Em primeiro lugar: Às
vezes sinto que, por causa de ocupações ou pensamentos alheios, fiquei frio ou
perdi a vontade de orar. Pois a carne e o diabo estão constantemente dificultando
e impedindo a oração. Nesses momentos pego meu pequeno saltério, vou para o meu
quarto ou, conforme o dia e a hora, para a igreja, em meio às pessoas. E passo
a falar para mim mesmo, oralmente, os dez mandamentos, o credo e, dependendo da
minha disponibilidade de tempo, diversas citações de Cristo, de Paulo ou dos Salmos,
tudo coisas como as fazem as crianças.
Por isso é bom que,
de manhã cedo, se faça da oração a primeira atividade, e de noite, a última. E
cuide-se muito bem desses pensamentos falsos e enganosos que dizem: Espera um
pouco, daqui à uma hora vou orar, antes ainda tenho que resolver isto ou
aquilo. Porque com esses pensamentos a gente passa da oração para os afazeres
que prendem e envolvem a gente a ponto de não mais sair oração o dia inteiro.
Está certo que podem
aparecer tarefas diversas tão boas ou até melhores que a oração, principalmente
se a necessidade as exige. Corre um dito atribuído a São Jerônimo1: “Todo
trabalho do crente é uma oração”. E há um provérbio que diz: “Quem bem trabalha,
ora em dobro”, o que significa que uma pessoa crente teme e honra a Deus em seu
trabalho, e se lembra do seu mandamento, para que não faça injustiça a ninguém,
nem roube, engane ou defraude a ninguém. Essa atitude, sem dúvida, faz da sua
ação, adicionalmente, uma oração e um sacrifício de louvor.
Texto tirado da obra "COMO SE DEVE ORAR", do Teólogo e Reformador Martinho Lutero, publicado no início do ano de 1535.
É interessante como este texto é atualíssimo e verdadeiro, principalmente no que diz respeito as mais
diversas desculpas que encontramos na correria do dia a dia, para justificar a nossa
inércia em relação a buscar contato com o nosso Criador...
Temos tempo para novelas, futebol, fofocas e até coisas que não nos vão
trazer nenhum retorno... Temos tempo para passar horas preciosas de nossas
vidas na frente de uma tela assistindo filmezinhos "água com açúcar"
mas não "perdemos tempo" buscando estórias reais de vida encontradas
nas Sagradas Escrituras!
Convido a todos refletirem acerca deste texto e, principalmente, uma
mudança de atitude baseada no seguinte questionamento: Que lugar realmente Deus ocupa na minha
vida?
Oremos, oremos, oremos sem cessar!
um abraço!
Sérg10 Gomes
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