiando, como uma criancinha, na amorosa direcção daquele “que guarda os pés dos seus santos”; sabendo que a vereda em que está andando o levará, por fim, às mansões que Cristo foi preparar para aqueles que o amam. “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito.” (Prov. 4:18)



De Ernie Knoll
www.formypeople.org

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