O
Apocalipse contém o último chamado do Deus de amor para os moradores da terra
(Ap 14.6-14), expõe-nos as artimanhas de Satanás e descreve a organização que
ele tem para o seu trabalho. Nenhum outro livro ostenta um conteúdo de tanta
importância como este, para o homem moderno. Sua mensagem é tão crucial e
imperativa que Deus pronunciou uma terrível sentença sobre todo aquele que
tentar alterar sua mensagem (Ap 22.18- 19). Uma das revelações que Deus nos faz
neste capítulo é a respeito do que Ele chama “o mistério de Babilônia, a grande
meretriz”, e de como o conteúdo desta mensagem pode afetar nossa salvação.
I. A ORIGEM DO TERMO MERETRIZ
“Veio
um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem,
mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas
águas” (v. 1).
O nome “meretriz” vem do vocábulo grego “porne” “mulher que vende seu corpo para uso
sexuais”, “prostituta”.
No
Antigo Testamento, Deus sempre equiparou a o adultério e a prostituição, com a
perversão e o desvio religioso. A busca aos ídolos, prática comum naquele tempo
no meio do povo de Israel, era considerada por Deus com uma prevaricação, uma
traição à aliança que Ele tinha com seu povo (Jr 3.7-8).
Através
de Jeremias, Deus culpa tanto o Reino do Norte (Israel), como também o Reino do
Sul (Judá), de haverem prevaricado, cometido adultério espiritual. A razão
desta culpa foi o fato deles, entre outros pecados e desvios, haverem
abandonado ao Senhor em busca dos deuses cananeus.
Deixando um pouco os reinos de Israel e Judá, e
pensando no antigo Reino Babilônico, podemos ver que, em virtude da
multiplicidade de seus ídolos e de suas práticas idólatras, acabou sendo na
Palavra de Deus, um símbolo religioso de prostituição e adultério. É por esta
razão que o sistema religioso corrompido dos últimos tempos também chamar-se-á
“Grande Babilônia”, “Grande Meretriz”. A palavra “Babilônia” vem do termo
hebraico “lbb”- Babel, que significa “confusão”, “mistura”.
[...]
Os capítulos 17 e 18 retrata a queda da grande Babilônia (16.19). Segundo o
pastor Antônio Gilberto, a Babilônia (v. 5) simboliza a totalidade do sistema
mundial dominado por Satanás, que promove a iniqüidade na política, na religião
e no comércio.
A
Babilônia religiosa (meretriz) será destruída pelo anticristo (vvs. 16-17), ao
passo que a Babilônia política será destruída por Cristo na Sua vinda em Glória
(Ap 19.11-21) [Comentário da bíblia pentecostal pg. 2003].
II. QUEM É A GRANDE MERETRIZ
Enquanto
que Apocalipse 13 nos descreve o Império Romano restaurado, encabeçado pela
besta (Anticristo), no verso 17 mostra-nos algo novo, ou seja, que esta
poderosa besta será guiada por uma meretriz (falsa igreja).
No
capítulo 12 de Apocalipse Israel é representada por uma mulher, também a Igreja
de Jesus é representada como uma mulher, como noiva do Cordeiro (Ap 21.9),
enquanto a igreja mundial sem Cristo é apresentada como mulher (meretriz) da
besta.
A
meretriz não é uma seita sem expressão ou uma igrejinha qualquer. É uma
instituição que abrange povos, nações e línguas diferentes, dominando grandes
multidões.
Meretriz
representa a igreja decaída, contaminada com o pecado e com o paganismo
babilônico. Quando se estuda a história eclesiástica, vimos que quando a igreja
quis valer-se do estado para legislar em assuntos religiosos, o resultado foi a
incorporação de falsas doutrinas no seio da cristandade. Esta verdade é também
confirmada por Apocalipse 17.
“Com
quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi
que se embebedaram os que habitam na terra” (v.2).
Na
Bíblia, religiões falsas são chamadas de prostituições, porque é forma de
infidelidade a Deus (Is 23.17; Nm 3.4). A meretriz babilônica é oposto absoluto
da noiva do Cordeiro então arrebatada, a Igreja de Jesus. Sendo a mulher, na
visão uma meretriz, isto indica um falso sistema religioso.
Este
texto deixa claro que o vinho, o qual surgiu como consequência da união ilícita
da igreja com os reis da terra, embriagou ao mundo inteiro. Isto indica que
este falso movimento religioso estender-se-á por todo o mundo. “Os que habitam
na terra”. Não apenas os reis, os grandes, mas os demais habitantes da terra.
Não
obstante, devemos ter em conta que esta mulher não aparece unida a Cristo senão
aos “reis da terra”. Babilônia representa à igreja cristã que, com o fim de
receber legados e honras do Império Romano, apostatou da verdade.
A
Bíblia repetida vezes compara ao povo de Deus que abandonou a verdade e ido em
após de outras crenças, com uma mulher infiel ou prostituta. As seguintes
afirmações, feitas por Deus mesmo, são exemplo disso:
“Não
te alegres, Israel, não saltes de gozo como outros povos, pois fornicaste ao
apartar-te de teu Deus. Amaste o salário de prostitutas em todas as eras de trigo”
(Os 9.1). “Mas como a esposa infiel abandona o seu esposo, assim vos
levantastes contra mim, casa de Israel, diz Jeová” (Jr 3.20).
O
falso sistema religioso permite que seus seguidores professem que são de Deus
enquanto, na realidade, adora e serve a outros deuses.
Os
hipócritas e os falsos profetas obtêm sucesso como resultado da sua doutrina,
porque ela induz a sociedade mundana a unir-se a ela.
Sentada sobre as águas (v. 1).
O
que significa “Sentada sobre as águas? João ao ter esta revelação fica admirado
com tudo que vê. Mas o anjo (v. 5), interpreta tudo que ele vê: “Falou-me
ainda: As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos,
multidões, nações e línguas.
Não
nos restam dúvidas sobre o fato de que o povo estará apoiando este sistema
religioso corrupto, devasso.
As
águas representam povos, nações e línguas. Sua condição de grande dominadora
dos povos é uma das características que interessa o anticristo. Por isto, ele a
colocará para cumprir suas decisões. Assim, a posição estratégica que será dada
à igreja prostituída no esquema do Anticristo, é o ministério religioso.
III. A LUXURIA DA MERETRIZ
Achava-se a mulher vestida de púrpura. “A mulher usava um vestido cor
de púrpura e vermelho vivo e estava coberta de enfeites de ouro, de pedras
preciosas e pérolas... (v. 4).
Já
sabemos que ela é uma meretriz (v. 1), mas ela se veste como se fosse uma
mulher rica. A Púrpura e escarlata são tecidos coloridos e os mais luxuosos da
época. Representam pompa, realeza e luxo e orgulho. Mesmo ela sendo bem-vestida
e atraente às nações, Deus viu o seu cálice cheio de abominações e imundícias,
coisas repugnantes ao Santo Senhor.
Em
princípio não podemos ver nesta mulher desviada nada além da igreja romana,
pois nenhuma religião no mundo corresponde a este descrito em Apocalipse 17.
Onde existe uma igreja vestida de tanta escarlata como ela?
Com o vinho de sua devassidão. “O
cálice está cheio e tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações
e com as imundícias da sua prostituição” (v. 4).
Todos
os teólogos concordam que Roma corrompeu outras nações, envolvendo -as na sua
libertinagem. Os excessos de Roma, e especialmente de alguns dos imperadores,
são bem documentados na história do período. Países que estabeleceram relações
favoráveis ao comércio com Roma lucraram como fornecedores de bens consumidos
neste contexto materialista. A mesma descrição pode incluir outros aspectos da
corrupção romana – ganância, idolatria, imoralidade, etc.
Dois grandes males são aqui denunciados: abominação
e imundícias. A palavra abominação do grego bdelugma que
significa uma coisa suja, horrível, detestável. No Antigo Testamento, os ídolos
eram visto como abominação, pois os seus adoradores emprestava-lhe uma glória
que só a Deus pode ser tributada (Dt 7.4-5; 25.26; 1º Sm 15.23; 2º Rs 25.13; Is
44.19; Ez 16.30). A igreja romana conduz abertamente os seus adeptos ao pecado
da idolatria.
Imundícia do original grego akathartes relativo
a impureza (Ef 5.3-5; Cl 3.5-6; Gl 5.19-21). A Roma papal faz grandes ofertas
de indulgencias e absolvições, e desta maneira atrai os homens ao pecado.
“O
prostituir-se” representa a ligação da mulher com a besta, ou seja, com os reis
da terra. A igreja romana sempre teve e envolvido com o sistema político
mundial. Onde existe uma igreja vestida de tanta escarlata, ouro e pedras
preciosas? (Basílica de São Pedro).
Todos
os teólogos concordam que Roma corrompeu outras nações, envolvendo -as na sua
libertinagem. Os excessos de Roma, e especialmente de alguns dos imperadores,
são bem documentados na história do período. Países que estabeleceram relações
favoráveis ao comércio com Roma lucraram como fornecedores de bens consumidos
neste contexto materialista. A mesma descrição pode incluir outros aspectos da
corrupção romana – ganância, idolatria, imoralidade, etc.
Dois grandes males são aqui denunciados: abominação
e imundícias. A palavra abominação do grego bdelugma que
significa uma coisa suja, horrível, detestável. No Antigo Testamento, os ídolos
eram visto como abominação, pois os seus adoradores emprestava-lhe uma glória
que só a Deus pode ser tributada (Dt 7.4-5; 25.26; 1º Sm 15.23; 2º Rs 25.13; Is
44.19; Ez 16.30). A igreja romana conduz abertamente os seus adeptos ao pecado
da idolatria. Imundícia do original grego akathartes relativo
a impureza (Ef 5.3-5; Cl 3.5-6; Gl 5.19-21). A Roma papal faz grandes ofertas
de indulgencias e absolvições, e desta maneira atrai os homens ao pecado.
“O
prostituir-se” representa a ligação da mulher com a besta, ou seja, com os reis
da terra. A igreja romana sempre teve e envolvido com o sistema político
mundial. Onde existe uma igreja vestida de tanta escarlata, ouro e pedras
preciosas? (Basílica de São Pedro).
3. Onde existe uma igreja que leva o nome da cidade
que ao mesmo tempo lhe serve de trono? “A mulher que viste é a grande cidade que
domina sobre os reis da terra” (v.18).
Ao
longo dos anos a igreja Romana tirou o cálice de agradecimento e ao invés disto
deu-lhes o cálice das abominações; ela substituiu o sacrifício de Jesus no
Gólgota pelo sacrifício da santa hóstia na missa. Por isto a chamamos de
meretriz, falsa enganadora.
Todos
os interpretadores e teólogos concordam que a meretriz não se trata de algo
alegórico, mas são unânimes em dizer nas suas confissões: a mulher Babilônia é
uma figura da cidade de Roma, e Roma é o Império Romano.
Os
Católicos entendem ser a antiga Roma pagã, mas não pode ser, pois a profecia do
Apocalipse não foi cumprida nela. A Roma que mais tarde tornou-se cristão,
desde o seu desvio do evangelho e das doutrinas, tem todas as características
que o Apocalipse atribui a Babilônia e seu paganismo.
Fica
confirmado, pois, que o vinho que a mulher leva em sua mão é uma representação
das falsas doutrinas com as que têm enganados à grande maioria dos habitantes
da terra.
IV. A GRANDE MÃE DAS MERETRIZES
“Na
sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE
DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA” (v.5).
Deve
tratar-se de alguém ou algo muito abominável, pois esta Babilônia é não somente
objeto da ira de Deus, mas objeto do “furor” da sua ira.
No
capítulo 14.8 é proclamada a queda de Babilônia por um anjo de Deus. Aqui no
capítulo 17 trata-se do movimento religioso mundial que haverá naqueles últimos
dias. Será uma falsa igreja mundial apoiado pela segunda Besta (Ap 13.1-18).
O
nome Babilônia associando à mulher, indica a falsa igreja que dominará a terra
com todo o tipo de engano, que hoje já se vê indícios disto por toda parte:
“Babilônia era um copo de ouro na mão do Senhor, o qual embriagava a toda a
terra; do seu vinho beberam as nações, por isto enlouqueceram” (Jr 51.7).
A
Babilônia tem sido a mãe dos falsos sistemas religiosos. A história nos conta
que as religiões falsas (que sempre incluem a idolatria) tiveram sua origem com
Ninrode e sua mulher Semírames, no primitivo reino de Babel (de onde vem
Babilônia (Gn 10.8-10). Ele foi o primeiro imperialista da história (Gn
10.10-11). Ele também liderou o povo no primeiro ato religioso (falso), que foi
a construção da torre de Babel, cujo único objetivo (como os demais
semelhantes) era o culto idolatra. Hoje o sincretismo desta falsa religião está
no seu auge, a caminho do reinado do anticristo, ocupando-se de práticas de
paganismo oriundos da antiga Babilônia. Por isto Deus chama seu povo a fugir de
Babilônia, antes da sua destruição final. Por sua vez, o Novo Testamento exorta
os crentes a saírem da Babilônia dos últimos tempos.
1. Porque esse nome? Porque Babilônia foi o berço da
religião falsa. Babilônia foi a capital pagã de onde surgiram todas as formas
de maldades idolatra e místicas. Cristo usa esta palavra para falar da
profanação efetuada pelo Anticristo no tempo do fim (Mt 24.15).
2. A mãe das prostitutas, o que indica que não está só e
que tem filhas que seguem seus mesmos passos. É triste ter que reconhecer que a
grande maioria de igrejas que dizem ser protestantes, uniram-se com Babilônia
ao sacrificar parte da verdade, acomodando-se a doutrinas e tradições que não
têm nenhum apoio na Palavra de Deus. A igreja romana acomodou em si um
paganismo antigo vindo de Babel para corromper as nações, porém muitas igrejas
protestantes de hoje criaram para si um paganismo moderno para enganar e
corromper o evangelho de Cristo.
O
ecumenismo hoje tão defendido e desejado por aqueles que gostam do caminho
largo, porque permite tudo, é um certeiro sinal da futura religião da Besta.
3. Na sua fronte achava-se um nome, mistério (v.
5). A palavra
mistério associada à mulher, identifica-a com ritos religiosos, mistério das
falsas religiões, como magia, ocultismo, idolatria etc. Aqui também se trata de
algo místico, não literal, equivalente a sinal.
Este
nome escrito na testa da prostituta indica um sistema religioso apóstata, e
isto podemos ver dentro do romanismo. Cada coisa na liturgia desta grande
organização é envolvida em mistério, com o propósito de impressionar os homens
com seus segredos e sua secreta autoridade sobrenatural. Sua pretensão de
encaminhar o destino eterno de seus seguidores, seus ritos e cerimônias
místicas, seus vestuários sacerdotais, seus movimentos, atitudes e artifícios,
tudo envolve em mistérios. Todos estes rituais místicos são oriundos do antigo
ritualismo pagão de origem babilônica.
Esta
igreja de que estamos tratando será chefiada pelo Falso Profeta, um super líder
religioso aliado do anticristo conforme o que se vê no capítulo 13 apocalipse.
4. Embriagada com o sangue dos santos (v. 6). Quem conhece a história, sabe
que a igreja de Roma tem um passado gravado na História mundial com letras de
sangue. Pensamos nos rios de sangue, que clamam ao céu. Esta mulher derramou o
sangue dos discípulos de Jesus com tamanha crueldade satânica através de Nero;
a chamada “Santa Inquisição” foi mais um ato de crueldade da meretriz. Por isto
dizemos que a igreja de Roma é a herdeira da grande Babilônica, tanto com
respeito aos mistérios pagãos da Babilônia, que foram transformados em ritos
cristãos, como também com respeito à perseguição do povo de Deus.
Naqueles
dias, a religião falsa (no comando do falso profeta), aliada ao sistema
político mundial, também perseguira até a morte a todos os que verdadeiramente
adoram a Deus em verdade e espírito.
Então
a besta será dirigida por um chefe que vai fazer com os cristãos, tudo aquilo
que o império romano já fez no passado. No tempo atual ele está no abismo, e de
lá ressurgirá para ajudar Satanás, seu chefe, a administrar a besta.
É
esta manifestação demoníaca que ocasionará a cura milagrosa no chefe da besta
(Ap 13.3), e que deixará os incrédulos e os crentes mal alicerçados
maravilhados com o seu “poder”.
V. O MISTÉRIO DA MERETRIZ
1. A admiração de João. “Quando vi admirei-me...” (v. 6).
João não consegue compreender o que viu. Porque João ficou tão admirado, tão
abalado? Porque ele o discípulo de Jesus, vê a mulher que era uma vez noiva.
Originalmente esta mulher foi uma vez noiva, submissa ao Senhor Jesus, mas ela
transformou-se em prostituta. A primeira igreja, a igreja primitiva, era uma
igreja cheia do Espírito Santo e de Seus dons, porém, quando Constantino a
reconheceu como igreja oficial do império, ela transformou-se na meretriz que
João vê. Ela tem enganado e contaminado milhares de pessoas com seus dogmas e
tradições entregando ao espírito anticristão. A grande meretriz é, portanto,
todos os cristãos apóstatas dos tempos finais que não será arrebatada. Se você
reconhece que pertence a este sistema que praticas prostituição espiritual,
então sai do meio dela e entrega a tua vida a Jesus Cristo.
2. O anjo revela o mistério. “O anjo, porém, me disse: Por
que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete
cabeças e os dez chifres e que leva a mulher” (v. 7).
João
ficou grandemente admirado vendo a mulher com todo aquele aparato que o anjo
prontificou a revelar todo o mistério, tanto da “mulher” como da “Besta”.
“A
besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo” (v.8). Isto tem a
ver com o império Romano no passado, porém, estava atuado nos dias de João por
isso o anjo diz “era”, mas está para emergir do abismo - “vendo a besta que era
e não é, mas aparecerá” (v.8), ou seja ela irá ressurgir novamente no governo
do anticristo.
A
Besta fará para que possa implantar uma nova religião, uma nova ordem mundial
para sua própria adoração. O falso profeta cuidará disto tornando obrigatório
este culto.
3. A mulher esta sentada numa besta (v. 3). A visão do Apocalipse revela
que a falsa igreja estará montada numa Besta. Compreende-se que haverá um pacto
amistoso do Império Romano ressuscitado (a besta) ao poder religioso que
dominará na época. Isto prova que na grande tribulação ela estará novamente
unida a um sistema político. Trata da confederação de nações sob o governo do
anticristo. Neste tempo a igreja falsa conduz à Besta, mas depois, esta
virar-se-á contra aquela e a destruirá, como veremos no versículo 16.
4. O nome de blasfêmia (v. 3). “besta repleta de nomes de
blasfêmia” (v.3). Na besta que ela monta estão escritos nomes de blasfêmia. A
proclamação de infalibilidade do papa é o grande cumprimento desta palavra, que
ultrapassa todos os outros cumprimentos.
5. Sete cabeças da Besta (v. 3). “Aqui está o sentido, que tem
sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada.
São também sete reis” (v.9). Isto também é mencionado nos versos 3 e 7. Aqui
figuram sete montes e também sete reis, ou sete reinos o qual a mulher está
sentada.
A
mulher está sentada sobre sete montes (vvs. 9 e 18). Sabemos que Roma é a única
cidade no mundo construída entre sete montes. Portanto, os sete montes
referem-se a Roma, que originalmente foi edificada em grande parte o culto
idólatra babilônico, que ainda hoje é visto disfarçadamente na liturgia da
igreja romana.
6.“A mulher que viste” (v. 18). Há duas coisas implícitas no
símbolo da mulher na explicação do anjo: 1. Um sistema religioso (17.1-6). 2.
Uma cidade onde o falso sistema religioso terá sua sede.
A
igreja Católica ensina a seus seguidores que ela é a verdadeira igreja, a
igreja mãe, mestra e regente de toda a igreja cristã. Roma exige obediência
completa não somente em assuntos espirituais, mas também em assuntos políticos.
Roma nunca desistiu deste objetivo. De acordo com a palavra profética do
Apocalipse ela ainda terá seu apogeu na história mundial através da unificação
política e militar da Europa, com a restauração do Império Romano na pessoa do
anticristo.
7. Os dez reis ou reinos são os dez chifres da
Besta. “São também
sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e
quando chegar, tem de durar pouco” (v. 10).
Entendemos
que os cinco reinos que existiram antes dos dias do apóstolo João, falam dos
sucessivos impérios mundiais que abrigaram, apoiaram e praticaram as falsas
religiões organizadas em oposição aberta a Deus, começando por Ninrode, na
primeira Babilônia. Os impérios mundiais:
A. “Cinco caíram...” Desses sete reinos, cinco são
hoje passados: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Persa, Grécia.
B. “Um ainda existe”. João refere-se ao Império Romano
que na época estava em evidência.
C. O sétimo é ainda futuro. Será uma forma antiga do
Império Romano, constituído de sete reinos confederados, equivalentes aos dez dedos
das duas pernas deste antigo Império Romano.
Conforme
Apocalipse 13, a besta será o anticristo o oitavo rei ou reino mundial. Este
reino emergira do anterior, diz este versículo em outras palavras: “quando
assumir o controle dos dez reinos, isto será o oitavo reino”. Revelação
idêntica que Deus deu ao profeta Daniel em 7.24 que diz: “Dez reis que se
levantarão daquele mesmo reino”. É, pois uma forma daquele antigo Império. É
claro que não poderá ser o mesmo, porque aquele era regido por um único soberano,
e o futuro será por dez reis com suas capitais. Eles formaram uma confederação
de nações durante a grande tribulação. Dizemos confederações porque num pé os
dedos são ligados (Dn 2.42-44). Com a formação destes dez Estados estará pronto
o palco para formação do reino do anticristo que durará sete anos.
“E
a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e
caminha para a perdição” (vvs. 3, 7, 10, 11).
De
acordo com a explicação acima, o oitavo rei é a besta, procede de um dos sete,
e caminha para destruição.
A
besta, o anticristo Apocalipse 1, será o derradeiro império mundial unificado.
É um dos sete, mas também é o oitavo. Isto pode significar que pertence ao
mesmo sistema mundano ímpio, ao qual pertenciam os sete primeiros, mas que não
faz parte daquele grupo, mas procede dos sete.
“Os
dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas
receberão a autoridade como reis, por uma hora, juntamente com a besta” (Ap
17.12).
São
os dez reis que estarão unidos à besta no seu governo. Isto no entanto, não
significa que somente dez países formarão o Império Romano nesta última fase;
ele terá proporções mundiais. Significa somente que estes estarão no comando do
governo, tendo porém o anticristo como o cabeça do império.
A
profecia fala de tempos futuros, e por isto eles aqui, ainda não tinham
recebido o reino. Eles reunirão com o anticristo por uma hora, e como todos
eles são anticristãos, acatarão as instruções de como deverão agir em
perseguição aos santos. Os dez formarão um acordo. Esta reunião decisória
marcará o ponto de partida da estruturação das ações da besta.
7. As nações entregarão o poder (comando), ao
anticristo. “Têm
estes um só pensamento e oferecem à Besta o poder e a autoridade que possuem”
(17.13).
Este
texto das Escrituras é um versículo-chave das profecias para os fins dos
tempos. A diferença entre o sétimo e oitavo reinos seja a seguinte: o sétimo é
constituído de países independentes (confederações – blocos). E o oitavo é
composto dos mesmos países, porém sob o governo do anticristo.
VI. A QUEDA DA GRANDE MERETRIZ
As
palavras um só pensamento referem-se à síntese da unidade mundial. Devemos
notar bem que os “dez reis” não são forçados a entregar o poder ao maligno, à
besta, mas que eles “oferecerão à besta o poder e a autoridade que possuem”.
“A besta e os dez chifres que viste
são os que odiarão a prostituta, e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas
carnes, e a queimarão no fogo. Pois Deus lhes propôs no coração o realizarem o
intento dele, concordando dar à besta o poder de reinar, até que se cumpram as
palavras de Deus” (Ap 17.16-17).
A
mulher, como já mostramos, é a falsa igreja liberal, atraente e sincretista,
que guiará o anticristo ao poder sobre os dez países, nos primeiros três anos e
meio. Quando os dez países (confederações) passarem para o domínio do
anticristo, formando seu reino, no início dos últimos três anos e meio, eles
juntamente com a Besta destruirão a igreja falsa para que a nova forma de culto
tenha lugar – o da besta. De uma hora para outra, milhões de pessoas
sentir-se-ão abandonadas espiritualmente. Esta dor será ainda maior, se as
pessoas amarem mais a instituição do que a Palavra de Cristo.
Ao
romper sua aliança com os judeus, o anticristo romperá com a igreja apóstata,
da qual ele recebeu apoio enquanto necessitou da sua influência para galgar o
poder, e a destruirá totalmente.
No
final da grande tribulação, após as pragas de juízos serem derramadas sobre
este mundo e sobre o trono do anticristo, ele levantar-se-á contra tudo que se
chama Deus e blasfemará de Deus, e será neste momento que o Senhor Jesus virá
em glória para dissipar o anticristo e o Falso profeta.
“Guerrearão
contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores, e o
Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, chamados eleitos e fiéis”
(Ap 17.14).
Na
vinda de Cristo em glória, O Senhor Jesus destruirá o anticristo e aos que se
aliam na batalha final de Armagedom.
Estamos
nos últimos dias do “tempo do fim”, o “tempo dos gentios”. O fim para o governo
humano na terra. O tempo do arrebatamento da Igreja do Senhor e da revelação do
Reino de Deus visivelmente. Um Reino que subsistirá para sempre e que não
passará a outro povo.
Postado por Pr. Elias Ribas
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