domingo, 6 de abril de 2014

AS DUAS TESTEMUNHAS NA GRANDE TRIBULAÇÃO


Depois dos acontecimentos exibidos pelo toque da 6ª trombeta, antes de se iniciar o toque da 7ª trombeta, Deus faz uma pausa na história dos acontecimentos para enviar a terra as duas testemunhas que irão pregar a Sua Palavra em Jerusalém.
Quando o Anticristo estará no seu apogeu de domínio e força e todo Israel apóstata curvado perante ele, seguido dos povos gentios habitantes de toda terra, então aparecerá em Jerusalém duas grandes testemunhas. Deus enviá-lo-as para anunciar o evangelho do Reino de Cristo e profetizar a respeito do futuro. Terão grande poder sobrenatural (Ap 11.1-14). Essas testemunhas do Senhor irão pregar num período de 1.260 dias (que são três anos e meio). Vestidos se saco: “Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco” (Ap 11.3).
O Evangelho do Reino começou a ser pregado por João Batista, que estava preparando o caminho do Senhor Jesus, e ainda será pregado na grande tribulação pelas duas testemunhas procurando converter o coração dos pais aos filhos (Ml 4.6). Este evangelho é o mesmo que João Batista pregava na primeira vinda de Cristo, há quase dois mil anos dizendo: “arrependei-vos porque é chegado o reino de Deus” (Mt 3.2), este não é o mesmo evangelho que pregamos nos dias de hoje, existem duas formas de pregar o evangelho:
1.   O Evangelho da graça (Mc 16.15): O Evangelho que é pregado hoje para a salvação.
2.   O Evangelho do Reino (Mt 24.14): As duas testemunhas irão pregar na grande tribulação.
Enquanto o falso profeta estará apresentado Anticristo ao mundo como o verdadeiro messias, as duas testemunhas irão pregar que o reino de Cristo está próximo e Ele virá com poder e grande glória para reinar por mil anos e isto irá acontecer no mundo todo, e assim aqueles que aceitarem esta palavra serão mortos pelo Anticristo por aceitarem o Reino de Cristo no milênio.
“Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer. Elas têm autoridade para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem” (Ap 11.5-6).
Como Moisés no Egito as duas testemunhas serão revestidos de poder e autoridade pelo Espírito Santo para pregar o evangelho e advertir a nação de Israel e também as demais nações contra o governo do Anticristo. São servos que receberão o dom de maravilha (1ª Co 12.9-10) para enfrentar o império anticristão.
Durante a Grande Tribulação, Israel e a Cidade Santa (Jerusalém), serão oprimidos pelos gentios e sofrerão grandemente num período de três anos e meio (42 meses), Israel será severamente atingida pelas mensagens, que mostra a rejeição que eles fizeram a Jesus de Nazaré, o verdadeiro Messias. Entretanto o livramento do povo judeu virá somente no final da Grande Tribulação, quando estiverem cercados pelos exércitos do Anticristo, nesse dia Israel clamará e o Senhor os ouvirá.
I.  QUEM SÃO AS DUAS TESTEMUNHAS? - Ap 11.3-14

Uma das perguntas polemica do apocalipse é: Quem são as “Duas Testemunhas”. Há neste texto Bíblico, muitas divergências teológicas, para saber com precisão quem serão as duas testemunhas.
Alguns pensam em dois profetas: Elias e Moisés com o poder que exerceram ninguém poderia tocá-los e porque apareceram na transfiguração com Jesus. Outros acham que seria Enoque por que foi arrebatado para Deus e precisa voltar para morrer. Entretanto não será Moisés, Elias, Enoque ou outro personagem bíblico. Muitos usam a referência de Malaquias 4.5, onde diz que Elias virá antes do grande dia do Senhor. A referência de Malaquias já se cumpriu na vida e João Batista o precursor do Messias. Ele veio para pregar o evangelho do reino.
Na transfiguração apareceram Moisés e Elias, todavia Moisés representa a lei, Elias os profetas e Jesus a graça. Não temos nem um parâmetro bíblico para afirmar que são eles.
Também não será Enoque porque em Hebreus 11.5 a Bíblia diz: “Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte”. Portanto se Enoque foi translado para não ver a morte então será ele.
Elias e Enoque foram arrebatados para céu. Dizer que eles voltariam porque não morreram estaríamos fazendo uma interpretação errônea. Primeiro: Carne e sangue não herdam o Reino de Deus. Segundo: Eles tipificam a Igreja de Cristo. Terceiro: foram transformados e arrebatados. Elias deixou cair sua capa (2ª 2.12-14), simbolizando que despiu-se dos seus andrajos humanos. O que vai acontecer com o arrebatamento ou a transladação da Igreja é a mesma coisa. Todos os crentes fiéis serão tomados pelo Espírito Santo e elevados aos céus. No momento de serem tomados (num abrir e fechar de olhos) serão transformados, isto é, deixaram os seus andrajos e serão capacitados de entrarem no céu, diante do Trono de Deus, sem mais a necessidade de morrer.
Será que Elias precisa morrer? Será que os vivos no arrebatamento da Igreja precisaram morrer primeiro. Não! Os mortos ressuscitarão primeiro e depois nós, os que estivermos vivos, seremos transformados num corpo glorificado e levados nas nuvens, junto com eles, para nos encontrarmos com o Senhor nos ares (1ª Ts 4.16-17).
II. QUEM SÃO AS DUAS OLIVEIRAS?

“São estas as duas Oliveiras (testemunhas), e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra” (Ap 11.4).
“Junto a este, duas Oliveiras...”. Quando estudamos a luz da hermenêutica podemos ter uma idéia de quem serão as duas testemunhas.
“Prossegui e lhe perguntei: que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do candelabro? Tornando a falar-lhe, perguntei: que são aqueles dois caminhos de oliveira que estão junto aos dois tubos de ouro, que vertem de si azeite dourado? Então, ele disse: São os dois ungidos que assistem junto ao Senhor de toda a terra” (Zc 4.3 e 11-14).
As duas Oliveiras falam da autoridade real e sacerdotal. Através destas formas ou meios, Deus manifestou Seus dons graciosos ao Seu povo. “Os dois ungidos” nesta visão representam a Josué e Zorobabel (conf. Zc 3.1; 4.9). Josué era o sumo sacerdote e Zorobabel o herdeiro do trono Judá (1º Cr 3.17-19). Zorobabel era no seu tempo representante da monarquia de Davi (Ag 2.20-23), e está na linhagem direta de Cristo (Mt 1.12). Foi nomeado por Ciro rei da Pérsia para ser o condutor do e governador do povo Judeu no regresso para Judá (Ed 1.8; cap. 11; 5.11-14).
Talvez alguns teólogos interpretam que serão Josué e Zorobabel, porém aqui as duas testemunhas serão duas autoridades (política e religiosa da nação israelita) na época em que o Anticristo estiver governando a terra. Eles são escolhidos por Deus para realizar a Sua obra na Grande Tribulação. Porém não será nenhum personagem bíblico. Nem Josué e Zorobabel. Eles apenas tipificam as duas testemunhas.
III. O QUE ACONTECERÁ COM AS DUAS TESTEMUNHAS?

Quando terminarem de realizar a obra a que foram designados por Deus, o Anticristo fará guerra e morrerão na praça da cidade, e depois de três dias e meio o Senhor ressuscitará e subirão ao céu numa nuvem diante dos olhos de todos (Ap 11.6-12) até que os dias da tribulação se completem.
Haverá um grande terremoto (Ap 11.13). Por causa da ressurreição das duas testemunhas, e do julgamento divino, o remanescente de Israel aceitará a mensagem das duas testemunhas e dará glória a Deus.
Cai a décima parte da cidade, e morrem 7 mil homens, e é passado o segundo ai (Ap 11.13-14).


Pr. Elias Ribas

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