Jó é conhecido como o homem mais paciente da
Terra. Mas também pode ser descrito como uma pessoa com alguma dose de
presunção. Ele pensava que conhecia Deus suficientemente.
Bem sucedido financeiramente, tinha família
grande, era saudável. Perdeu tudo. Em quase todo o Livro de Jó encontramos o
patriarca angustiado, em busca de um encontro com Deus para solicitar
explicações. Esse encontro aconteceu. Em seu encontro com Deus, Jó não obteve
suas respostas, mas mesmo assim ele ganhou um nível maior do conhecimento do
Senhor.
Acreditamos que Deus é trino, mas não sabemos
explicar essa crença. Não conseguimos explicar minunciosamente como Deus é,
nosso vocabulário não é tão rico para descrever o tamanho do amor de Deus por
nós e o projeto de salvação através de Jesus Cristo. Não temos condição de
entender detalhadamente a atuação do Espírito. Não sabemos responder a razão do
Senhor agir em determinadas situações e em outras parecer estar de braços
cruzados.
Deus falou ao presuncoso Jó: "Quem é esse
que obscurece o meu conselho com palavra sem conhecimento" (Jó 38.2). Após
ouvir o Criador, Jó disse: "Ponho a mão sobre a minha boca" (40.4)
"Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te
viram" (42.5).
O verbo "saber" tem mais de um significado, uma
dessas significações é "experimentar". Apenas quem experimenta o chocolate sabe
qual é o sabor dele.
Talvez, Jó se desse por satisfeito em adquirir
suas respostas e assim aumentasse seu conhecimento intelectual sobre a
existência de Deus. Entretanto, o encontro com Deus, sem as respostas que pediu,
permitiu a ele experimentar Deus.
Enfim, conhecer Deus pessoalmente é mais
importante do que saber explicar algumas características a respeito dEle. O
conhecimento teológico é importante, mas o saber vindo de uma experiência
pessoal com o Criador é algo superior. Tal experiência eleva a alma humana, que
passa a saber em quem crê. Quem assim o sabe não precisa explicá-lo.
E.A.G.
Texto adaptado ao blog. Pão Diário, nº 12, 1ª
edição, 2009 (Rádio Transmundial).
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