domingo, 30 de dezembro de 2012

PASTORES: HOMENS OU DEUSES?



Sei que o tema é aparentemente polêmico, mas, se você for analisar a luz da bíblia chegará à conclusão que estes acontecimentos fazem parte do contexto que expressa o final das últimas coisas.

O que expresso aqui, não é apologia para o enfraquecimento do convívio social nas denominações de homens, porém, a própria Palavra de Deus nos revela para termos cuidado com os falsos profetas e acerca dos “lobos em pele de cordeiros”...

Acredito que devemos nos reunir regularmente com os outros cristãos, participando de uma denominação alicerçada na Bíblia e que preste culto ao único e soberano Deus. O fato é que as igrejas, fundamentadas na Palavra de Deus, estão se tornando cada vez mais raras nestes últimos dias. Muitos 'homens santos de Deus' e “apóstolos” se esqueceram de Deus e da sã doutrina e levam suas igrejas às falsas e heréticas doutrinas. A Bíblia diz explicitamente que, nos últimos tempos, haverá uma grande apostasia!

Creio que este “pequeno desvio” tem a assinatura de satanás, pois, como “o pai da mentira” e “enganador”, ele investe em fatores objetivos e rápidos visto que lhe resta pouco tempo para agir:

Satanás não vem de rabinho, chifre e vermelho...isso tá mais para personagem de Hollywood (hell boy). Ele é astuto e perseverante!

Deus para converter muitos (cerca de três mil pessoas), em pouco tempo e de forma dinâmica (cada um entendia o que era falado em sua própria língua), usou o seu poder, através do Espírito Santo (Atos 2). Ironicamente, satanás, está usando a mesma estratégia para derrubar Ministérios e até Nações. Como isso é possível? Usando a boca de “pastores” e “padres”(e até papas), que, intitulados como um “porta-voz das questões celestiais” pelas suas denominações está acima de qualquer suspeita e, infelizmente, levam as mais diversas heresias diabólicas a muitos. Pessoas estão sendo manipuladas por aqueles que deveriam cuidar espiritualmente delas.

Mas não culpo só falsos e egocêntricos pastores por este fenômeno.

A palavra de Deus afirma que: Maldição sem causa não se cumpre (Provérbios 26.2)... Aí está a outra ponta do problema! Temos idolatrado os nossos líderes! Estamos deixando de olhar para o autor e consumador da nossa fé: JESUS CRISTO!!! E dando total credibilidade ao líder, sem antes analisar nas Escrituras e o que está sendo pregado...

Jesus diz que erramos em não conhecer as Escrituras e o poder de Deus! (Marcos 12.24).

Portanto, amigos, cuidado com a idolatria a pastores, padres ou qualquer um líder espiritual. Só existe um intermediário entre o homem e Deus: JESUS CRISTO!!!... e este, satanás jamais terá poder para corromper!!!


Fiquem na Paz!

Sérg10 Gomes


Leituras associadas ao texto:


E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. (II Co.11,14);


Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. (Mt. 7.15);


Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho, (At. 20,29);


Fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus. (Hb. 12,2);


Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagoga de Satanás. (Ap. 2,9);


Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Mas ai da terra e do mar! porque o Diabo desceu a vós com grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta (Ap. 12,12).

 
 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Zacarias e o Reino Messiânico

 
 
 
Quem era

Zacarias significa "o Senhor se lembra".

O profeta Zacarias (1.1; 12.12-21), assim como os profetas Jeremias e Ezequiel era membro de família sacerdotal (Jeremias 1.1; Ezequiel 1.3). Começou a profetizar ainda jovem (2.4). Ministrou na época de Ageu, seu contemporâneo (Esdras 5.1; 6.14). Provavelmente, tenha nascido na Babilônia. E sob a liderança de Zorobabel e Josué, por volta de 538 a.C., junto com o povo judeu retornou para Judá (Neemias 11.4)

O livro

Ao escrever, o objetivo de Zacarias era incentivar a busca de renovação espiritual do povo judeu.

Os destinários da mensagem era o povo de Judá, o profeta ministrava visando estruturar a comunidade cujo reino ainda não estava restaurado, lembrava ao povo que a reconstrução do templo fosse finalizada, o templo devia voltar ao funcionamento (4.8-10).

Podemos considerar que Cristo é o tema do livro de Zacarias. Jesus é apresentado como o Salvador de Israel, a fonte cujo sangue cobre os pecados de todos os que vêm a Ele para a salvação (Zacarias 13.1, 1 João 1.7).

Não existe razão para questionar que a autoria do livro inteiro seja de Zacarias. Apesar disso, alguns questionam considerando que os capítulos 9 e 14 possuem características de composição diferentes do restante da obra.

A mensagem central

O profeta ensina que a salvação pode ser obtida por todos. Informa que os povos de todo o mundo que decidirem adorar a Deus têm a possibilidade de escapar da condenação divina. Ensina que Deus deseja que todas as pessoas O adorem e aceita a adoração de todos, independentemente de suas expressões nacionais ou políticas.



Zacarias anuncia que Deus é soberano neste mundo, em sua soberania Ele tem total controle sobre a Historia. No último capítulo, o profeta esclarece que até mesmo as forças da natureza respondem ao controle divino.



O livro enfatiza que Deus conhece o futuro, vê e sabe tudo o que vai acontecer antes que os fatos ocorram. Apesar de sua onisciência, por vontade própria, o Senhor não interfere na liberdade individual de cada ser humano, de querer segui-lo ou não. E acompanha os passos das pessoas para que elas sejam justamente responsabilizadas pelas escolhas que fazem.

As profecias

Diversas profecias acerca de Jesus Cristo e da era messiânica são encontradas no Livro de Zacarias. Como a promessa de que o Messias viria para habitar no meio de nós (2.10-12; 3.8-9, 6:12-13); Cristo como o fundamento da Igreja (Mateus 1.23; Lucas 20.17-18); e a promessa de Sua Segunda Vinda, quando aquele que O traspassou olhará para Ele e se lamentará (Zacarias 12:10, João 19:33-37).

As oito visões

As visões (1.7 – 6.8) são apelos à conversão e de maneira resumida estão descritas assim: “Portanto dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tornai-vos para mim, diz o SENHOR dos Exércitos, e eu me tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos. (...) Vossos pais, onde estão? E os profetas, viverão eles para sempre? Contudo as minhas palavras e os meus estatutos, que eu ordenei aos profetas, meus servos, não alcançaram a vossos pais? E eles voltaram, e disseram: Assim como o SENHOR dos Exércitos fez tenção de nos tratar, segundo os nossos caminhos, e segundo as nossas obras, assim ele nos tratou” - Zacarias 1.3, 5-6.

Conclusão

O livro, em primeiro plano foi escrito ao povo de Judá, mas a abrangência dele é maior. A lição mais importante no ministério profético de Zacarias estende-se aos cristãos. Em nossa atitude de adoração a Deus, devemos aplicar ações efetivas de evangelização, fazer com que as Boas Novas do Evangelho seja de conhecimento de todas as áreas da nossa sociedade, ricos e pobres, gentes indoutas e intelectuais. É preciso empreender missões em todo o mundo, aproximar-se de todas as pessoas em todas as raças, idiomas e culturas.

É preciso anunciar em alto e bom som ao mundo que a salvação está disponível através do sangue derramado de Jesus Cristo na cruz, Ele morreu em nosso lugar para expiar o pecado. Dizer ao que rejeitam o sacrifício, que não existe outro sacrifício pelo qual podemos ser reconciliados com Deus. Não há outro nome debaixo do céu pelo qual os homens são salvos (Atos 4.12). Não há tempo a perder, hoje é o dia da salvação (2 Coríntios 6.2).

E.A.G.
 
 

domingo, 16 de dezembro de 2012

PAULO NAS CARTAS AOS GÁLATAS



De forma até grosseira, Paulo faz ecoar no espaço as primeiras informações. Neste ponto não permite concessões. Como primeira palavra da carta ele anota o autor principal: Paulo. Com este seu cognome latino ele se apresenta regularmente. Soubemos o seu nome judaico apenas por At, a saber, nove vezes na forma do AT ― Saul e 15 vezes na forma grega Saulos. A mudança do nome judaico para o cognome latino não se deu, p. ex., na ocasião em que se tornou cristão diante das portas de Damasco.Mas, conforme At 13.9, somente quando se deram as primeiras conversões de gentios com a sua participação, sobre as quais At informou.Desse momento em diante, Lucas o designa unicamente por Paulo. Sob esse nome ele se tornou e continua conhecido no mundo todo como apóstolo dos gentios.
Com a segunda palavra, Paulo já amplia a indicação usual de autor: apóstolo. Ele não se apresenta aos seus leitores nem como Paulo devoto nem como inteligente. Na verdade, ao escrever, não se vê por nenhum momento como pessoa particular que elabora seus pensamentos em livre associação, e sim como apóstolo de Jesus Cristo, tomado integralmente pelo que o envia: sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! (1Co 9.16).
Como em nenhum outro prefácio de carta, ele vai desenvolvendo a natureza singular de sua autoridade, seguramente porque foi desafiado pela atitude autoritária dos mestres estranhos na Galácia (cf. o exposto sobre Gl 6.12). Com esse objetivo, coloca duas vezes o ser humano de lado: Paulo é apóstolo não da parte de homens. No cristianismo primitivo também havia apóstolos das igrejas (2Co 8.23 cf. BJ), que como tais realmente eram pessoas respeitadas (cf. Gl 2.12). Contudo Paulo não se insere nessa fileira. Ele não é o expoente de um grupo de cristãos, p. ex., da igreja de Jerusalém. A partir do v. 16 ele o comprovará. Ele tampouco foi incumbido da sua mensagem por intermédio de homem algum, p. ex. por Pedro. No v. 18 ele especificará o seu relacionamento com Pedro.
Nos v. 10 e ss Paulo ainda acrescenta nada mais nada menos que quatro negações do ser humano: Não para a aprovação das pessoas (v. 10a), não para agradar a pessoas (v. 10b), não segundo a maneira humana (v. 11) e não recebido nem aprendido de seres humanos (v. 12). Por que nesse assunto o ser humano é tão nitidamente excluído? Por causa do ser humano, para que lhe seja preservado o evangelho de Deus. A pregação de Paulo não constitui nenhum acontecimento interativo entre pessoas. Nela o ser humano não tem a ver consigo próprio, não telefona consigo mesmo, não se ergue pessoalmente do pântano pelos cabelos.
Depois da dupla exclusão do ser humano seguem-se duas informações positivas. Primeiro: mas por Jesus Cristo. Paulo está debaixo de um envio emitido diretamente por Cristo. Atrás de sua boca está imediatamente a boca do Senhor, mais precisamente, do Senhor exaltado. Por isso, em segundo lugar: e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos. No texto básico a forma gramatical de ressuscitar aparece como um predicado do Pai, literalmente: pelo Pai que o ressuscita dos mortos. A natureza paterna de Deus está sendo preenchida cristologicamente: Quando Jesus é ressuscitado reluz, como em nenhuma outra ocasião, a glória do Pai (Rm 6.4). É isso, portanto, que se afirma em relação ao fundamento do apostolado. Quem diz apóstolo, diz Páscoa. Do mesmo modo Paulo estabelece o nexo causal dos dois aspectos em 1Co 9.1: Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Também Lucas insiste em datar a origem do apostolado nas aparições do Ressurreto.
Portanto, o evangelho, que Paulo tenciona testemunhar de novo aos gálatas na presente carta, tem como fonte esse glorioso poder de ressurreição de Deus o Pai. Já com o primeiro versículo Paulo insta poderosamente com seus leitores. Tampouco nós temos diante de nós a interessante contribuição de um teólogo do século I, mas recebemos uma palavra de revelação de um apóstolo de Jesus Cristo, nosso Senhor.
 
 
 
 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

UMA OPORTUNIDADE PARA CONTRIBUIR



“E viu certa viúva pobre lançando ali duas moedinhas” Lc 21.2
 
 
 
Como é fácil cantarmos:
Tudo deixarei... Tudo a ti entregarei...
Tudo deixarei... Muitas vezes temos a oportunidade de ajudar a obra do Senhor, de contribuir de alguma maneira, mas desperdiçamos e deixamos passar as OPORTUNIDADES.
Tudo entregarei, esta frase simples deveria tocar o teu coração neste momento, como tocou o coração de uma mulher que amava a Deus sem medidas. Há mais de dois mil e seis anos atrás, esta mulher entregou-se sem reservas ao Senhor Jesus, ou seja, sua vida foi uma entrega total, ela não desperdiçou a oportunidade de oferecer o seu melhor.
“Jesus estava no pátio do templo (área do templo chamada de átrio das mulheres. Neste local, havia sete caixas), olhando o que estava acontecendo, e viu os ricos pondo dinheiro na caixa das ofertas” Lc 21.1, (em uma delas os adoradores poderiam depositar a quantia relativa ao imposto do templo, e as outras seis caixas eram para as ofertas voluntárias), Jesus via muita gente depositar dinheiro no gazofilácio, essas ofertas destinavam-se com certeza às despesas diárias e à manutenção do templo de Deus. Se naquele tempo houvesse meios de comunicação como o rádio ou a televisão, com certeza essas ofertas também seriam destinadas à manutenção dos mesmos.
Ah, sim, os ricos estavam lá, “e viu os ricos pondo dinheiro na caixa das ofertas”, ou seja, lançando suas ofertas. Mas o que chamou a atenção de Cristo foi uma viúva pobre, que depositou ali apenas duas pequenas moedas. O Deus Onisciente sabia quanto valiam aquelas moedas. A viúva ofertou duas leptas, duas moedas cujo valor era de 2% do valor do denário, ou seja, esta moeda representava a menor moeda que se pode imaginar naquele tempo.
O Deus Onisciente sabia que ela verdadeiramente tinha ofertado tudo o que possuía “Viu também uma viúva pobre, que pôs ali duas moedinhas de pouco valor. Então Ele disse: Eu afirmo a vocês que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque os outros deram do que estava sobrando. Porém ela, que é tão pobre, deu tudo o que tinha para viver” Lc 21.2-3. O Deus Onisciente elogiou o sacrifício da pobre viúva e permitiu que aquele ato fosse registrado em sua Palavra. Os outros ofertaram o que lhes sobrava. Quando as nossas ofertas nos custam, podemos ufanar-nos de nossa generosidade, caso contrário, não podemos nos sentir lisonjeado.
 
Querido amigo, o que pode ser escrito sobre suas ofertas?
Você contribui com regularidade, com liberalidade e com sacrifício?
Você tem deixado passar as oportunidades de contribuir?
 
É possível descobrir a verdadeira medida de nosso amor a Deus vendo quanto contribuímos e de que forma o fazemos. Jesus disse: “Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” Mt 6.21. E o seu coração onde está?
Torne-se um pregador do telhado agora mesmo e faça a diferença como essa pobre viúva que com um gesto simples e verdadeiro marcou a história, e rompeu as barreiras do tempo até os nossos dias.
Ajude a obra do Senhor, tenho certeza que você hoje tem muito mais do que duas leptas, e Deus te recompensará cem vezes mais, conforme a sua Palavra.
 
 
Deus te abençoe muitíssimo
 
 
 

Pra. Tacimar Lima
 
 

domingo, 9 de dezembro de 2012



Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.
Procura lembrar-me; entremos juntos em juizo; apresenta as tuas razões, para que te possas justificar!


 Isaias.45, 25 e 26.




 
 
 
Portanto, meus irmãos, cheguemos com sinceridade e humildade perante à face do Senhor!!! visto que vela, terço, santinho, correntes de todo tipo de religião ou qualquer amuleto não nos aproxima do verdadeiro Deus!!!
 
apresentar as razões? sim! Deus sabe de todas as coisas mas como um Pai, gosta de ouvir da própria boca do filho as suas falhas... prova de confiança Nele!!!

... é como se fosse num Tribunal. A diferença é que este nosso advogado (Jesus Cristo) nunca perdeu uma causa!!! satanás pode até tentar usar a própria bíblia (como fez lá no deserto) para tentar nos destruir diante de Deus, visto que Deus não pode mentir ou ir contra os seus preceitos. Esta escrito: A ALMA QUE PECAR, ESTA MORRERÁ!!!... este é o argumento do nosso inimigo.
 
...mas aí entra em cena... um certo advogado... com os seus punhos furados por pregos e diz: Pai, permite que eu seja o defensor deste réu (fato), visto que todo criminoso (pecador) tem direito a ampla defesa!!! aí começa: "É fato que esta pessoa é um pecador, e ninguem pode ser justificado (limpo de pecados) se não for pela tua Palavra! portanto... eu à usarei como defesa!
 
 
Tende cuidado de vós mesmos; se teu irmão pecar, repreende-o; e se ele se arrepender, perdoa-lhe.

Lucas. 17, 3
 
 
 
Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a misericórdia e o perdão; pois nos rebelamos contra ele,

Danie. 9, 9
 
 
 
Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.

Romanos. 8, 1
 
 
 
Jesus, se despiu de toda a Glória para viver entre nós e conhecer nossas fraquezas... possui todas as prerrogativas para nos defender!!! arrependei-vos enquanto é tempo!!! pois, daqui há pouco este brilhante advogado, será promovido a JUIZ!!!
 
 

 
bom dia a todos e fiquem com Deus!!!
 
Sérg10 Gomes
 
 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SOFONIAS, PROFETA NEGRO?





 
 
 
 
Quem era Sofonias?

O nome Sofonias significa "tesouro (protegido, oculto) de Jeová". Isto é "O Senhor escondido".

Sofonias é o único profeta canônico que apresenta genealogia detalhada, menciona quatro gerações de seus antepassados. Uma breve pesquisa sobre os Profetas Menores nos revela que informações biográficas sobre os profetas são pouquíssimas. O livro de Sofonias é o único livro profético que oferece informações genealógicas sobre a família de um profeta.

"Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias" - Sofonias 1.1.

É aceito por muitos biblistas que este Ezequias da linhagem de Sofonias, era ninguém menos que o próprio rei Ezequias (716-687 a.C.), monarca que reinou em Judá. O profeta seria descendente de Ezequias em grau de parentesco distante, um primo de terceiro grau.

Há discordância sobre a árvore genealógica do Sofonias. A argumentação daqueles que defendem que o profeta possuía linhagem real diz que há apenas duas pessoas conhecidas pelo nome Ezequias. A primeira é alguém que retornou do exílio da Babilônia na mesma época de Neemias (Esdras 2.16), e o segundo é o rei. Por haver no livro a apresentação da linhagem detalhadamente do autor, algo incomum nos livros proféticos, crê-se que a ênfase especial ocorreu para esclarecer sobre o vínculo de parentesco entre o profeta e o rei. Isso também é confirmado pela tradição judaica.

Mesmo sendo um aparentado de Ezequias, Sofonias não se esquivou de profetizar a respeito dos passos da monarquia.

Sofonias, descendência africana?

A informação genealógica no início do livro afirma que o pai de Sofonias foi Cusi. O nome Cusi /Cush tem dois significados. Geralmente, a palavra é traduzida como a Etiópia. E "Etiópia" significa "a terra do povo de rostos queimados." O nome dado à terra foi uma referência para a pele escura dos povos que viveram na Etiópia (Jeremias 13.23). A palavra "Cush" também aparece como o nome de duas pessoas no Antigo Testamento. Cuche foi o bisavô de Jeudi, um oficial na corte do rei Jeoiaquim. A segunda pessoa assim chamada era o pai de Sofonias.

Alguns estudiosos da Bíblia defendem a tese que Sofonias era um estrangeiro. Um desses defensores é, David T. Adamo ¹ , que chama Sofonias de "o profeta Africano." Adamo acredita que desde que Ezequias teve grande interação com a África, muito mais do que qualquer outro rei de Judá, possivelmente teria se casado com uma mulher africana, e esta então deu à luz a Cusi.

Teoria, nada comprovável.

Tradição

Segundo a tradição judaica, Sofonias foi contemporâneo do profeta Jeremias, Jeremias teria pregado nos mercados e Sofonias nas sinagogas. E além de Jeremas, os profetas Naum e Habacuque viveram na mesma geração. Sofonias foi um profeta que ministrou em Judá durante o reinado de Josias (640-609 a.C.). Um estudo cuidadoso da mensagem de Sofonias indica que Sofonias começou seu ministério profético antes das reformas religiosas de Josias.

Afirma-se que Sofonias ministrou depois da destruição de Israel, durante os dias do jovem rei Josias.

O livro

O livro de Sofonias é o nono livro da coleção conhecida como os Doze Profetas Menores. É composto por três capítulos, com 53 versos. Ele contém três oráculos entregues por Sofonias durante os primeiros anos do reinado de Josias (639-609 a.C.). O primeiro oráculo castiga o povo de Judá por causa da adoração aos ídolos, adoção de práticas dos povos gentios (1.8).

O ministério de Sofonias é ministério profético de julgamento O profeta anuncia o castigo relatando a punição assemelhando-a a um catástrofe, da mesma forma que fizeram outros profetas antes dele. Deus usaria a poderosa Assíria, que haveria de ser instrumentalizada pelo Senhor para produzir a destruição de Judá. Esta profecia foi cumprida por volta de 586 a.C.. O castigo é nomeado por Sofonias como o Dia do Senhor.

As descrições deste evento são tão vívidas, que o profeta é muitas vezes chamado de "o profeta do Dia do Senhor."

Sofonias denuncia em seu oráculo líderes políticos e religiosos de Judá. O profeta usou a metáfora do machado lançado contra a raiz da corrupção moral e religiosa, em oposição à idolatria que havia se infiltrado dentro do santuário, foi corajosamente contundente contra o culto a Baal. Defendeu O retorno à simplicidade de seus pais, criticou o uso de roupas de luxo estrangeiras nos círculos aristocráticos. Também conclamou o povo ao arrependimento, avisando a todos que Deus promete trazer contra eles um exército de pessoas de todo o mundo, um composto humano de fiéis do Senhor. Este remanescente será caracterizado pelo uso da justiça e da humildade.

O dia do Senhor desempenha um papel importante na profecia de Sofonias. Não é o tempo da destruição de Jerusalém então iminente, mas o tempo do reinado do Messias que ainda está para vir. Este dia vai começar quando o do Messias aparecer para julgar as nações e irá estabelecer em seguida tempo do reino milenar de paz. Ele é chamado de "dia do Senhor" no Novo Testamento (2 Tessalonicenses 2.1).

Tal expressão não deve ser confundida com o "primeiro dia da semana", que também é chamado de "dia do Senhor" (o dia que pertence ao Senhor) em Apocalipse 1.10. O Antigo Testamento descreve o dia do Senhor principalmente sob o aspecto do juízo.

Com base no capítulo 2 e versículo 13 conclui-se que Sofonias tenha profetizado antes da queda de Nínive, em 612 a.C. E diversos biblistas acreditam que Sofonias teria profetizado antes da reforma empreendida pelo rei Josias.

E.A.G.

1 - em seu livro África e africanos no Antigo Testamento (Eugene, OR: Wipf e Publishers banco de 2001), p. 116.

Consultas:
http://www.biblecentre.org/commentaries/ar_40_ot_zephaniah.htm
http://doctor.claudemariottini.com/2010/05/zephaniah-prophet.html
http://bible.org/seriespage/book-zephaniah