sexta-feira, 31 de maio de 2013

SUPERMERCADO DO CÉU





Há muito tempo andava eu pela estrada da vida, quando um dia vi um
 
letreiro que anunciava SUPERMERCADO

DO CÉU.

Aproximei-me e logo uma porta se abriu.

Sem me dar conta, eu já estava lá dentro, de pé, extasiado diante de 
tanta mercadoria bonita.

Um exército de anjos estava espalhado por todo o supermercado.

Um anjo veio ao meu encontro e me entregou uma cesta de compras, dizendo:

"Meu filho procure fazer bem suas compras.

"O que não puder carregar hoje, pude vir buscar noutro dia".

Tudo o que um cristão necessita estava ali.

Não perdi tempo e comecei a circular pelo supermercado.

Primeiro comprei PACIÊNCIA.

Sabia que ela me faz muita falta?

CARIDADE estava na mesma prateleira. Peguei logo dois pacotes.

Mais à frente vi um cartaz que dizia:

COMPREENSÃO.

Peguei só uma caixinha, porque me lembrei de que a gente precisa sempre dela.

Mais ao fundo, vi uma prateleira cheia de caixas de SABEDORIA e de FÉ.

Separei uma de SABEDORIA e três de FÉ, por que esta tenho que Ter sempre.

De repente, vi uma luz que vinha do alto das prateleiras.

Parei para contemplá-la: era o ESPIRITO SANTO.

Ele enchia todo o ambiente.

Então vi a SALVAÇÃO.

Quando ia alcançá-la, um anjo me disse: "É de graça!"

Aproveitei e acabei pegando bastante: trouxe para mim e para vocês, se 
quiserem aceitar.

Minha cesta estava quase cheia e resolvi ir ao caixa para pagar.

Ali eu já tinha o necessário para fazer a vontade de DEUS.

Enquanto andava pelo corredor, via ORAÇÃO.

Coloquei alguns pacotes na cesta, porque eu sabia que, saindo do 
mercado, encontraria lá fora o PECADO.

No caminho ainda vi balaios de CANTO e LOUVOR.

Pequei vários balaios de cada um.

Cheguei finalmente no caixa. "Quanto é que devo?".

O Anjo olhou para mim, sorriu, e disse:

"Pode levar o que quiser".

Jesus já pagou sua conta há muito tempo, no Monte Calvário!

Faça bom uso de tudo o que comprou.





segunda-feira, 27 de maio de 2013

DEUS SÓ USA LOUCOS!






Fico refletindo acerca do poder e misericórdia de Deus e chego à seguinte conclusão: Só os loucos conseguem ter sucesso diante de Deus! Citarei alguns exemplos abaixo para ilustrar o meu pensamento:


MOISÉS FALA COM UMA PEDRA: Toma a vara, e ajunta a congregação, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha perante os seus olhos, que ela dê as suas águas. Assim lhes tirarás água da rocha, e darás a beber à congregação e aos seus animais (Números. 20,8).


JOSUÉ DERRUBA AS MURALHAS DE JERICÓ: No sétimo dia levantaram-se bem de madrugada, e da mesma maneira rodearam a cidade sete vezes; somente naquele dia rodearam-na sete vezes (Josué. 6,15). Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias (Hebreus, 11.30).


PEDRO ANDA SOBRE AS ÁGUAS: Respondeu-lhe Pedro: Senhor! Se és tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas. Disse-lhe ele: Vem. Pedro, descendo do barco, e andando sobre as águas, foi ao encontro de Jesus (Mateus, 14. 28 e 29).


ELISEU VER EXÉRCITO CELESTIAL E TRANQUILIZA SOLDADO: Então enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os quais vieram de noite e cercaram a cidade. Tendo o moço do homem de Deus se levantado muito cedo, saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros. Então o moço disse ao homem de Deus: Ai, meu senhor! O que faremos? Respondeu ele: Não temas; porque os que estão conosco são mais do que os que estão com eles. E Eliseu orou, e disse: Ó Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu (2 Reis. 6. 14 a 17).


E você, ousaria fazer tudo o que esses homens fizeram pela fé em Jesus? Ou usaria simplesmente a sua “lógica” e “conhecimentos técnicos” para afirmar que estas coisas não seriam possíveis no mundo físico??? Seja louco como eles!!! Confie no Deus todo poderoso que trás a existência as coisas invisíveis... Se ELE foi capaz de criar os céus e a terra, imagine o que ELE é capaz de fazer com a fé que habita no teu espírito!!! Ouse crer neste Deus!!!


Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo (1 Pedro 1, 18 e 19).

Obrigado Senhor meu Deus pela fé, amor e misericórdia!!!


boa noite!

Sérgio Gomes


domingo, 26 de maio de 2013

O Fracasso de Glória Perez





A Rede Globo apostou no talento da autora de novelas Glória Perez e perdeu índices importantes de audiência no horário nobre.

A novela Salve Jorge estreou rejeitada pela maioria dos brasileiros, porque seu nome fazia referência a uma entidade de religiões afros. O Facebook, o Twitter e blogs foram ferramentas utilizadas por brasileiros para expressar opinião como telespectadores, um meio de criticar a apologia religiosa da autora. O que fez com que do início até o último capítulo, em 17 de Maio de 2013, o folhetim recebesse enorme aversão de público. Apesar da emissora promover publicidade diária em portais da internet e programas televisivos de culinárias em outros canais, o quadro negativo não se reverteu.

Durante a sequência de capítulos, a média de pontos no Ibope foi de 34,3, bem abaixo para o histórico da emissora ao horário. A autora, indignada pelo desprezo do público a sua obra, usou o Twitter para ofender, digitou alegando que os promotores do boicote eram pessoas imbecis.

É impressionante a soberba de certas pessoas em achar que podem subestimar a capacidade de escolhas das pessoas. Nem todos se submetem ao tradicional "pacto com o diabo" comum na emissora que esta senhora trabalha!!!

Tal emissora é famosa pela arrogância de querer empurrar goela a baixo "padrões de beleza", "padrões éticos", "padrões sociais, religiosos e políticos".

Sei que ainda é cedo, visto que não se muda uma cultura da noite para o dia.... Mas tenho esperança que os brasileiros, em breve, caiam na real e vejam o quanto foram lesados e enganados nas suas vidas por gerações por esses malditos seguidores de satanás!!!

A única coisa que não entendo é porque alguns "ungidos de Deus - levitas" se submetem a participar de programinhas ecumênicos para promover as vendagens de discos e não difundir o verdadeiro e legítimo Evangelho de Deus!


Sérgio Gomes


domingo, 19 de maio de 2013

A Forma Bíblica de Governo Civil


governocivil





Uma breve análise da Bíblia e seus
princípios mostrarão que

 ela tem diretrizes para todas as áreas da vida. Isso inclui o 

governo civil? Deus está preocupado com a estrutura e os 

princípios dos sistemas políticos, assim como está com as 

famílias? Ou, Deus deixou a área do sistema político para o 

homem desenvolver de acordo com as necessidades de uma 

era particular, para satisfazer os desejos de um povo 

particular? Ou, a Bíblia reivindica “neutralidade” em certas 

áreas da vida, deixando o homem criar suas próprias diretrizes?

Por exemplo, existe um sistema econômico cristão? Ou, o estudo da economia é um empreendimento neutro? A Bíblia estabelece diretrizes na área da ciência? Existem certas leis na criação que Deus estabeleceu para ordenar o universo? É possível desenvolver um sistema educacional a partir da Escritura? Os fatos educacionais têm algum significado se não estiverem relacionados com Deus e Sua Palavra? Pode alguém ser realmente “educado” se Cristo não está no centro de sua vida, dando significado a todos os fatos e experiências? Existem mandamentos que concernem às questões de negócios?

A Bíblia ensina claramente que Jesus é Senhor e que Seu senhorio se estende sobre todas as instituições da sociedade, incluindo a família, economia, ciência, educação, e para esse tudo, o governo civil. Não existe nenhuma esfera da sociedade onde o senhorio de Jesus Cristo possa ser ignorado. Quando os sistemas políticos governam, eles o fazem de acordo com um sistema de lei. Isso é inevitável. Não pode existir um sistema de lei neutro. “Deve ser reconhecido que em qualquer cultura, a fonte da lei é o deus dessa sociedade” (R. J. Rushdoony, Institutes of Biblical Law, p. 4). Se o homem é a fonte das leis da sociedade, então o homem é o deus dessa sociedade. Se a sociedade ignora os princípios governamentais que Deus estabelece em Sua Palavra, então esta sociedade está competindo com o Senhor de toda a criação. Mas a Escritura é clara: Deus não compete com a sua criação: “E reconhecerão que só tu, cujo nome é SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra” (Sl. 83:18). Deus não compartilha Sua glória com nenhum homem, sociedade ou sistema político. “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Isaías 42:8; 48:11).

Existem muitos que diriam que a Bíblia não tem nada a ver com a assim chamada esfera secular. A Bíblia é útil para questões espirituais, mas não para questões independentes de governo civil, lei, economia, política e ciência. Os tempos mudaram e a Bíblia é um livro antiquado. Assim dizem muitos em nossos dias. Mas o cristão tem o dever de seguir o único Rei verdadeiro e os mandamentos do Seu reino. Quando Seus mandamentos falam sobre governo civil, devemos obedecer. A. A. Hodge, o grande teólogo de Princeton do século XIX, disse o seguinte sobre o dever cristão de obedecer a Jesus Cristo em todas as áreas da vida, incluindo o governo civil:

Um cristão tem obrigação de obedecer a vontade de Deus no mais secular de seus negócios diários, tanto quanto em seu quarto [em oração], ou na mesa de comunhão. Ele não tem direito de separar sua vida em duas esferas, e reconhecer códigos morais diferentes em cada uma respectivamente – dizer que a Bíblia é uma boa regra para o Domingo, mas essa é uma questão do dia-a-dia semanal; ou que as Escrituras são a regra correta em questões de religião, mas essa é uma questão de negócios ou política. Deus reina sobre tudo, em todo lugar. Sua vontade é a lei suprema em todas as relações e ações. Sua Palavra inspirada, fielmente lida, nos informará de sua vontade em toda relação e ato da vida, secular bem como religioso; e o homem é um traidor que recusa andar nisso com cuidado meticuloso. O reino de Deus inclui todos os lados da vida humana, e é um reino de justiça absoluta. Ou você será um súdito leal ou um traidor. Quando o Rei chegar, como te encontrará?
(A. A. Hodge, Evangelical Theology, pp. 280-281).

Negar que existe um sistema bíblico de governo civil é dizer que Deus não tem nenhum padrão de retidão e justiça nessa área crucial. Se homens e nações podem selecionar o sistema de governo civil que desejam, o homem se torna supremo e Deus se torna subordinado aos desejos do homem. Como um sistema de governo civil poderia ser avaliado, se o sistema é arbitrário desde o princípio? Se um grupo de cidadãos desiludidos desejasse derrubar o primeiro governo arbitrário, que padrão de justiça os proibiria de fazê-lo? Se um sistema de governo criado pelo homem é legítimo, então se segue que todos os sistemas governamentais criados pelo homem também o são. Aqueles que têm os meios, o poder e a influência são os que dominam. Porque tudo da vida deve refletir o caráter de Deus, devemos esperar que o governo civil reflita o Seu caráter também. Dois sistemas de governo civil opostos não podem ser corretos. Somente a Bíblia pode ser o nosso guia em determinar o que é correto. As experiências da história e os desejos dos homens são de pouca conseqüência, se não têm o apoio ou não refletem o sistema de governo civil delineado na Escritura. “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isaías 8:19-20).

Sumário

“Todo governo político, quer no nível local ou municipal, regional ou estatal, nacional ou federal, deriva em última instância sua autoridade, não do consentimento do governado (assim diz Jefferson), mas do prazer do Altíssimo (assim diz a Escritura). Não estamos dizendo que os governos políticos não devem consultar o povo; mas sim que a autoridade do poder humano em última análise vem do Deus acima, e não do governo abaixo. Pois ‘o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele’ (Daniel 5:21)” (Francis Nigel Lee, “Power, Government and State”, Man and His Culture, p. 67).



Autor: Gary DeMar (God and Government – volume 1 p. 79-81 e 87.)
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Fonte: Monergismo


terça-feira, 14 de maio de 2013

O Divórcio




A Lei de Moisés permitia que o marido israelita repudiasse sua mulher, mas os motivos pelos quais ele podia tomar tal deliberação tinha algumas restrições:

As vítimas de violência sexual e o divórcio na Lei de Moisés

Na cultura judaica, a reputação arruinada de uma virgem era pior que o estupro. O estuprador israelita era obrigado a pagar o dote ao pai da vítima, o mesmo valor que ele receberia quando ela se cassasse em cerimônia convencional, e depois de casado dar-lhe a proteção do casamento sem a possibilidade de divórcio, sendo obrigado a cuidar da vítima e das crianças resultantes dessa união. A obrigação de casar-se com a vítima estuprada garantia a ela não ficar solteira, rejeitada por não ter a virgindade, e também servia como meio de desmotivar o sexo semcompromisso conjugal (Deuteronômio 22.19, 29; 24. 1-4).

Divórcio e novo casamento no Código Mosaico

Eram tidos como problemas graves na sociedade israelita a mulher ser incapaz de gerar filhos, possuir defeito físico, fluxo irregular de sangue durante a menstruação, proceder com descuido durante o período menstrual e no descuido outras pessoas ter contato com o sangue. A pessoa que tivesse contato era considerada cerimonialmente impura, o que impelia a todos a exigir cuidados redobrados   (Levíticos 15.19, 27).

Se um israelita casasse com uma mulher com este perfil poderia assinar um documento de divórcio e mandá-la embora de casa. E se depois de divorciada essa mulher viesse a se casar com outro israelita e neste segundo casamento ela ficasse viúva novamente ou se tornasse divorciada, o primeiro marido era impedido de reatar laços matrimoniais com a ex-esposa. 

Nestes casos, entre os judeus não era errado a mulher casar outra vez. A mulher israelita divorciada de dois maridos  não tinha impedimento algum para casar-se de novo, desde que não fosse com seu primeiro marido (Deuteronômio 24.1-2). O veto ao primeiro marido era uma maneira de coibir aos homens agirem impetuosamente contra suas esposas e de proteger a reputação das mulheres, que poderia ser vista com alguém imoral e de más intenções.

Divórcio e novo casamento na perspectiva de Jesus

Sobre a questão do divórcio, o ensino de Jesus está registrado em Mateus 5.31-32; Marcos 10.2-12; e Lucas 16.18. Jesus reconheceu que em caso de adultério o divórcio possa ser uma triste medida necessária em caso do cônjuge adúltero ter coração endurecido e não se arrepender de sua infidelidade e manter-se infiel, ou de a parte ofendida ter seu coração endurecido e não ser capaz de perdoar o cônjuge adúltero que se arrependeu e se dispõe a voltar a dedicar-se de maneira correta ao laço conjugal.

Jesus deixou claro reprovar a atitude masculina de desprezar a mulher simplesmente por desagradá-lo, mostrou que não era de acordo com a pouca proteção legal que tinham elas. Lembrou aos judeus que o divórcio é contrário à vontade de Deus, sendo o objetivo divino que o matrimônio perdure por toda a vida. 

Aos rabis que procuraram Jesus preocupados apenas com a letra da Lei, perguntando sobre divórcio e nova casamento, disse-lhes: "Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera, e aquele que casar-se com a repudiada comete adultério" - Mateus 5.32. A resposta esclarece a necessidade de se entender o  propósito da Lei e o plano original de Deus acerca do casamento para a raça humana: um homem e uma mulher casados por toda a vida. A intenção do Senhor permanece inalterada ao passar dos anos, não pode ser ignorada por circunstâncias banais, como por exemplo um lapso quanto ao asseio físico individual feminino, a doença, a infertilidade, o ronco durante a noite, o envelhecimento (Lucas 16.16-18).

O divórcio e o novo casamento pela perspectiva do apóstolo Paulo

Paulo, em 1 Coríntios 6.18, abordando as relações sexuais ilícitas nos faz entender que, espiritualmente, o adultério  não é um pecado pior do que outros. Porém, produz um bojo de questões ao casamento que os outros pecados não produzem. Paulo esclarece que os outros pecados não atingem o corpo da pessoa, enquanto a prática da imoralidade sexual sim. Em suma, descrevendo isso no vocabulário do século 21, a infidelidade conjugal além de ferir o coração da pessoa traída, também a coloca em risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, e porque é preciso cuidar do corpo como templo do Espírito Santo, a pessoa vítima da infidelidade tem toda liberdade de analisar a situação em que se encontra e divorciar-se se considerar necessário. 

Paulo tratou de outra situação em 1 Coríntios 7.15, quando um cônjuge crente é abandonado por outro, que é descrente. Existem duas correntes interpretativas a respeito. A primeira entende que se o cônjuge descrente simplesmente se afastar, o crente deve permitir que vá embora. No caso dele voltar deve recebê-lo, considerando o pacto matrimonial. O crente desprezado não deveria casar-se outra vez. A segunda interpretação explica que o cônjuge descrente é livre para ir embora, o cristão é livre para conceder-lhe o divórcio e também para casar-se outra vez em outro relacionamento.  

Conclusão

Deus concebeu o casamento como exemplo de harmonia e interdependência. Assim como Cristo reúne muitos indivíduos com personalidades e dons distintos como membros do Corpo de Cristo, que formam a Igreja, o casamento combina duas pessoas num vínculo de compromisso duradouro de fidelidade. A sentença "uma só carne" (Mateus 10.8) acentua a união sexual na intimidade da vida a dois, representa também uma profunda fusão espiritual, à medida que duas pessoas unem tempo, recursos, emoções e objetivos debaixo da mesmo teto (1 Coríntios 12.12-13; Efésios 5.21-33).


Postado por E.A.G. (www.http://belverede.blogspot.com.br)





domingo, 12 de maio de 2013

RELIGIOSAMENTE ATEU!




Venho acompanhando a ação dos irmãos que foram explorados na “religião” e que hoje se tornaram “religiosamente ateus”.

Sim, passando e vendo os posts que fazem acerca de “Deus” constato que o ateísmos de vocês é extremanente religioso, posto que os cards, fotos e tirinhas que vocês postam, além dos vídeos que fazem, revelam-me o quão profundamente religiosos vocês ainda são; visto que sistematizam a Bíblia exatamente do mesmo modo que os “doutores” da “igreja” o fazem; só que vocês, agora, usando os mesmos artifícios das “sistematizações”, chegam à conclusões igualmente tolas e falaciosas, conforme eu e muitos antes de mim sempre disseram; a saber: que sistematizadamente a Bíblia pode ser a mãe de todas as loucuras e construções.

A desonestidade intelectual praticada contra vocês é a mesma com a qual vocês criam esse material de ateigelização que agora produzem, e com o mesmo fervor religioso de antes, sendo que agora contra aquilo que antes defendiam.

No centro de tudo está o ataque à Bíblia. E por quê? Ora, porque a “Bíblia Sagrada” foi empurrada goela à baixo em vocês como uma especie de materialização da verdade, e, por que não dizer: uma especie págnificação da divindidade.

Vocês, meus manos, foram treinados nas tradições mais históricas da “igreja”, e aprenderam a montar as basicalidades “doutrinárias” que um dia construiram com o proposito de “evangelizar” outros. Outros de vocês, mas não a maioria dos criadores de posteres anti-biblia e anti-deus na internet, e que tiverem raízes mais pentecostais ou neo-pentecostais e até católica, aprenderam também o mesmo tipo de argumento e processo de construçãos das “doutrinas sistematicas”, mantendo — em qualquer das origens históricas dos traumas — o mesmo fervor, ardor e beligerancia dos “defensores da verdade”, conforme um dia o foram, quando militavam “pró-igreja”.

Assim, passando e vendo os “objetos do vosso culto” [posteres, tirinhas e fotos] “em tudo ainda vos vejo demasiadamente religiosos”, posto que apesar de tudo, ainda deixaram um espaço aberto “ao Deus Desconhecido”, quando incluem em vossa comunhão os irmãos agnósticos, ou seja: os que dizem: “Aquilo ali não é Deus... Mas porque sei que aquilo não é Deus, não significa que Deus não seja Deus”.

Quando leio os argumentos acho-os engraçados; tão engraçados que frequentemente os uso a fim de ilustrar o que digo sobre o “Deus” que não é Deus.

Além disso, como o raciocício e o conhecimento por trás de tais produções, são de natureza velha, cansada, desgastada, discutida e resolvida há tanto tempo..., dá apenas a impressão de que pegaram a basicalidade dos argumentos apologéticos dos evangélicos, e os reescreveram ao contrário.

Ateísmo que se fundamenta na não-inerrabilidade da Bíblia ainda é expressão de religiosidade ressentida. Ou quando se mostra as incoerencias entre o V.T. e o N., não se está fazendo declarações atéias, mas apenas expressando a raiva de quem um dia defendeu um pacotão e hoje vê que ele era indefensável no seu todo; posto que de fato Jesus não combine mesmo com muito do que o V.T. ordenou “em nome de Deus”.

Sim, é verdade. Mas e daí? Não é isto que se diz que Jesus veio acabar? Não é isso relativo ao fato que antes de Jesus dizer “Eu e o Pai somos Um” o que se enxergava era como o vulto de algo num bronze opaco? E não é isto concernente ao fato de que a revelação nunca antes foi totalmente isenta da presença mesquinha e limitada de cada tempo e geração? E, portanto, tal disparidade em tantas coisas não mostrar apenas o quão impossível é para o homem de fato saber como Deus é? Sim, não mostram tais contradições o quão alienígena o Evangelho de Jesus é em relação a tudo e todos?

Ou quando vêm com a cansada e desgastada história de Jesus ser uma amálgama dos mitos egípcios, sumérios, romanos, hindianos e bárbaros — ignorando que tais temas também se tornaram obsoletos, especialmente quando se passa a ver Jesus como Chave Hermenêutica para a compreensão da Bíblia, da História, dos Mitos, das Lendas e da Existencia como um todo?

Sim, quando se olha tudo apenas através de Jesus [...] não existe nada disso. O que foi um dia [...] já não o é depois de Jesus.

A crise que vocês manifestam, meus irmãos, também expressa o fato que a experiência de vocês foi de natureza doutrinal [mais acentuada nos de origem eclesiástica histórica] e ou também de natureza fortemente emocional e psicológica, com forte componente de esperança messiânica relacionada à religião [mais fortemente nos de origem pentecostal ou crenças derivada].

Na realidade somente o Ocidente do planeta, o lado judaico-cristão do mundo, expressa esta forma de ateísmo, mostrando que ao invés de ser uma discussão filosoficamente real, é apenas um dado de natureza psico-social.

Os ateus do Ocidente [digo: os filosoficamente sofisticados, já há muito falecidos...] também apenas expressaram o trauma deles com a religião indefensável. Mas por quê? Ora, sendo muitos filhos de pastores ou nascidos no Protestantismo ou Catolicismo fanatizados, não suportando aquilo, e associando “Deus” à religião, caíram na mesma esparrela de construir um ateísmo religioso. Fanáticos eram e não sabiam!

O verdadeiro ateísmo foi muito pouco praticado no mundo. Exceto, é claro, pelos mais profundos ateus que a História já produziu: os que em nome de Deus abusaram dos humanos em razão de que nunca creram em Deus.

Entretanto, do ponto de vista do que seja uma visão profunda do ateísmo, as conseqüências de assim se crer com honestidade, inapelavelmente conduz ao suicídio.

Sim, pois sem Deus tem-se que fazer um salto de fé-não-fé a fim de se poder emprestar algum significado aos vínculos e sentimentos humanos mais básicos. Sim, todas as coisas que nos dão significado, morrem sem sentido num universo descriado e aberrativo.

Eu, de minha parte, já provei a mim mesmo, quando me deparei com não-Deus na existência, que apenas o suicídio me seria um passo coerente ante aquela hipótese.

Sei que se eu fosse ateu, como nunca brinquei de nada na existência, o passo final e natural de minha mais absoluta dês-significação seria a minha própria e escolhida morte.

Digo isto desde que aos 18 anos, quando numa angustia de não-Deus na minha vida, busquei ardentemente a morte.

O que os amigos ateus ex-evangélicos estão provando é raiva, muita raiva. E mais: por total falta de conhecimento existencial e experiencial de Deus na vida, caindo seus altares de “deus/igreja/bíblia”, sobrou apenas o que, em sobrando, não realiza nada em um coração honesto.

Mas ateus?! Não, manos, vocês não o são, pois se o fossem não escreveriam tirinhas, etc..., mas sim epitáfios!

Apenas saibam que com todo o carinho eu digo que vocês são apenas “Trauma-deus-tizados”.

Todavia, não será o que aqui lhes disse o que mudará nada em vocês!

Vejo-os muito mais como “Saulos resfolegantes” e apaixonados do que como ateus gelados!

Ateus ignoram, não discutem!

Ora, como sempre fui ateu desse “Deus” ora em questão, também não discuto... Apenas expresso minha solidariedade e peço ao Pai das Luzes que se revele a cada um — sem religiões e sem homens no processo!

Com todo carinho,

Nele, que sabe qual é a abismal diferença entre as coisas,



Caio

φοντε: ωωω. καιοφαβιο.νετ 



domingo, 5 de maio de 2013

NÃO TOQUEIS NOS MEUS UNGIDOS!






Ao observar a história da humanidade não há dificuldade para constatar a forte tendência do homem para estabelecer ídolos para si.


Nos tempos bíblicos, vemos que havia exageradamente ídolos para todos nas tradições egípcias. Na Índia, as vacas permanecem intocáveis, inclusive se o animal resolver dormir em pleno asfalto, atrapalhando o trânsito de uma importante estrada vicinal. Nas ilhas galápagos, a tartaruga é alvo da idolatria de seus nativos, capazes de hostilizar quem ousar argumentar contrariamente tal situação. Católicos e as estátuas... Alguns muçulmanos são capazes de partir para ofensas, afrontas, atos violentos de linchamentos quando suas paixões da religião islâmica são desrespeitadas. 


O grande problema no tratamento dispensado aos pregadores e cantores famosos, por parte de uma parcela da comunidade evangélica, é o uso do jargão "não toqueis no meu ungido", como se cristãos famosos fossem inerrantes, 100% santos, perfeitos, incapazes de falhar.


O que dizer dessa atual conjuntura do cenário gospel? O sentimento que permeia o meio é diferente do que há no mundo? Se o irmão anônimo recebe críticas construtivas, não haverá problemas para quem o criticou; mas se houver crítica contra o comportamento de um pastor com nome proeminente, ou um cantor de grande vendagem de CDs evangélicos, o autor da crítica receberá reprimendas. Ao apontar o erro, quem aponta está sujeito a ser considerado fariseu, juiz, ouvir adjetivos feios, e ser excluído da roda de amigos.


Será que ao apontar o erro de portadores de fama, é manifestado o lado escuro do evangélico idólatra, o demônio cultivador da idolatria se levanta na vida de adoradores de seres humanos? É exatamente isso que dizem muitos críticos de famosos.


Mas o que é ser ungido? Davi foi um ungido do Senhor assim como Saul, mas tanto um como o outro foram exortados por profetas. Davi por Natã e Saul por Samuel. Ninguém está isento de pecar, portanto todos estão sujeitos à exortação.


É um grande erro usar a frase "não toqueis no meu ungido" para blindar pessoas e assim abrir a elas passagem  à imoralidade, para que possam fazer tudo o que desejarem sem serem acusadas de cometer erros, sem serem  repreendidas ou exortadas ao conserto com Deus.


"Não toqueis no meu ungido". Não sei se tal frase poderá sempre significar que a pessoa que a diz é uma idólatra. Mas com certeza significa um equívoco, quando é dito no sentido de querer classificar e solidificar uma hierarquização. No Novo Testamento todos os cristãos convertidos são pessoas ungidas pelo Espírito (1 João 1.20, 27). E todas as pessoas ungidas receberam unção igual porque são amadas por Deus sem distinção, e Deus quer o bem delas na mesma proporção.


Tocar no ungido de Deus - evangélico anônimo ou famoso, liderado ou líder - é realmente uma atitude perigosa se a ação é feita por conta própria, porque a ira do homem não manifesta a justiça divina (Tiago 1.20). O amor não faz mal, o cumprimento da lei de Cristo é amar (Romanos 13.10; 1 Coríntios 9.21). Quem age pelos métodos carnais em suas críticas, apesar de usar capa de religiosidade, atenta contra o próprio bem-estar futuro, porque o mandamento de Cristo para todos é proceder amando o semelhante como a si mesmo,  e os desobedientes a essa ordem não têm como fugir do Dia de Acertos de Contas, no porvir, quando lhe será dado como castigo o sofrimento eterno (Gálatas 6.1-10).


Olhando a situação por outro ângulo, alguns críticos realmente estão errados em suas críticas. Não foi sem propósito que Paulo escreveu: "Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna" - Judas 20, 21. 

Nem todos que criticam famosos são porta-vozes de Deus ao criticar. Eles falam motivados por boas intenções equivocadas, ou interesses pessoais, ou inveja. E por fina ironia, até esses críticos estão constituídos como ídolo gospel por uma gama de evangélicos idólatras, gente viciada em procurar ciscos nos olhos do próximo.

Postado por: E.A.G.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

CONFLITOS NA FAMÍLIA




Em minha vida de cristão, algumas vezes tive a oportunidade de conversar com casais em  conflito matrimonial. A fonte do desentendimento em quase todos os casos era uma interferência externa na vida à dois. O marido que não abre mão de passeios com os colegas solteiros da empresa às sextas-feiras; a sogra do homem ou da mulher opinando no novo lar. Em suma, quando um dos cônjuges põe seu par em segundo plano a crise se estabelece. Notei que todos os casais que usavam o vocabulário "separação" durante as brigas, até mesmo apenas como uma arma de ameaça, como uma forma de atalho à solução de problemas, divorciaram-se.

O divorcio será abordado em outra ocasião com maior profundidade. Por enquanto, lanço uma prévia introdutória. 

O tema divórcio quando analisado à luz bíblica sempre causa impacto na sociedade e na vida de muitos cristãos. A geração que está distante do Senhor considera as diretrizes bíblicas polêmicas e dispensáveis, procuram trechos na Bíblia para usar como base que justifique sua separação, enquanto muitos outros cristãos estão confusos devido às abordagens superficiais sobre o assunto. 

Os judeus maltratavam suas esposas. Casavam-se com elas em sua juventude e com o passar dos anos pediam carta de divórcio para atar-se em outro matrimônio com mulher mais jovem. (Provérbios 5.18; Malaquias 2.14). O repúdio, motivado pelo envelhecimento ou quaisquer outros banais, ocorria devido ao estigma que o sexo feminino sofria por causa de Eva, induzida ao engano pela serpente no jardim do Éden. 

Como profeta, Moisés foi autorizado por Deus a conceder o divórcio. A concessão aconteceu por causa de homens duros de coração.

O tempo do Antigo Testamento foi um período em que a mensagem do Senhor é considerada sombras daquilo que viria a ser apresentado de forma perfeita. Embora não possamos desprezar as páginas veterotestamentárias, precisamos ter consciência que os cristãos não são dirigidos pela sombra da Lei, mas por Aquele que é a Luz do mundo, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (João 3.19; 9.5; Colossenses 2.15-17; Hebreus 10.1).

"A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele" - Lucas 16.16.

Jesus se fez homem para cumprir exemplarmente a Lei de Moisés em nosso lugar, nos desobrigando das práticas e do peso dos rituais judaicos, e nos livrou da maldição eterna que nos condenava. Desde então, a Igreja tem a oportunidade de permitir ser dirigida pelo poderoso Evangelho da Graça, seguir os essenciais ensinamentos do Filho de Deus, que é o único Caminho, a Verdade e a Vida Eterna. 

Cristo esclarece sobre o divórcio. Revelou que não concordava com a cultura da sociedade judaica, que estigmatizava a mulher ao ponto de ela ser discriminada e não contada na genealogia dos hebreus. A dinâmica do Evangelho coloca marido e esposa em condições de igualdade, ambos estão obrigados a valorizar a instituição do casamento até a morte. A separação por motivos banais não é permitida aos dois. Segundo o entendimento que podemos extrair do Evangelho da Graça é que, o divórcio concedido por Jesus, só é permitido ao homem que foi traído pela esposa que cometeu relação sexual ilícita, e não tem condições de perdoá-la se ela se arrepender do pecado. No caso em que o marido é o adúltero e a esposa traída não quer perdoar, a mesma poderá separar-se por ser vítima de traição conjugal. Entretanto, tanto o homem quanto a mulher que não quiser reconciliar-se, estará cometendo adultério juntamente com quem vier a casar-se. 

Orientação de Jesus: "Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério" - Mateus 19.9.

Os ensinos de Pedro e Paulo sobre o casamento incentivavam a união conjugal, inclusive se um dos cônjuges fosse descrente:

"Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações" - 1 Pedro 3:7. 

"Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias" - Romanos 7.2-3. 

"Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido. ( se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido ): e que o marido não se aparte de sua mulher" - 1 Coríntios 7.10-11.

"Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone. E a mulher que tem marido incrédulo e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz ... A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor. Todavia, será mais feliz se permanecer viúva, segundo a minha opinião; e penso que também eu tenho o Espírito Santo" - 1 Coríntios 7.12-15, 39-40. 

Deus é coerente, vivemos no período da Graça Divina, quando Deus nos concede a liberdade plena. A Graça possui parâmetro, que é a Lei de Cristo (Gálatas 6.2). Não devemos ser infratores da Lei do Senhor de maneira alguma. Uma das formas de desobedecê-la é aborrecer o cônjuge por causa de sentimentos inúteis. É preciso decidir amar, saber que o amor produz resultados positivos em crises de relacionamentos.

Deus nos deu o casamento e também condições para viver acompanhado de uma pessoa pelo resto da vida. O coração do cristão deve ser límpido, tem a incumbência de apoiar sua companhia matrimonial. 

Não convém folhear as páginas bíblicas buscando aval para divorciar-se, mas para encontrar uma mensagem de restauração matrimonial. Porque não existe entornos no Caminho para o céu. Se o cristão casado se sentir extenuado pelos anos que se passam, precisa lembrar-se que a existência não termina aqui, além-túmulo todos que desprezam a Palavra do Senhor terão que prestar contas ao Autor da Palavra, todas as decisões de rebelião ao projeto do casamento virão à tona e cada ser humano receberá medida justa pelos rumos que resolveu caminhar neste mundo. Conflito matrimonial. A fonte do desentendimento em quase todos os casos era uma interferência externa na vida à dois. O marido que não abre mão de passeios com os colegas solteiros da empresa às sextas-feiras; a sogra do homem ou da mulher opinando no novo lar. Em suma, quando um dos cônjuges põe seu par em segundo plano a crise se estabelece. Notei que todos os casais que usavam o vocabulário "separação" durante as brigas, até mesmo apenas como uma arma de ameaça, como uma forma de atalho à solução de problemas, divorciaram-se.

O divorcio será abordado em outra ocasião com maior profundidade. Por enquanto, lanço uma prévia introdutória. 

O tema divórcio quando analisado à luz bíblica sempre causa impacto na sociedade e na vida de muitos cristãos. A geração que está distante do Senhor considera as diretrizes bíblicas polêmicas e dispensáveis, procuram trechos na Bíblia para usar como base que justifique sua separação, enquanto muitos outros cristãos estão confusos devido às abordagens superficiais sobre o assunto. 

Os judeus maltratavam suas esposas. Casavam-se com elas em sua juventude e com o passar dos anos pediam carta de divórcio para atar-se em outro matrimônio com mulher mais jovem. (Provérbios 5.18; Malaquias 2.14). O repúdio, motivado pelo envelhecimento ou quaisquer outros banais, ocorria devido ao estigma que o sexo feminino sofria por causa de Eva, induzida ao engano pela serpente no jardim do Éden. 

Como profeta, Moisés foi autorizado por Deus a conceder o divórcio. A concessão aconteceu por causa de homens duros de coração.

O tempo do Antigo Testamento foi um período em que a mensagem do Senhor é considerada sombras daquilo que viria a ser apresentado de forma perfeita. Embora não possamos desprezar as páginas veterotestamentárias, precisamos ter consciência que os cristãos não são dirigidos pela sombra da Lei, mas por Aquele que é a Luz do mundo, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (João 3.19; 9.5; Colossenses 2.15-17; Hebreus 10.1).

"A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele" - Lucas 16.16.

Jesus se fez homem para cumprir exemplarmente a Lei de Moisés em nosso lugar, nos desobrigando das práticas e do peso dos rituais judaicos, e nos livrou da maldição eterna que nos condenava. Desde então, a Igreja tem a oportunidade de permitir ser dirigida pelo poderoso Evangelho da Graça, seguir os essenciais ensinamentos do Filho de Deus, que é o único Caminho, a Verdade e a Vida Eterna. 

Cristo esclarece sobre o divórcio. Revelou que não concordava com a cultura da sociedade judaica, que estigmatizava a mulher ao ponto de ela ser discriminada e não contada na genealogia dos hebreus. A dinâmica do Evangelho coloca marido e esposa em condições de igualdade, ambos estão obrigados a valorizar a instituição do casamento até a morte. A separação por motivos banais não é permitida aos dois. Segundo o entendimento que podemos extrair do Evangelho da Graça é que, o divórcio concedido por Jesus, só é permitido ao homem que foi traído pela esposa que cometeu relação sexual ilícita, e não tem condições de perdoá-la se ela se arrepender do pecado. No caso em que o marido é o adúltero e a esposa traída não quer perdoar, a mesma poderá separar-se por ser vítima de traição conjugal. Entretanto, tanto o homem quanto a mulher que não quiser reconciliar-se, estará cometendo adultério juntamente com quem vier a casar-se. 

Orientação de Jesus: "Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério" - Mateus 19.9.

Os ensinos de Pedro e Paulo sobre o casamento incentivavam a união conjugal, inclusive se um dos cônjuges fosse descrente:

"Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações" - 1 Pedro 3:7. 

"Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias" - Romanos 7.2-3. 

"Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido. ( se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido ): e que o marido não se aparte de sua mulher" - 1 Coríntios 7.10-11.

"Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone. E a mulher que tem marido incrédulo e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz ... A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor. Todavia, será mais feliz se permanecer viúva, segundo a minha opinião; e penso que também eu tenho o Espírito Santo" - 1 Coríntios 7.12-15, 39-40. 

Deus é coerente, vivemos no período da Graça Divina, quando Deus nos concede a liberdade plena. A Graça possui parâmetro, que é a Lei de Cristo (Gálatas 6.2). Não devemos ser infratores da Lei do Senhor de maneira alguma. Uma das formas de desobedecê-la é aborrecer o cônjuge por causa de sentimentos inúteis. É preciso decidir amar, saber que o amor produz resultados positivos em crises de relacionamentos.

Deus nos deu o casamento e também condições para viver acompanhado de uma pessoa pelo resto da vida. O coração do cristão deve ser límpido, tem a incumbência de apoiar sua companhia matrimonial.

Não convém folhear as páginas bíblicas buscando aval para divorciar-se, mas para encontrar uma mensagem de restauração matrimonial. Porque não existe entornos no Caminho para o céu. Se o cristão casado se sentir extenuado pelos anos que se passam, precisa lembrar-se que a existência não termina aqui, além-túmulo todos que desprezam a Palavra do Senhor terão que prestar contas ao Autor da Palavra, todas as decisões de rebelião ao projeto do casamento virão à tona e cada ser humano receberá medida justa pelos rumos que resolveu caminhar neste mundo.



E.A.G.